Por: Júlio César Anjos
Por
causa da falta de confiança generalizada nos rumos da economia brasileira, porque
o ministro da Fazenda Haddad não conseguiu cumprir a própria regra que criou sobre
o déficit zero, chegou ao fim a tentativa de passar uma falsa tranquilidade aos
agentes do mercado, diante as expectativas no discurso do Lula sobre: “Credibilidade,
Previsibilidade e Estabilidade.”
Porque
o governo Lula, ao aumentar dívida sem aumentar arrecadação para pagar os
gastos exorbitantes, começa a ficar incrédulo. A incredulidade torna o governo Imprevisível.
E a imprevisibilidade gera ambiente instável.
Mas
ninguém pode se dizer surpreso com a situação econômica de caos no qual vive o
país. Os petistas criticavam o teto de gastos porque queriam fazer o óbvio:
gastar mais sem precisar dar explicação a ninguém. Nunca houve por parte dos
petistas, pelo menos nisso são honestos, em fazer ajuste fiscal para controlar o
fisco pelas despesas. Lembrem-se do mantra da irresponsabilidade fiscal: “gasto
é vida”.
O
próprio arcabouço fiscal gera a regra de gastar mais caso o governo aumente o
PIB. E gaste mais, caso o PIB caia. A regra fiscal do Haddad virou hospício
fiscal porque aceita aumento de gastos em qualquer situação que seja. É também
um precipício fiscal porque o aumento do endividamento público não tem limite
nenhum. Ou seja, nem regra fiscal consegue ser.
Só
quem fingiu dar credibilidade para o arcabouço fiscal deste governo natimorto petista
foi o especulador financeiro que ganha tanto ao gerar uma prosperidade inexistente
quanto para vender sustos no mercado. Só o malandro que vai ao mercado buscar
otário para lucrar mais fingiu acreditar neste governo.
Deste
modo, ao vislumbrar ainda um cenário internacional caótico, com guerra no
oriente médio querendo escalar, com os EUA aumentando a taxa básica de juros
deles para segurar a inflação doméstica e uma China que não consegue mais atingir
o patamar de 2 dígitos de crescimento, tais fatores geram ainda mais problema
ao Brasil.
O
Dólar dispara; O Real, desvaloriza-se. Essa condição monetária pressiona a inflação
brasileira. O governo tem que intervir com aumento de juros. Os juros engessam
o mercado. Mercado engessado diminui arrecadação. Arrecadação menor não
consegue fazer frente aos aumentos de gastos do governo que só aumentam. E
mesmo assim o governo quer gastar mais.
Com
tais fatores, a picanha fica distante aos brasileiros e mais perto aos
estrangeiros via exportação. O governo perde o brilho da expectativa de ter
retornado para fazer melhorias para a população, num passado glorioso que não
existiu nos governos Lulas anteriores.
E
só o que sobra é a realidade: O Sistema restaurou um ladrão ao poder. E esse
ladrão restaurado não trará prosperidade para a população, assim como não
trouxe no passado, sendo que o povo tinha banido os petistas, com protestos nas
ruas, da vida pública de vez.
Como
as esquerdas não conseguem encher as ruas, por causa do esgotamento político, esses
grupos voltam a fazer greves, invasões, caos sociais como se o governo não
fosse esquerdista. A instabilidade social gera mais crise econômica. E aí se
nota que não é um Lula 3, mas Dilma 3.
Para entendimento claro, o mérito na gestão pública é fazer muito com o pouco que tem. E não fazer pouco com o muito que dispõe. O governo Lula não só gasta muito como aloca recursos mal. O aumento de gastos no governo Lula nada mais é que dinheiro jogado fora.
E, por fim, dinheiro jogado fora é irresponsabilidade, má gestão é governo ruim que não merece credibilidade, não é previsível e que só gera instabilidade econômica, jurídica, social e política.
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