Por: Júlio César Anjos
Governo do PT: Briga, Racha, Crise. Ou: Loucura
Política: O Governo como Oposição ao Governo
***
Haddad
diverge de Gleisi. Racha.
Lula
conflita Alckmin. Briga.
As
brigas e os rachas internos do governo contaminam ao ponto de afetar a
sociedade e a economia. Crise.
Até
porque o Brasil, pelo que se saiba, não adotou a regra do partido único, cujo
versa em decidir internamente no partido as questões políticas do país – como acontece
na China – o que faz gerar uma fusão entre a república e o partido.
Deste
modo, a mídia tem que parar de ser secretaria de comunicação do petismo e
começar a divulgar as coisas pelo o que elas são quando surgem ruídos no
governo: racha; briga; crise.
Numa
democracia minimamente implantada, o governo deve ser uníssono e coeso. Porque
parte da oposição denunciar as falhas, as incoerências, as contradições, sendo
divulgadas pela mídia.
Este
que vos escreve - como oposição - não quer saber sobre a lavagem de roupa suja interna
no partido que faz contaminação entre os governistas, pois são todos iguais e
devem ser banidos da vida pública por causa das suas incompetências.
Aí
a mídia se apega a dizer que o Haddad é o tucano dos petistas. Ou seja, Haddad
é uma oposição da Gleisi, por exemplo. Porque Haddad, teoricamente, não se
deixa levar pelo populismo e segura a farra petista ao teoricamente ser mais
austero porque é supostamente um ministro técnico. Tudo isso como se o Lula não
fosse o seu patrão que pode demiti-lo a hora que quiser.
Ora,
se as pessoas entendem que os tucanos possuem valor por administrarem bem a
coisa pública, então não se deve apoiar o Haddad dentro do petismo, mas eleger
e apoiar diretamente o PSDB e extirpar essa legenda socialista vermelha que é
incompetente.
E,
sendo assim, Haddad nem deveria ser petista porque ideologicamente não é
compatível com o petismo. Mas ele é considerado a oposição dentro do petismo
justamente por ser teoricamente técnico.
Como
o próprio partido quer ser oposição ao partido, isto se reflete no governo ser
oposição ao governo, mostrando que a mídia está forçando a mão demais ao tentar
criar um partido único no Brasil.
E
aí a mídia fornece, por exemplo, o tempo de tela para Gleisi e Haddad lavarem a
roupa suja, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
Mas
não é.
Quando
o governo petista gerar racha, briga ou crise dentro da sua trincheira, quem
devem ser oposição ao petismo são os outros existentes no Brasil: PSDB, PL,
Novo.
Aliás,
toda a esquerda e o centrão, como fazem parte do governo, devem ser coesos para
que não se gerem ruídos para dar argumentos para a oposição.
Mas
a mídia brasileira, ao ajudar a acabar com a democracia, está fazendo a
oposição não ter tempo de tela para explicar as falhas do governo petista, dando lugar
a um correligionário do petismo, ou algum governista vendido do centrão, para
explicar as incoerências vindas do próprio governo.
A
mídia brasileira, lentamente, está apagando a oposição de fato e que está por
óbvio fora do petismo. E colocando no lugar os oposicionistas petistas ao
próprio governo do PT.
Isso
é simplesmente uma loucura política. Porque o governo é oposição do governo e
com isso o Sistema está apagando a oposição.
Além
de tudo isso, vale destacar, Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer
que se publique. Todo o resto é publicidade. E para Millor Fernandes: “Jornalismo
é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
É
preciso colocar as coisas no lugar. PT é governo, outros partidos são oposição.
E se o petismo não está unido e coeso para governar diante do seu programa de
governo, qualquer ruído é considerado racha, briga e crise. E desta forma, deve
ser extirpado do poder o mais rápido possível.
Essa
obviedade deve ser respeitada porque até mesmo o PT está a fazer um próprio
canal de televisão do partido. E daqui a pouco a mídia se encontrará também
dentro do partido. Querem poder institucional? Façam o dever de casa. Escutem Millôr
Fernandes.
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