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Anúncio Corte de Gastos do Haddad: Só mais 72 horas

 

Anúncio do Corte de Gastos do Haddad: Só mais 72 horas

 


Abre-se o noticiário econômico e a notícia de primeira página dos sites estampam que a agência de classificação de Risco Morgan Stanley rebaixou a nota de crédito do Brasil ao desaconselhar que se invista no país. Ao contrário do iludido mercado brasileiro, a agência de rating internacional, para proteger os seus investidores, não esperou mais 72 horas para o anúncio dos cortes de gastos prometidos pelo Haddad, ao manter a nota de crédito ao Brasil como já está.

O governo Lula faz a mesma coisa que o bolsonarismo ao sempre postergar o anúncio do corte de gastos. São as mais 72 horas que o Haddad faz no mercado financeiro. E o mercado financeiro aceita essas mais 72 horas ao ajudar o governo Lula afundar a economia brasileira cada dia que passa.

Porque os gastos públicos não param de aumentar só porque o Haddad atrasou o plano de corte de gastos. Os gastos não olham para o mercado e dizem: hoje eu não vou crescer esperando o anúncio. Eles continuam crescendo de forma desordenada até serem contidos de fato.

A bola de neve continua a rolar sem parar. Ou seja, quanto mais atrasa o anúncio de corte, pior fica a economia Brasileira. E a Stanley Morgan já entendeu isso.

Ao fazer uma análise minuciosa sobre as informações ventiladas no noticiário, as mudanças de “cortes” não dão nem R$ 40 bilhões de reais ao ano. Muitas das mudanças na fazenda se dão mais por questão de gestão do dinheiro público do que de fato um enxugamento de gastos.

O maior problema ao ver o problema que o próprio governo Lula criou na economia se dá na questão ideologia versus realidade. Na ideologia, gasto é vida; na realidade, gasto é crise.

O governo Lula, por populismo, criou a regra de que o salário mínimo teria aumento baseado na soma do aumento do PIB + inflação. O PIB cresceu por causa de gasto público [aumento de endividamento] e a inflação tem que manipular para menos porque senão estoura a previdência. De um lado aumenta PIB com endividamento e do outro tem que manipular a taxa de inflação para menos para não fazer uma alíquota de dois dígitos e, com isso, aumentar o salário mínimo acima do limite necessário, causando de um lado estouro da previdência e, de outro, uma retroalimentação de inflação.

Como todo mundo sabe, o salário mínimo é vinculante com a previdência. E sempre quando o mínimo aumenta demais, os salários também aumentam mais [o que gera aumento de salário de funcionalismo público] porque tem que corrigir poder de compra de todos os servidores que vão desde a tia do café até o militar de alta patente.  

 Deste modo, o governo tenta enganar o mercado  ao estabelecer uma taxa de 2,5% de aumento mais a inflação para manter o ganho real. Ao trocar o percentual fixo de 2,5% pelo aumento do PIB, no curto prazo ficaria elas por elas. Como eles sabem que o PIB irá recuar nos próximos anos, essa taxa fixa é ainda pior do que a regra atual. Ou seja, o mínimo continuará a aumentar, aumentando também a bola de neve do endividamento público.

Quanto ao pente-fino dos programas sociais como BPC e bolsa família, ao parar de pagar benefício indevido, isso é somente obrigação de um governo que faz minimamente gestão do dinheiro público. Tal situação só mostra que o governo Lula do PT não respeita o dinheiro dos contribuintes. E estão somente corrigindo um problema de gerenciamento que não deveria ocorrer.

Quanto à redução do pagamento do abono salarial, de 2 salários mínimos para 1salário por ano, isso sim é um corte de gastos de verdade. Porém, afeta justamente o trabalhador que vai pagar pela incompetência do governo Lula ao reduzir o seu poder de compra. O governo Lula destrói a economia e quem paga a conta é o trabalhador pobre. 

Sobre a questão dos militares, embora seja algo certo a fazer para cortar privilégio da casta, o fato é que tais mudanças não são tão significativas ao ponto de o mercado comemorar como corte de gasto de fato.

Aumento de idade mínima de aposentadoria dos militares, passando de 50 anos para 55 anos. No curto prazo, nada muda. No longo prazo, reduz custos porque o volume e velocidade de contratação para substituir o aposentado diminui. Porém, como é coisa futura, outro futuro presidente pode voltar a dar este benefício para os militares.

Fim da pensão a militares expulsos. Militar expulso é coisa rara. Então não cria impacto econômico, embora seja algo certo a fazer porque tem que dar exemplo.

 E, dois campos que de fato fazem cortes de gastos pouco serão mexidos. O primeiro, é a retirada das isenções fiscais que chegam à ordem de mais de 100 bilhões por ano. Porém muitos dos beneficiados são do ramo alimentício. Se tirar a isenção, o empresário repassa o custo o que aumenta inflação de alimentos.

O mesmo governo Lula que divulgou as isenções fiscais esconde que isenção para a mídia significa um noticiário mais pró-governo do que contra. Na questão de alimentos, retirar isenção significa aumento de preço nos alimentos. E sobre a desoneração da folha, isso é desemprego formal na veia.

Ao observar bem, as isenções não são as vilãs deste péssimo governo Lula.

E, por último, a desvinculação de gastos nas pastas carimbadas como saúde e educação. O governo Lula criou uma regra absurda de que se o PIB aumenta, é obrigatório aumentar gastos com estas pastas. Faz bola de neve nas contas públicas e dificulta a gestão do erário por parte do executivo.

A verdade é que o Lula deveria ter feito o ajuste fiscal quando assumiu o poder, em 2022, justamente para conter o aumento de gasto público vindo do governo Bolsonaro, mas maquiado pelo Banco Central [Spread bancário, fluxo de capital e impressão de moeda]. O governo Lula aumentou a bola de neve dos gastos públicos. É engraçado ver o governo Lula se bater para corrigir um problema que ele mesmo criou. E assustador ao mesmo tempo, pois, a incompetência do governo petista afeta a todos os brasileiros.

O petismo, por causa da incompetência, tem que ser banido da vida pública de vez.


Só + 72 horas, companheiro do mercado



 



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A expressão “mais 72 horas” é um termo criado no fim do governo Bolsonaro, em que os sectários bolsonaristas esperavam uma ordem para que o bolsonarismo desse um golpe para impedir o Lula de assumir o governo e para manter o Bolsonaro no poder. Então, os líderes deste levante pediam mais 72 horas para que o golpe se concluísse. E, como sabido, essas 72 horas para dar o golpe de fato nunca chegaram.


Fontes

Morgan Stanley rebaixa indicação de investimento no Brasil: 

Morgan Stanley rebaixa recomendação para ações Brasil; veja razões | Bolsas e índices | Valor Investe

  


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