Decreto Presidencial Aloprado: Congresso Derruba o Aumento do IOF
O
congresso resolveu rejeitar a proposta do governo federal, ao fazer o IOF [imposto
de Operações Financeiras] de regulatório para arrecadatório. Desde 1992 o
congresso não rejeita um decreto presidencial. Isso só demonstra o tamanho da barbeiragem
feita pelo ministro da Fazenda do governo Lula, o Haddad.
O
IOF foi criado em 1966, durante a transição do Brasil para a ditadura militar,
justamente com o objetivo de defender as divisas financeiras do país perante o
estrangeiro. Na redemocratização, ficou estabelecido que o IOF permaneceria
regulatório porque é um bom dispositivo tributário para controle de capitais.
O
governo Lula, ao fazer o decreto aumentando as alíquotas para arrecadar mais, o
que os petistas propuseram foi uma mini reforma tributária velada. O congresso rechaçou
esta mini reforma velada por ser ilegal e também por não atender as
necessidades do povo – que teria mais um imposto para pagar.
A
AGU, advocacia Geral da União, não irá entrar com representação no STF contra o
congresso por causa da votação que rejeitou o decreto presidencial do Lula. Ou
seja, o próprio governo sabe que se subir o processo, irá perder no STF.
Porque
o STF não iria tornar o IOF arrecadatório constitucional, sendo que a sua constitucionalidade
é justamente de natureza regulatória. Este entendimento já passou por vários
presidentes no Brasil sem que houvesse nenhum problema quanto a isso.
O
STF já comprou briga com muitos grupos da sociedade civil, com forças
internacionais, com grupos políticos da oposição, tudo isso para proteger o
alecrim dourado do petismo. O STF não tem disposição nem força para comprar
mais uma briga, sendo que esta confusão seria com o mercado de capitais.
É
prerrogativa do governo federal a liberdade de fazer decretos a hora que quiser
e sobre qualquer questão. É prerrogativa do congresso aprovar ou rejeitar o
decreto presidencial. E é prerrogativa do STF verificar a constitucionalidade
do decreto e da votação do mérito no congresso.
Porém,
quando o decreto é aloprado, e o congresso faz o certo para corrigir um problema
grave, o STF interferir em apoio ao decreto aloprado, só o que a corte faz é
virar um tribunal aloprado também.
Aliás,
o que o governo Lula deveria se preocupar é ter que restituir o confisco do IOF
irregular. Como o decreto presidencial caiu, toda a arrecadação durante a vigência
deste decreto aloprado foi anulada. Portanto, quem pagou IOF a mais tem que ser
ressarcido.
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