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PSDB Paulistano: Um Breve Conselho

 


Por: Júlio César Anjos


Diz o ditado que: “se conselho fosse bom não se dava, se vendia” e Reinaldo Azevedo diz que não dá conselho a quem é maior que ele. A figura do Coach vende conselhos de vida, de finanças e também sobre política.  E Reinaldo vive a dar conselhos mascarados como avisos e/ou opiniões no seu programa diário. Conselho, na verdade, é um ensinamento transmitido do experiente para o inexperiente. E isso nada tem a ver com riqueza, posição social ou idade. Dito isto, vai um conselho deste que vos escreve para o PSDB Paulista sobre a eleição de 2024 que se avizinha.


Muita gente menciona Bruno Covas para embasar opinião sobre a decisão que os tucanos devem tomar sobre a eleição para a prefeitura de São Paulo. Então que se faça uma reflexão a respeito. Se Covas, ao invés de ter ido a óbito, estivesse internado em uma cama de hospital, vendo o Ricardo Nunes entregar as chaves de São Paulo para o bolsonarismo, bruninho manteria apoio ao atual prefeito?

Bruno Covas jamais apoiaria Bolsonaro. Jamais!

Só isso já bastaria para o PSDB ir de candidatura própria ou apoiar a Tabata Amaral no primeiro Turno do pleito de 24. 

Agora, se o tucano não quer ir pela ideologia, então que vá pelo pragmatismo. 

As pesquisas mostram empate técnico entre Nunes e Boulos. A eleição de primeiro turno terá uma diferença baixa entre os dois candidatos. Isso fará com certeza haver segundo turno.


Deste modo, os tucanos possuem uma escolha: negociar apoio no primeiro turno ou no segundo. No primeiro, vai trocar apoio por carguinhos. No segundo, barganha apoio por secretaria. 


No primeiro turno, ao apoiar Nunes, o PSDB será só mais uma legenda no meio de outras várias  que no fim darão apoio ao bolsonarismo. 

Nunes não transfere votos porque é um político fraco e Bolsonaro não transfere votos para os tucanos porque o santo não bate.


Sabendo disso, os tucanos devem iniciar a reconstrução. E a jornada deve ser construída por conta própria. Bolsonarismo não é atalho, é perdição. 


Aliás, se o Ricardo Nunes fosse esperto, sendo que não é, daria como estratégia os tucanos raptarem os votos do centrismo para ofertar-lhe no segundo turno. Esta será uma eleição trincada e qualquer apoio extra pode ser decisivo no resultado eleitoral.


E, por fim, o PSDB tem legado e história na cidade. Consegue obter ganhos eleitorais por conta própria. Mas é preciso ambição para resgatar o seu eleitorado de volta. O conformismo em abandonar a luta para se apoiar num bolsonarismo no primeiro turno é enterrar de vez a reconstrução do partido e toda a sua inspiração política.


O conselho que este dá aos tucanos paulistas é disputar eleição por conta própria ou apoiar a Tabata Amaral no primeiro turno. E negociar apoio com o Nunes no segundo [PSDB para um lado e Tabata para outro]. 


***


OBS: As negociações ficam mais fáceis se a Tabata Amaral oferecer o vice para o PSDB. Até porque o Datena nada agregou na largada da pré-campanha dela. Relação ganha-ganha.


Mas não dá para ficar contando com terceiros. 





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