Por: Júlio César Anjos
O
7 de Setembro de 2023 ficará marcado na história como um ponto de inflexão na
política nacional. Lula debocha das forças armadas de forma sútil. Ao interpretar os sinais, fica clara a mensagem
que o povo, de maneira geral, enviou para todo o Sistema: rejeição total. E o
vetor de poder político também mudou. Ao fazer analise da conjuntura, é crível dizer
que as eleições de 2026 não serão iguais aos plotados pelos cientistas
políticos. Alguma coisa mudou e essa mudança trará efeito nas próximas eleições.
São
três situações destacadas neste texto: 1) Virou Carnaval; 2) Sem Povo [Público
Diminuto]; 3) A Força Política Mudou.
Virou Carnaval
Lula,
teoricamente, queria fazer do 7 de Setembro uma data de aproximação com as forças
armadas. E ao criar uma cisão inexistente, deixou de fora as policias militares
no desfile.
Porém,
esse 7 de Setembro de 2023 foi o evento em que menos se viu tanques, blindados,
outros tipos de veículos de poder bélico pesado. Além disso, variações de
armamentos também não foram apresentadas à população.
O
que se viu neste 7 de Setembro foi uma espécie de carnaval, cujo desfile não
exibia e exaltava os militares, mas um concurso de beleza de fardas, com muitas
cores e marchando em blocos, muito parecido com o que é feito na marquês de
Sapucaí.
Figuras como Santos Dumnot, Zé Gotinha e a Janja de Vermelho fazendo o L com a mão mostram que o desfile foi mais um evento festivo teatral, como um carnaval, do que uma cerimônia de comemoração de uma data importante de independência do Brasil.
O Santos Dumont do PT no carnaval de 7 de setembro de 2023
Se
colocasse um samba, muita gente diria que o 7 de setembro, pelas mãos dos
petistas, virou carnaval. Isso é deboche puro.
Diante
dessa comunicação desastrosa, é possível dizer que os militares a partir de
agora estarão mais afastados ao petismo do que nunca.
Sem Povo
Surtiu
efeito o boicote do Bolsonaro para as pessoas não irem ao desfile de 7 de
Setembro. O público presente é diminuto e pago, o que mostra a volta dos “mortadelas”.
É
possível dizer que é o 7 de setembro mais esvaziado e distante do povo desde a
redemocratização. E como não tem povo na comemoração de independência do
Brasil, restou para a mídia somente filmar políticos velhos e o carnaval do
desfile feito pelas forças armadas do petismo.
O
sentimento que o evento passou foi de algo triste, cujo povo se distanciou do
stablichment, sendo que os políticos sofrem altas rejeições que se materializam
em ruas vazias nas datas comemorativas. Mas as pesquisas dizem que não.
Esse
fato consumado, do povo perder a mobilização política porque há insatisfação
geral, mostra que as pesquisas de opinião das quais dão alta popularidade para
os políticos podem conter algum tipo de erro. Porque, no papel, políticos do executivo estão
com popularidade alta; porém, em datas comemorativas, o brasileiro não abraça
em felicidade tais eventos sociais.
Há
uma desmobilização geral por parte do povo diante dos eventos sociais.
A
Força Política Mudou
Como
sabido, a desmobilização sugerida pelo Bolsonaro surtiu efeito. E isso mostra
uma mudança de vetor de poder político.
Porque
antes do bolsonarismo existir, as forças políticas orbitavam entre o petismo e
o anti-petismo. E diante da incapacidade do petismo em engajar as pessoas, ao
perder as ruas, hoje o vetor de poder se dá entre o Bolsonarismo e o anti-bolsonarismo.
Ou seja, o Lula PT ganhou a eleição porque conseguiu ser anti-bolsonarista e
não porque o PT condicionou essa vitória por força própria.
Hoje,
o Lula não coloca mais gente na rua. O que faz haver questionamentos se realmente as pesquisas de
medição de popularidade estão realmente certas, pois, quem tem alta
popularidade consegue fazer o país ficar feliz. E o povo feliz abraça as datas
comemorativas para comemorar na rua. E não é o que acontece no 7 de Setembro de
2023.
Fonte:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-09/desfile-de-7-de-setembro-sinaliza-para-volta-da-harmonia-e-comemoracao
https://www.youtube.com/watch?v=XT_yl97159E
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