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Crise Fiscal: Uma Hora a Conta Chega

 

Por: Júlio César Anjos

 

O Brasil vive neste momento crises institucionais graves e sem precedentes na história da república. Executivo, Legislativo e Judiciário querem obter vantagens a partir do momento em que se abriu a farra da gastança sem parar pelo governo petista. Deste modo, o que se vê neste momento é aumento de penduricalhos, de lobbys, de corporativismo e de mamatas por partes dos poderes estabelecidos. A irresponsabilidade fiscal contagiou os players da sociedade brasileira. E a crise é só questão de tempo.

Haddad fez o que é chamado de arcabouço fiscal no qual criou uma regra que não conseguiu cumprir. O que todo mundo descobriu agora é que não há regra fiscal, mas apenas uma licença para gastar vinda do executivo federal. Isso é chamado de irresponsabilidade fiscal. Agora, Haddad, sem legitimidade nenhuma, cobra responsabilidade fiscal de terceiros.

Como quem é da casa não dá o exemplo, abriu-se a farra com o dinheiro estatal.

Juízes querem aumentos de salários e penduricalhos como quinquênios porque sabem que existe “dinheiro infinito” sobrando devido a irresponsabilidade fiscal do Haddad. Até porque o judiciário restaurou um ladrão gastador ao poder, então nada mais justo, segundo o corporativismo de toga, que essa classe consiga obter mais vantagens neste momento.

As universidades entram em greve porque, segundo os professores, toda a classe sofre de defasagem salarial por anos. Agora veem no governo Lula a possibilidade de chorarem e conseguirem o que querem porque esse governo é gastador.

No campo da reforma tributária do IVA, carro vira imposto do pecado e alimentos ultraprocessados, não. Isso que a reforma que era para simplificar o manicômio tributário do ICMS, cujo vem com mais regras que a tributação anterior. São apenas lobbys que veem um governo que não está nem aí para o fiscal.

Já as desonerações da folha para 17 setores que mantém empregos, e a desoneração da folha dos municípios que é serviço público na ponta, o governo petista gastador tenta travar, via STF, esse benefício acusando responsabilidade fiscal. Mas a verdade é que é poder. O petismo quer centralizar o poder em Brasília e deixar o capital nas mãos da esquerda.

Deste modo, o presidente do senado Rodrigo Pacheco desentende-se com o Zanin do STF porque os municípios perderão desoneração da folha, no mesmo momento em que avança penduricalhos como o quinquênio para o judiciário.

 Arthur Lira faz o libera geral com o lobby no congresso e a boiada vai passando porque o governo federal não consegue se comunicar com o legislativo de maneira mais séria. Com isso, o PERSE, que dá descontos tributários para o setor dos serviços, passa com facilidade.

Lula, que nunca escondeu de ninguém que sempre quis aparelhar as forças armadas, prometeu para a casta que irá abrir 2% do orçamento [eu já escrevi um texto sobre isso], sendo que as forças armadas já possuem um alto custo no orçamento, principalmente na questão da previdência.     

Quando não se faz ajuste fiscal, não se tem responsabilidade fiscal. Vira um vale tudo. E o recado que é dado para todos é que se abriu a temporada de gastança e do liberou geral.

Isso é má alocação de recursos. É dinheiro mal investido que não gera prosperidade à sociedade brasileira. É uma farra que será gozada pela casta e quem irá pagar, no fim, sempre será o povo brasileiro com mais impostos e menos serviços adquiridos. E o governo Lula, que deu o mau exemplo, quer fingir que não está beneficiando a casta para não poder capital político. Mas está.

Essa farra parece um oba-boa, um “tem pra todo mundo”. Mas não tem. Diante os aumentos sucessivos de endividamento público, má alocação de recursos, aumento de pagamento de impostos e sem nenhuma organização fiscal, o petismo está parindo uma nova crise para o Brasil. Porque sempre haverá o momento em que a conta chega, isso não tem como evitar.

 

 


 

 

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