Por: Júlio César Anjos
Ontem [06/09/23], Lula fez um pronunciamento à nação. E ao invés de usar este período de tempo para comunicar sobre a data comemorativa de 7 de Setembro, ao respeitar a liturgia institucional republicana, sequestrou o espaço e usou deste poder midiático para fazer uma inserção político-partidária. Foram 7 minutos de exibição de uma peça publicitária em que criava um mundo imaginário de um lugar chamado: O País da Propaganda do PT.
Aécio
Neves, em 2014, quando disputou a eleição presidencial daquele ano, viu a
inserção publicitária petista e arrematou: “quero morar na propaganda do PT”.
Frase esta que virou até mesmo música pela banda do atual vereador de Curitiba
Eder Borges. Porque o que se constatava no vídeo era um mundo imaginário que
não condizia com o mundo real.
A peça publicitária já começa com um ato falho
e um sincericídio ao dizer que: “no passado, quando o Brasil crescia, quem
ganhava era uma minoria muito rica”. Porque os governos petistas Lula 1 e 2,
Dilma 1 e 2 também fizeram parte do passado. E aí fica a pergunta: cadê o
passado glorioso que nunca existiu?
Ao
dizer que o PIB melhorou para o povo e não para os ricos, cria um mundo
imaginário de pleno emprego, uma falsa ideia de que o salário mínimo compra
tudo, gerando uma mentirosa lógica de que o povo agora tem poder de compra,
sendo que o pais continua o mesmo: desigual, violento e sem perspectiva de
futuro porque o Sistema restaurou um ladrão ao poder.
Lula
traz 3 pilares em sua peça de ficção: democracia, soberania e união.
Democracia,
para o petista, significa sonho. Sonho de ter emprego, ter poder de compra, ter
saúde, ter educação e um novo país melhor. Ou seja, não é uma realidade. Essa
parte do comercial contradiz com o que tinha acabado de ter exibido no minuto
anterior. Porque no minuto anterior, Lula em 8 meses tinha realizado tudo. E
agora, pela comunicação do pilar da democracia, diz que o povo tem sonho de um
Brasil melhor.
Já
soberania significa uma confusão com patrimonialismo e ideologia petista, no
qual é preciso proteger a elite oligárquica [empresas], perpetuar o estatismo
[mesmo ineficiente] e defender pautas identitárias. E traz repetição da
propaganda partidária com os números supostamente positivos das pastas do
governo. Além, é claro, de retomar a teta estatal PAC: Plano de Aceleração da
Corrupção. E arremata que soberania: “será
um lugar melhor para viver”. Porque não é e nunca foi. Porque o passado
glorioso dos governos petistas nunca existiu.
União
significa o establishment. Lula quer unir o judiciário desacreditado e que faz
insegurança jurídica, o sistema político corrupto e ONGs que não servem pra
nada. Confunde união com “diálogo” que nada mais é do que toma lá, dá cá com o
centrão.
E por fim, rouba na cara dura o informe publicitário do PSDB publicado mês passado, ao mostrar que as diferenças regionais tornam o país único.
Para
arrematar a análise do informe publicitário partidário travestido de pronunciamento
oficial do governo, na própria propaganda são exibidas as favelas. Pois e, elas
continuam lá.
E,
por fim, você leitor percebeu que em nenhum momento este que vos escreve disse
o nome do pais do PT? É porque ele é inominável porque não existe.
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