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Sobre a manifestação bolsonarista do dia 25/02/24: Considerações


Por: Júlio César Anjos 

Bolsonaro, no dia 25 de fevereiro de 2024,  convocou os seus adeptos para uma manifestação e encheu a Paulista de ponta a ponta. Quem achava que ele estava morto politicamente,  errou enormemente. Bolsonaro consolida-se como a liderança da direita no Brasil, ameaça o poderio de Lula, e expurga outras lideranças da direita. E mesmo inelegível, terá forças para conseguir ser competitivo em 2026 ao apoiar um poste.


O que mais chama atenção na manifestação bolsonarista não é a presença, mas a ausência de algumas figuras e grupos políticos. Ao criar certos tipos de critérios, Bolsonaro expulsou três categorias da direita: o MBL, os intervencionistas, e os lavajatistas E quem quiser disputar eleição pela direita terá que se submeter daqui para frente aos interesses do Bolsonaro.


Quem não quiser apoiar populistas,  terá que fazer parte de uma terceira via centrista. Porque a eleição de 2026 tende a continuar polarizada e com isso tanto os espaços da esquerda e da direita já estão ocupados por Lula e Bolsonaro.


Bolsonaro manteve sob controle as bandeiras da religião e do nacionalismo como forças centrais da sua política. E essas forças são muito poderosas porque são pilares tanto do fascismo quanto do nazismo. Ou seja, perigo em curso.


Deste modo, a terceira via deve surgir como uma espécie de freio aos populistas. E este grupo da sensatez política só pode ser liderada pelos tucanos. Ou seja, quem quiser fazer parte da terceira via centrista deverá se submeter ao PSDB.


A boa notícia é que não necessariamente quem enche a rua vence a eleição. O exemplo é o Fernando Henrique Cardoso ter vencido duas eleições no primeiro turno contra populista do Lula, que enchia as ruas de manifestantes ao apoio do petista; e Lula ganhou a eleição de 2022 colocando menos gente na rua que Bolsonaro. Deste modo,  a esperança é a maioria silenciosa expurgar os populistas pela via eleitoral. 




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