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Petróleo Brasileiro: Esgotamento em 5 Anos

Por: Júlio César Anjos

 

Fernando Ulrich, liberal clássico da escola austríaca, fez recentemente análises sobre as produções de barris de petróleo do Brasil e constatou que o país será uma potência energética nos próximos anos. Infelizmente essa observação não é verdadeira. Porque nos próximos anos o Brasil chegará ao pico de produção de petróleo. E a partir disso, a produção que queimará será o de acabar com os seus estoques até o seu esgotamento.

Quem diz isso é o próprio Ministro de Minas e Energia do governo Petista, Alexandre Silveira:

Abram-se aspas.

Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em audiência na Câmara ver “claros sinais de esgotamento exploratório” no pré-sal, e defendeu o avanço para novas fronteiras exploratórias, na Margem Equatorial, uma ampla área que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá, com grande potencial, mas enorme desafios ambientais.

Fecham-se aspas.

A primeira situação que assusta nas falas do ministro é que o Brasil a partir de 2029 terá alcançado o ponto de não retorno, queimando as reservas já conhecidas até o seu fim. E a segunda, mais preocupante ainda, é que o governo petista não quer mudar a matriz energética, preferindo ficar com combustível fóssil mesmo sabendo da sua escassez.

Mesmo que o governo brasileiro tenha encontrado a maior reserva de petróleo do mundo na margem equatorial, mesmo assim essa reserva terá que, por obrigação, virar um estoque estratégico para uma quantidade de petróleo existir para as futuras gerações. Ou seja, esse petróleo da margem equatorial não poderia ser explorado não sua ampla capacidade como é feito com o pré-sal produzido na região sudeste do Brasil.

Agora, se a reserva da margem equatorial for baixa, isso obrigará o Brasil mudar a sua matriz energética porque o país perderia o trade off que faz hoje: exporta o piche pesado que extrai das bacias e em troca importa óleo leve e combustível já refinado para suprir a demanda de consumo do país.

Nem precisa dizer que se a margem equatorial não for satisfatória, a Petrobras acaba no mesmo instante.

Deste modo, então, ficar eufórico ao ver que a Petrobras chegou ao patamar de ser a empresa mais valiosa do Brasil, ou que o Brasil está para virar uma potência energética ao bater recorde de produção de energia não renovável, tal situação não passa de uma questão conjuntural que será perdida daqui pouco tempo.

Se for analisar o petróleo como ele realmente é, uma energia estratégica, a prudência diz que o Brasil deveria estar diminuindo essa produção para manter um estoque mínimo para as futuras gerações. E, com esse tempo, mudar a matriz energética do Brasil de energia suja [carro a combustão] para limpa [carro elétrico].

O tema combustível esteve ausente no debate eleitoral de 2022. Porém, é obrigatório que haja debate em 2026. Porque manter a matriz energética no petróleo, sendo que o Brasil está no seu ponto de esgotamento, é no mínimo uma insensatez.

PT e Petrobras, sem debate público nenhum, estão acabando com os estoques de petróleo do Brasil. Chamam isso de recorde ao fazerem esgotamento do combustível fóssil de forma deliberada. Mas não há o que comemorar.

 

Fonte:

https://www.infomoney.com.br/economia/sem-novas-grandes-descobertas-de-petroleo-brasil-ve-pico-de-producao-em-6-anos/

 



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