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Fim do Voto Obrigatório no Brasil

 

Fim do Voto Obrigatório no Brasil

 

Deu n’O Globo [28/10/24]:

Abram-se aspas.

Abstenção se aproxima do nível da pandemia, e São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre batem recorde desde 1996.

Fecham-se aspas.

O não voto, que são as abstenções somadas com nulos e brancos, chegaram a um patamar de 43% na cidade de São Paulo, na eleição municipal de 2024. Um recorde histórico que superou até mesmo a eleição realizada durante a pandemia do COVD 19. Teve mais gente que estava apta a votar, mas não exerceu o seu direito, do que os votos que foram para o Boulos. E isso não é nenhum demérito do psolista. É que o volume de protesto, o não voto, foi maior do que da adesão pelo político de oposição.  

No Brasil, o voto é obrigatório. Quem não puder justificar a sua ausência na eleição, tem que pagar uma multa de R$ 3 Reais. Além disso, fica impossibilitado de pegar passaporte e carteira de identidade.

Pois bem, alguns cidadãos brasileiros preferem pagar o valor simbólico de R$ 3 Reais a terem que ir votar. Os demais fazem de tudo para justificar a ausência no e-título só para não precisarem se encontrar com a urna eleitoral.

Cada vez mais o povo brasileiro prefere mostrar a sua insatisfação ao não comparecer à festa da democracia para não se sentir culpado por fazer parte da farsa eleitoral.

Porém nem tudo está perdido.

 Em Fortaleza, por exemplo, a eleição esquentou ao ponto de pegar fogo, fazendo as pessoas participarem dos embates causados na eleição. O resultado é que a capital do Ceará teve a menor taxa de não voto do país.

Isso mostra que o que faz as pessoas votarem não é a obrigação, mas a capacidade de contágio e inspiração que o político, ou grupo político, consegue induzir.

Deste modo, já está claro que voto obrigatório não faz mais sentido. Porque mesmo sendo obrigado, as pessoas preferem não irem votar – a depender da situação política.   

Aliás, o não voto é muito útil para saber como está o sentimento da população quanto às ofertas dos grupos políticos em apresentarem seus candidatos para os eleitores. Ao não se sentir satisfeito, o eleitor pode demonstrar a sua insatisfação ao não ir votar ou anular o voto. Foi o que aconteceu em São Paulo, por exemplo.  

Até porque eleição significa satisfazer a vontade do eleitor. Se a vontade é não ir votar, tornar o voto obrigatório vai contra a vontade popular. A obrigatoriedade é antidemocrática porque cassa o direito de uma parte da população que não quer comparecer ao pleito.

Aliás, não somente obrigar a ir votar, como também obrigar a escolher um lado, como a polarização [esquerda versus direita] impõe ao tentar fazer o eleitor se sentir culpado por não escolher, é autoritarismo.

Porque aderir a um político e uma campanha, ao demonstrar carinho ao usar até mesmo os adornos deste candidato, é exercer democracia.

Mas não ir votar ou anular o voto, ao exercer uma vontade de protesto, também é exercer a democracia.

Portanto, o povo, de uma maneira geral, está mostrando insatisfação ao ter que ir votar. Nem obrigado está indo exercer a sua cidadania. O que mostra que já há em curso o fim do voto obrigatório no Brasil. E só resta regrá-la.

***

Este que vos fala sabe que no manifesto do PSDB há o item da modernização do sistema eleitoral. Talvez o fim do voto obrigatório seja uma bandeira que os tucanos irão hastear.

 


Fonte:

Abstenção se aproxima do nível da pandemia, e São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre batem recorde desde 1996 




Comentários

  1. Tucanas nem existe, só vc sonha que vao ganhar algo,vai ganhar fumo

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  2. Pq vc apaga comentário? Nao consegue confrontar? Igual seu partido Fraco

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  3. Quando vai assumir que seu partido é falido? Derrotado

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