China Versus Trump: DeepSeek Revogou a Lei de Moore
A
obsolescência programada traz pontos positivos e negativos. Os pontos positivos
são a redução de custo de produção, o que torna um produto mais acessível às
massas, além de manter empregos pela necessidade de estar sempre tendo que
produzir estes mesmos itens para o consumo. Já o ponto negativo é que os
produtos quebram com facilidade, ao possuírem baixa qualidade e/ou validade.
Dentre as obsolescências está a Lei de Moore.
A
Lei de Moore, criado pelo Gordon Moore, é uma observação que prevê que o número
de transistores em um microchip dobra a cada dois anos. Traduzindo: quanto mais
a tecnologia sobre a computação avança, maior a necessidade de aprimorar os
semicondutores e os chips, fazendo as tecnologias ficarem obsoletas com certa
frequência.
A obsolescência pode ser programada de
propósito ou não. Na questão de artefatos de baixo custo, a baixa validade e
qualidade é feita por querer. Porém, no caso da tecnologia, teoricamente, por
causa da Lei de Moore, a obsolescência programada é gerada por necessidade. Mas
isso fica só no campo teórico. Porque houve uma polêmica envolvendo inteligência Artificial, em
que a China deu uma derrubada na Lei de Moore com o lançamento da sua inteligência
artificial para o mundo.
Trump
foi eleito presidente dos EUA. E uma das primeiras ações como mandatário foi
chamar as grandes empresas de tecnologia dos EUA, ao anunciar amplo
investimento na área de inteligência artificial, o que somaria valores na ordem
de trilhões de dólares. Dinheiro público a serviço do capital, uma espécie de
desenvolvimentismo capitalista.
Isso
faria com que novas tecnologias fossem aplicadas, o que necessitaria de mais
robustez nas máquinas, nos computadores, nos smartphones e nos hardwares.
Porque a inteligência artificial demandaria novas tecnologias de eletrônicos para
rodar o software e suportar toda a engenharia computacional.
Porém,
no meio do caminho tem uma China. E assim que o Trump fez o anúncio para os
grandes da tecnologia dos EUA, os chineses lançaram o DeepSeek, inteligência artificial
que tem um ótimo desempenho e consegue rodar normalmente com os eletrônicos atuais.
O
DeepSeek, no curto prazo, revogou a Lei de Moore.
A
inteligência artificial chinesa caiu como uma bomba nos EUA. Gerou debate sobre
a necessidade de pegar trilhões de dólares em impostos dos estadunidenses para
presentear as grandes empresas de tecnologia. E, também, gerou debate sobre a
real necessidade de atualização de maquinário para rodar as novas inteligências
artificiais mais pesadas do que as anteriores. Ou seja, fez todo o meio
tecnológico global a ter que refletir sobre as ações impostas por Trump e as grandes
empresas de tecnologia dos EUA.
Mas
a China brevemente irá negociar com os EUA um bem bolado para que as duas
nações tenham vantagem na volta da obsolescência programada, da Lei de Moore,
envolvendo as inteligências artificiais. Como a China é a fábrica do mundo, há
interesse de que se aumente a produção, por obsolescência, dos eletrônicos que
atendam as novas tecnologias em curso.
Então,
prepare-se para voltar a fazer trocas de aparelhos com uma frequência maior daqui
pra frente porque a Lei de Moore voltará com força e a obsolescência programada
também. O conforto da revolução tecnológica tem o seu valor. E só terão amplo
acesso aqueles que estiverem dispostos a pagar o preço desta nova evolução.
Porque
assim como não existe almoço grátis, não existe, também, tecnologia grátis. Países
que não possuem tecnologia são obrigados a se submeter aos preços e valores globais.
É isso ou produzir a própria tecnologia, assim como a China fez com o seu
DeepSeek.
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