Por: Júlio César Anjos
Os
erros do bolsonarismo, que culminam em investigações e exposição na mídia, fazem
com que o Sistema possa ataca-lo e, ao mesmo tempo, consiga esconder os
problemas do governo Lula até agora. Porém, os erros do petismo também estão
sendo empilhados a ponto de começarem a transbordar. Neste cenário, há uma
clara percepção, verdadeira, de que as coisas não estão indo bem. E o que se vê
é uma crise no horizonte que está a gerar a confluência.
No
campo político, o legislativo declarou guerra contra o judiciário e agora os
parlamentares estão fazendo obstruções na casa para que as pautas não andem
enquanto o STF não parar de legislar. O judiciário, que está a legislar, é o
mesmo que restaurou o ladrão do Lula ao poder e que dá suporte para o governo
petista passar dos limites em várias áreas de atuação. Não quer recuar.
Conflito de poderes gera instabilidade temporária.
No
campo governamental, a base do governo começa a querer erodir porque o Lula
promete muito e não entrega nada. Atrasa emenda parlamentar, promete cargos e
não entrega. Deixa os conflitos entre os pares acontecerem como se nada tivesse
acontecido. Tudo isso gera intriga palaciana que culmina em insatisfação geral.
No
campo gerencial, na questão econômica o governo cria regras que ele mesmo não
cumpre. Inventa um arcabouço fiscal que aumenta gastos públicos, prometendo
aumento de arrecadação que não se realiza. Como não passa confiança, sofre com
problemas de fuga de capital, de descontrole cambial, princípio de descontrole
inflacionário e encarecimento dos serviços públicos. Ou seja, há uma bomba
armada no governo petista prestes a explodir.
No
campo ideológico, a volta do pulsar das ruas. Alunos de humanas da USP fazendo
greve [se é que isso existe] e outras greves pipocando no país. E a oposição já
sinaliza que irá para as ruas por defender bandeiras conservadoras como, por
exemplo, o aborto. Insatisfações nos campos políticos culminam em levantes
populares. Isso gera insegurança política, sendo um desagravo contra o governo
petista.
No
campo internacional, os impérios do norte encontram dificuldades econômicas. Os
EUA estão enfrentando problemas com inflação e, com isso, jogam a taxa de juros
para um patamar elevado, o que afeta o mundo todo. E a China está com problema
de crise de bolha imobiliária. Com isso, o país asiático segura um pouco o ímpeto
de gasto público para não gerar ainda mais crise, o que afeta investimentos internos
e produção global. E, como é sabido, isso afeta o mundo, gerando impacto também
no Brasil.
No
campo institucional, aparelhamento das instituições para tentar salvar este
governo petista natimorto. O judiciário, principalmente o STF, passando pano
para o governo Lula de maneira despudorada e a mídia comercial, principalmente
a Globo, virou assessoria de comunicação do petismo. Ou seja, as instituições
estão ajudando a aumentar a crise ao tentar esconder os problemas deste atual
governo que, ao ser corrupto, não deveria nem existir.
Deste
modo, já há uma confluência de fatores que culminam em crise. Essa confluência,
como todos sabem, gera instabilidade que termina em até mesmo em impeachment de
presidente. Tudo está indo de mal a pior e ruindo numa aceleração crescente. E
ao invés do governo petista começar a resolver esses problemas, joga-os para
debaixo do tapete. Isso gera acumulo de insatisfação até explodir em
impopularidade que culmina em destituição do poder. Depois que esse governo ganhar
uma multidão nas ruas pedindo mudanças, não adianta chorar que é golpe. Não
fazem a lição de casa.
Surge
um novo zeitgeist que não tem um formato ainda. Mas esse espírito do tempo que
está a surgir com certeza será contra Lula e Bolsonaro.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: