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Pesquisa IPEC Sobre Esquerda, Centro e Direita: Considerações


Por: Júlio César Anjos

 

Deu no G1 [22.04.24]:

Abram-se aspas.

De acordo com o instituto, os eleitores que se declaravam de esquerda (0 a 3) passaram de 17% para 18% entre 2020 e 2024. Os de direita (7 a 10) de 39% para 41%. Os de centro, conforme dito anteriormente, de 34% para 28%. Não sabem o que é ser de esquerda, direita ou centro passaram de 3% para 4%. E não responderam de 7% para 9%.

Fecham-se aspas.


A primeira pergunta que se faz é: cadê os progressistas? Uma parcela considerável de progressistas estão se autointitulando nas pesquisas, e nas redes, como centristas. O motivo é simples: Não dá mais para apoiar a esquerda vermelha, cuja ideologia tem que pagar pedágio para ditaduras e para o marxismo [criadouro de ditador psicopata].

Os progressistas, cujos são contrários ao conservadorismo, porque entendem que sempre haverá mudanças sociais porque a evolução sempre vem, preferem ser confundidos com o centrão do que com a patota vermelha que só traz desgraça para o país.

Além disso, mesmo com a volta do Lula, a esquerda cresceu 1% entre a pesquisa anterior e a divulgada agora. Número que está na margem. E isso é preocupante porque caso o Lua não traga melhoria econômica, a esquerda poderá encolher ainda mais. [mais progressistas irão abandonar a esquerda de vez.

Outro fator importante é que mesmo o centro órfão porque ninguém se autointitula e defende com veemência o centrismo, esmagado numa falsa polarização de ladrões entre Lula [esquerda] e Bolsonaro [direita], mesmo assim o centrismo perdeu poucos adeptos entre uma pesquisa e outra. Ou seja, há um nicho político gigantesco a ser explorado por alguma alternativa para acabar com a polarização de ladrões.

E, por fim, a direita não cresce mais, ao roubar o bolo dos outros posicionamentos políticos, ao chegar ao seu limite. Ao não ter reeleito o Bolsonaro, com esse vácuo de poder, a tendência é a direita dar uma encolhida nos próximos anos.

O que se nota na matéria, também, é o título dela: “Encolhimento do centro pode explicar dificuldades do governo Lula com a opinião pública”. É por isso que faz sentido a grande mídia ser odiada por grande parte da população. Porque poderiam ser vários os títulos. Exemplos: 1) mesmo com a volta de Lula, a esquerda continua minoritária no país. 2) Chegou ao fim o crescimento da Direita. Uma ameaça ao bolsonarismo. 3) Centrismo mantém-se resiliente como segunda força política mesmo com a polarização.

Ou seja, o redator do G1, com o título tendencioso da matéria, preferiu diminuir o centro por causa de um encolhimento ínfimo e ao mesmo tempo tentar dizer que o Lula é centrista, o bêbado ladrão restaurado pelo Sistema.

Há duas situações para o centrismo em 2026: 1) um grupo político, um líder populista ou um partido político, dominar o centro; 2) nascer uma “esquerda azul”, que rejeite a esquerda vermelha que defende ditaduras e o marxismo criador de ditadores psicopatas sanguinários.

Será o centrismo, com a esquerda azul, que disputará espaço de poder contra o bolsonarismo daqui pra frente. Porque, como mostrou a pesquisa, a esquerda vermelha esgotou, pois, nem mesmo a volta do Lula ao poder trouxe crescimento deste espectro político. E a direita também chegou ao seu limite. A polarização de 2022 não irá se repetir da forma que se realizou na eleição.


Pesquisa IPEC 22.04.24



 

Fonte: 

https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2024/04/22/encolhimento-do-centro-pode-explicar-dificuldades-do-governo-lula-com-a-opiniao-publica.ghtml

 

     

 

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