O Discurso de Trump e o Brasil. Ou: Trump parecia o Coriolanus Snow discursando em Panem
Já
dizia o entreguista Eduardo Bolsonaro: “tudo o que acontece nos EUA, acontece
no Brasil”. Até porque, pelo pensamento escravizado de um servo se subordinar
ao rei, o Brasil colônia deve se submeter ao império estadunidense. Se os EUA
impactam o mundo, o fato é que em relação ao Brasil impacta ainda mais, o que
pode fazer o bolsonarismo ter razão.
Trump
fez o discurso mais do mesmo: taxador na economia e fiscalizador de bumbum. Os
estadunidenses são, hoje, o berço do reacionarismo dentro das democracias
liberais. E tanto as liberdades econômicas quanto as sociais estão sendo obliteradas
pelos anseios autoritários globais.
O
Republicano persegue banheiro trans, taxa produtos importados, divide o planeta
Terra em impérios, o que é chamado de mundo multipolar.
Ao mostrar que não quer reinserir uma nova guerra fria, em que o mundo poderia se dividir em duas partes, o que seria uma polarização, os EUA enfraquecidos abandonam esta tese e dizem que o mundo será multipolar. Deste modo, ou a Europa se assume como um império, ou será fagocitada pelos russos.
E
se o mundo é multipolar, o Brasil, cujo é um país continental, deveria, em
tese, ser um dos impérios desta nova concepção. Mas a fraqueza da elite
brasileira, somada com a política nacional dominada tanto por Lula quanto
Bolsonaro, fará com que o Brasil seja colônia dos EUA.
Aliás,
Trump parecia o Coriolanus Snow discursando em Panem. Resta saber se o Brasil
será a colônia 12 à espera da Katniss Everdeen.
Bolsonaro
é entreguista ao até mesmo se vangloriar em ser colônia dos EUA. Lula,
acovardado, entregará o Brasil por não enfrentar os EUA como deveria.
Aliás,
Lula fará a mesma tática que fazia quando era sindicalista na década de 80. Em
cima do palanque fazia discurso para controlar os trabalhadores. Na salinha da
indústria, a portas fechadas, negociava o fim da greve com o patrão. Lula fará a
mesma coisa, falará grosso contra o Trump, mas entregará tudo para os EUA. Como
dizia Brizola: O PT é como uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe
ovos para a direita.
Deste
modo, é até menos desonroso ser um entreguista convicto como o Bolsonaro do que
um entreguista discreto como o Lula.
E se o Brasil quiser ser altivo como um
império nesta nova concepção deste novo mundo multipolar, é certo que deverá urgentemente
encontrar uma nova liderança, que seja pulso firme e contra tanto Lula quanto
Bolsonaro. Porque a polarização hoje é entreguista.
Para
o Brasil conquistar a sua independência como império neste novo mundo
multipolar, só há duas alternativas: 1) Um novo Geisel; 2) A volta do PSDB.
Um
novo Geisel seria o estabelecimento de um autoritarismo que seria parecido com
os EUA, com restrições tanto econômicas quanto sociais. Seria o fim da
democracia liberal.
Ou
bater de frente até mesmo ideologicamente ao subir ao poder o único líder
liberal por inteiro, liberal tanto nos aspectos econômicos quanto sociais, que
só pode estar no PSDB. Isso faria o Brasil ser o país mais progressista do
mundo. Seria a reação da Katniss Everdeen.
Porque
o único grupo político inversamente proporcional ao Lulismo, bolsonarismo,
trumpismo e qualquer outra ditadura estabelecida do mundo é o PSDB.
E
é justamente por causa do espírito do tempo que faz os tucanos ficarem
enfraquecidos, diante um mundo cada vez mais fechado e autoritário. Porque até
os EUA são reacionários.
A
outra solução é Geisel, um bolsonarismo que não se alinha aos EUA nem China.
E
a pergunta que fica é: o mundo está mudando. Não dá para mudar o mundo, mas dá
para criar um novo Brasil. Qual Brasil o brasileiro irá querer?
Um
novo Brasil com um novo FHC.
Fonte sobre o discurso do Trump:
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/trump-faz-primeiro-discurso-no-congresso-dos-eua-em-cinco-anos-acompanhe/
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: