Petistas
Nepotistas. Ou: A Classe Média Abandonou o Voto de Opinião
Deu
no Poder 360 [14/12/24]:
Abram-se aspas.
Pelo
menos 9 mulheres de políticos estão em Tribunais de Contas. A mais
recente nomeação foi de Onélia Santana, para o TCE do Ceará e casada com Camilo
Santana, ministro da Educação.
Fecham-se aspas.
Em
nenhum momento o jornalista menciona na sua publicação a palavra nepotismo, ao
verificar a indicação de mulheres de políticos para os Tribunais de Contas dos
Estados. Muito provavelmente por medo de algum processo judicial. E isso mostra
o quanto mudou a ótica moral sobre esta questão no Brasil.
Antigamente,
a sociedade cobrava para desfazer a indicação dessas mulheres em cargos do
Estado; hoje, as pessoas têm medo de dizer o óbvio com medo de processo.
Esse
país em algum período da história se perdeu feio. Porque isso é tão nepotismo
que as mulheres só foram escolhidas porque são mulheres de políticos. Entenderam
o óbvio?
Hoje
o Brasil está essa bagunça. Mas antigamente, por causa do voto de opinião, um
voto qualificado que vinha da classe média, o brasileiro rejeitava o nepotismo
ao ponto de tornar o político impopular e perder o poder eleitoral ao indicar
um parente para cargos de governo e/ou Estado. O político, por medo, não fazia
as indicações; ou fazia pelo chamado nepotismo cruzado.
Nepotismo
cruzado é quando o político A contrata o parente do político B e o político B
contrata o parente do político A. Nem isso era aceito quando havia voto de
opinião no Brasil.
Ao
recorrer a história, devido ao parentesco com o João Goulart, Brizola não
poderia concorrer a presidente em 1965 porque era cunhado do Jango. Incomodados
com a situação, os apoiadores do Brizola criaram até um bordão: “cunhado não
é parente, Brizola presidente!”. Porque queriam o Brizola elegível.
De
qualquer forma o pedetista não conseguiria concorrer a presidente porque em
1964 houve o golpe militar. Mas ao menos ficou registrada na história a questão
da intolerância ao nepotismo naquela época.
O
nepotismo é imoral porque fere o princípio da impessoalidade. Porque tanto o
governo quanto o Estado devem agir de forma imparcial. E quando se contrata um
parente, quebra-se esta imparcialidade. O governo e/ou o Estado viram uma
espécie de cartel familiar, uma cosa nostra, uma máfia com sobrenome e
brasão.
A
partir do momento que se estende o poder do governante ao conseguir colocar a
família no poder, esse poder começa a ser danoso para terceiros. Em cidade
pequena, dificulta rotatividade do poder por causa do coronelismo. Em casos
mais abrangentes, uma família com várias ramificações dentro do governo e
Estado pode perseguir desafetos com maior facilidade.
Que
é exatamente o que está acontecendo agora, com políticos das esquerdas [PT, psb
e PDT] junto com os partidos do centrão [MDB e PP] indicando as suas mulheres
nos tribunais de contas. Os amigos destes coronéis sempre poderão contar com a
ajuda da mulher do político indicada num órgão fiscalizador e técnico como o
tribunal de contas.
Há
milhares de casos de nepotismos sendo desbaratados em todo o Brasil. Mas este
nepotismo em especifico, dos políticos ministros do Lula indicando mulheres nos
Tribunais de Contas, com a maioria sendo do PT, isso é uma coisa muito grande.
E justamente este caso há um silêncio constrangedor vindo da omissão do STF e
do Ministério Público Federal em desmantelar esse caso de nepotismo em questão.
A
classe média deve voltar com o voto de opinião ao condenar o nepotismo como
algo abjeto e imoral. E ao fazê-lo, dar lição tanto na urna quanto na justiça
sobre o crime praticado de nepotismo por nepotistas que subestimam o povão.
Subestimam tanto que não estão nem aí para as consequências porque estão
tranquilos ao acreditarem que não haverá consequências para estes nepotistas –
principalmente os ministros do PT.
Os
nepotistas estão livres, leves e soltos para fazerem nepotismos. Vamos mostrar
que não?
Uma arte para visualizar melhor a máfia:
https://www.poder360.com.br/poder-governo/pelo-menos-9-mulheres-de-politicos-estao-em-tribunais-de-contas
Pelo
menos 9 mulheres de políticos estão em Tribunais de Contas
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