Por: Júlio César Anjos
Para
explicar o Brasil, é preciso entender que há duas realidades em curso no país:
a realidade paralela; e o mundo real.
Na
realidade paralela, para eleger o petista pela terceira vez, o que é chamado de
esquerda criou no imaginário do povo brasileiro a percepção de que houve um
passado glorioso [que nunca existiu] quando o Lula foi presidente pela primeira
vez. No governo do socialista, tudo era maravilhoso. Mas aí vieram homens
malvados e deram golpe na Dilma. Estragaram tudo. Com isso havia a necessidade
de uma restauração. E Lula teve que voltar ao poder outra vez para salvar a
nação.
Já
ao mundo real, dentro das situações ocorridas de fato, o PT está há 21 anos no
controle do Estado, com interrupção de 5 [Temer e Bolsonaro]. Ou seja, o PT
herda a herança maldita do PT. Dilma foi a pior presidente desde a
redemocratização, fazendo com que a oposição às esquerdas conseguisse chegar ao
governo. Mas essa direita que faz oposição ao petismo também não tem qualidade
nenhuma. Desta forma, o Lula volta à cena do crime porque o Brasil é um país terceiro
mundista, com um povo tão ignorante que não consegue nem fazer alternância de
poder.
Como o Brasil paralelo imperou como realidade no imaginário do brasileiro, então é preciso entender que realmente o PT fez mudanças no país. Favela virou comunidade. Coxão Duro virou picanha. Desempregado desalentado virou empregado. E PIB de 2% virou motivo de comemoração. “Lula tem sorte” – dizem os analistas políticos. Essa sorte não está nas melhorias econômicas, mas na confusão mental de um povo que faz da ignorância uma benção.
A verdade é que o governo atual estourou o teto de gastos e não consegue cobrir este rombo ao não conseguir gerar riqueza para poder distribui-la. E se de um lado há essas distribuições populistas, mas de outro não há riqueza para se amparar, o fato é que há um problema econômico contratado no futuro. Na lei orçamentária, só se gera despesa se conseguir apontar uma receita. E na lei econômica, não existe almoço grátis. Alguém pagará a farra de um governo que não tem responsabilidade com a coisa pública. E isso gerará, por óbvio mais desigualdade social.
Diante os desafios, passado 6 meses do governo Lula 3, os petistas querem colocar o Marcio Pochmann, um terraplanista econômico, para comandar o IBGE. E isso não deriva do fato do país estar melhor e com isso ter que atualizar os quadros técnicos para acompanhar estas evoluções; Coloca-se um petista fanático em quadro técnico para fazer o que tem que ser feito para o seu grupo político, que é manipular os dados estatísticos para que essas métricas favoreçam o governo. Porque o que importa não é a realidade, mas a percepção da realidade.
E
tudo isso se transforma em porduto para venda na balcanização do chamado
mercado, cujo faz da especulação lucro, precisando somente da percepção de índices
estatísticos positivos, mesmo o país não tendo resultados concretos para mostrar.
Com isso, os mercados cada vez mais próximos de governo populistas, lucram
tanto pela aproximação do governo quanto na especulação feita pela falsa realidade
de um Brasil maravilha.
Portanto,
com o coxão duro como picanha, a favela virar comunidade, e desempregado
desalentado ser considerado empregado, é preciso destacar que o que importa de
fato é a realidade paralela. Com isso, basta manipular dados estatísticos e
criar um cenário de melhora fabricada na mídia para que o pobre acredite que
está melhorando, mesmo sem haver nenhuma modificação concreta de fato. Porque o
que importa é a percepção e não a realidade. E por isso que a ignorância é uma benção.
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Se
liga no óbvio: se a o kg da Picanha custa o mesmo preço do kg da Alcatra e do
kg do Patinho, das duas uma: Alcatra e Patinho viraram Picanha; ou a Picanha é
na verdade Coxão Duro.
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Coxão Duro virou Picanha: A Ignorância é uma benção
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