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Telefonia: Não é Possível comparar 1995 com 2025

 

Comparação Esdrúxula: 1995 Versus 2025


O influenciador Cazé, certa vez, ao filosofar sobre a sociedade brasileira, constatou que antigamente as pessoas tinham vergonha de se passarem por burras; hoje, orgulham-se. E um dos orgulhos que se vê hoje na internet se dá ao tentarem comparar décadas diferentes como se tudo fosse igual, sendo que não é., ao usar a moeda Real como base de comparação, passam a mensagem que na época do FHC as coisas eram piores comparado com o governo Lula hoje em dia. E não é bem assim.

Este rapaz, no Tik Tok [vídeo abaixo], levantou este debate, o que este que vos escreve acha válido. Tanto é que esse texto é feito justamente para desmistificar muita falsa crença popular.



Quando for comparar duas eras distintas, tenha ao menos cuidado ao observar esses  4 pilares:

Tecnologia acessível

Viabilidade Econômica

Barateamento da produção em massa

Correção de inflação

Ao analisar que a humanidade está tecnologicamente evoluindo, só isso basta para que realmente 2025 seja melhor que a década de 90. Uma pessoa pobre hoje vive melhor do que na idade média. E a evolução humana só acelerou o consumo de bem material por causa do iluminismo que trouxe o capitalismo a tiracolo. Sem isso, o mundo manter-se-ia na idade das trevas. Então, só por isto, 2025 é melhor que 1995; assim como 2045 será melhor que 2025.   

Na época do governo FHC, o Brasil estava tão atrasado que o Estado brasileiro tinha passado por um projeto malsucedido na década de 80 chamado projeto Cobra, que era uma estratégia de fazer computadores estatais. Foi um fracasso e esse atraso ecoou até a década de 90.

Além disso, o Brasil estava também atrasado na questão da popularização de telefonia. Somente gente rica conseguia comprar um telefone, que custava à época mais caro que um carro.

Deste modo, a privatização acelerou o consumo de telefonia no Brasil, tornando acessível a milhões de brasileiros.

Se não houvesse a privatização das teles, não haveria viabilidade econômica para a produção em massa porque o produto iria continuar como artigo de luxo.

Com a tecnologia acessível e a viabilidade econômica, esses dois fatores geraram o barateamento do produto/serviço para produção em massa por causa da liberdade em investir. As estatais impediam os investimentos massivos e o Sistema não fazia questão de fazer mudanças drásticas na economia. Ao delegar a economia ao capital, acelerou-se a viabilidade de consumo em massa no Brasil.

Deste modo, ao comparar um telefone na década de 90 com o que se tem hoje, é óbvio que o produto em 90 vai parecer monstruosamente mais caro - justamente porque é até mesmo obsoleto. Os tempos eram outros.

Ao comparar a década de 90 com as décadas de 80 pra baixo, a comparação responderia que os brasileiros eram analfabetos e banguelas. Tanto é que existe o filme Central do Brasil que reflete o analfabetismo na década perdida. E na década de 90, uma compra de voto barata feita pelos políticos era dar dentaduras para os pobres [porque a dentadura tinha viabilidade econômica na época, o que não ocorria em 80].

Na década de 80, aliás, o selo da carta era custoso porque embutia o serviço de entrega.

Deste modo, não dá para comparar os produtos da década de 90 com os dias atuais, mesmo tendo como base a mesma moeda Real, porque a evolução gera um distanciamento econômico.

Deste modo, não adianta fazer comparação ao corrigir a inflação ou comparar com a quantidade de salários mínimos para se obter aquele bem porque há vários outros fatores mencionados neste texto que turvam a realidade comparativa.

Aliás, não dá para comparar absolutamente nada entre 1995 e 2025 porque absolutamente todas as produções tiverem reduções de custos devido aos melhoramentos tecnológicos conforme o tempo passou.

 Ou seja, querer dizer que o governo Lula 3 é melhor do que do FHC por estas condições, é receber atestado de burrice.

Aliás, o Lula e o PT foram contra a privatização das teles. A saber.

 

 

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