Memecoins:
A Imbecilidade do Momento
Ou:
Criptomoedas são somente esquemas Ponzis Virtuais
Deu
no Livecoins [20/11/24]:
Abram-se aspas.
Um
garoto aplicou um golpe conhecido como ‘rug pull’ (puxão de tapete) em diversos
investidores de uma criptomoeda chamada Gen Z Quant (QUANT), criada por ele
mesmo. No total, ele embolsou cerca de $ 30.000 Dólares em segundos.
Como
vingança, a comunidade resolveu começar a comprar essa moeda, fazendo seu valor
de mercado saltar para US$ 50,9 milhões. Devido a isso, hoje o garoto teria R$
14,4 milhões caso não tivesse vendido suas moedas e aplicado o golpe.
Fecham-se aspas.
São
tantas camadas de absurdos que é até difícil começar a analisar o caso.
Primeiro
que essas tais moedas conhecidas como “memecoins” são uma espécie de moeda virtual
de zoeira e, por isso, é fácil cria-la. Basta se utilizar de base de códigos
existentes para criar a própria moeda.
A
primeira coisa que se escancara nesta notícia surreal é que as pessoas estão
tão desesperadas em buscar a prosperidade que começam a cair em golpes de
qualquer natureza. Deste modo, cada classe social busca o seu atalho possível
para a prosperidade.
O
pobre cai no jogo do Tigrinho. Não precisa fazer nada além do que apertar
alguns botões para começar a jogar e perder o dinheiro que nem tem.
A
parcela trabalhadora do Brasil, pés no chão, não acredita nisto e, por causa da
realidade, acorda cedo e vai trabalhar. A crença do trabalhador é a busca pelo
fim da exploração do capital, em que o trabalhador irá, sem estudo que provoque
produtividade, ganhar muito e trabalhar pouco. Dos 3 casos, este é o mais pé no
chão e possível de se realizar.
E,
por fim, há uma parcela da população que vai acreditar no atalho da riqueza ao
investir em criptomoedads. Deste modo, cria-se a religião da prosperidade,
cujos pastores são Elon Musk nos EUA e Pablo Marçal no Brasil.
A
classe média brasileira sempre caiu em esquemas de pirâmides quando se havia ao menos
um produto que criasse ao menos um fundo de verdade. Os 3 golpes de pirâmides
financeiras no Brasil foram: Avestruz Master, Telexfree e Boi Gordo.
Com
a popularização da financeirização, dando acesso ao mercado de ações para todas
as pessoas, o mercado financeiro criou uma das maiores crises globais com a
bolha imobiliária. A bolha imobiliária tinha teoricamente o produto imóvel de
um lado, mas com a promessa de lucratividade baseada em papel.
A
criptomoeda nem se dá ao trabalho de exibir um produto material para aplicar o golpe.
A criptomoeda nada mais é que dados que são visualizados em uma tela. Ou seja,
o golpe da criptomoeda é um fim em si mesmo.
Ao
ver as ações e reações deste golpe aplicado literalmente por um moleque, isso
mostra vários problemas sobre as criptomoedas.
Primeiro,
que estas criptomoedas são chamadas de “memecoins”. Quem faz isso nem se dá ao
trabalho de mostrar seriedade. É uma moeda zombeteira, zoeirinha, brincante. E
muita gente colocando dinheiro mesmo sabendo o significado desta transação
financeira.
Como
é uma moeda descentralizada, ou seja, não está, supostamente, no alcance das
autoridades competentes, justamente porque seriam moedas que não atendem
controle do Estado, ao aplicar um golpe, a vítima do estelionato não tem a quem
recorrer.
Outro
ponto curioso é a romantização da malandragem. O moleque deu o golpe nos seus
investidores. E os seus investidores fizeram zoeiras ao abrirem criptomoedas
com o nome dos familiares do moleque como vingança.
Ou
seja, criaram mais estelionatos em nome da zoeira.
Memecoin: a imbecilidade desta geração
5 golpes conhecidos no Brasil
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