Por: Júlio César Anjos
Na
crise de 2008, quando o Lula chamou a bolha imobiliária de marolinha, fruto da
colaboração das 3 agências de rating conhecidas [Standard & Poor’s, Moody’s
e Fitch] que disseram que títulos podres não tinham risco nenhum para os
mercados, o governo brasileiro na época driblou o problema financeiro
aumentando gastos públicos. A bebedeira durou 6 anos quando, no governo Dilma,
o país parou de ter superávit primário. Aí veio a ressaca, com o povo nas ruas
nas jornadas de 2013, cuja instabilidade perdurou 10 anos ao arrefecer só agora
em 2023. Querendo ou não, Temer reverteu a crise criada por Lula
e Dilma. Só que agora uma nova jornada de bebedeira se inicia. E o capital
vadio irá novamente se esbaldar.
Quando o Lula começou a gerar gastos públicos elevados, cujo fez o estado perder o superávit primário no primeiro mandato do governo Dilma, as agências do governo teciam até elogios ao governo petista. Quem não se lembra do Financial Times com a sua ilustração do Cristo redentor decolando? Ou o grau de investimento dado e mantido entre 2008 até 2012? Ou seja, as agências de riscos, quando a festa estiver em andamento, não irão acabar com a alegria dos festeiros. Se o governo está gerando gastos, então que o capital aproveite para lucrar o máximo que puder. E depois que crise chegar, cortam-se as notas de avaliações de riscos como se nada tivesse acontecido, como ocorreu no Brasil após 2013.
O
que acontece com as agências de risco ao darem um voto de confiança para um governo
petista, que já errou demais no passado, é repetir a mesma situação. Essas agências
de risco irão fingir demência por um bom tempo, até quando a crise chegar a um
patamar irreversível e, fingindo que nunca souberam dos problemas, rebaixará a
nota do país em crise sem pestanejar.
As
agências de risco, junto com o capital financeiro, são apenas um DJ que é
contratado para tocar em uma festa. E quem contrata o DJ, escolhe a música.
Porém, o DJ não fica no estabelecimento para ajudar a limpar o salão após a
festa. Esses grupos dinheiristas não são, de modo nenhum, babás de adultos. E
quem tem que alertar sobre os abusos da festança é a oposição [como neste caso
aqui].
Deste
modo, o ciclo se repete. O PT já orientou a todos que vai começar a fazer a
farra com o dinheiro público e quem quiser se refestelar é só se aproximar. As
agências de risco deram o start, ao darem o voto de confiança para o governo
petista [que não merece segunda chance porque errou no passado], indicando que
o Brasil dará garantias de lucros para os investidores. E se a crise estourar,
quem pagará a mazela será o povo brasileiro, não cabendo nenhum óbice aos
acionistas que entraram na alta, saíram antes da baixa e não vão sofrer com as consequências
da irresponsabilidade governamental.
Agora,
imagina o Roberto Requião, cujo cunhou a expressão “capital vadio” para
explicar o mercado financeiro, ao mostrar que esses grupos de investimento não
martelam um prego, não fabricam um parafuso e só ganham dinheiro com especulação,
vendo o PT vendendo o Brasil, como uma prostituta barata vende o seu corpo, aos
interesses dos magnatas globais.
Assim
como o mercado do petróleo possuem as 5 irmãs, essas 3 agências de rating são
como 3 irmãs que decidem sobre questões de investimentos globais nos países. A
função das 3 irmãs do capital vadio não é defender a democracia, não é defender
liberdades nem qualquer moralidade que seja. Teoricamente, o capital vadio
trabalha com duas situações na economia somente: especulação e realização.
Especulação, na crise, ao obter ganhos ao fingir uma melhora temporária para
passar aquele estelionato gostoso; realização, no período de bonança, quando
realmente a economia vai bem e com isso lucra com essa melhoria surfando na
onda do boom financeiro. No caso do Brasil, quase sempre é especulação.
Deste
modo, para critério de exemplificação, esses são os 5 países com índices de
rating superiores ao Brasil [fonte no final do texto]:
Arábia
Saudita, cujo sheik dissolveu um jornalista no ácido, é triplo A nas avaliações
de rating.
China,
ditadura comunista, triplo A.
Ilhas
Cayman, paraíso fiscal, também é A.
Catar,
enxurrada de denúncias sobre violações aos direitos humanos na copa, também
triplo A.
Colômbia,
narcoestado, B+ nas 3 agências de classificação.
Deste
modo, não será no capital financeiro que resolverá problemas políticos para
questões de pautas comportamentais e sociais, pois, esses dinheiristas só
trabalham com o foco na economia – e nem brasileiros são.
O
mercado financeiro, com as bolsas de valores e as suas agencias de riscos, não
possuem moralidade nenhuma. Eles não querem saber se os governos terão crises
econômicas ou se os países defendem questões como liberdades e democracias. Só
o que eles querem é entrar e sair lucrando escandalosamente bem neste meio do
processo. E isso o PT garantirá a eles. Portanto, as 3 irmãs do capital vadio
vão subir a nota do Brasil porque a farra com o dinheiro público irá começar.
Sim,
o Lula é entreguista e vendeu o Brasil para especuladores globais. O governo
Lula será como a música: Aluga-se, do Raul Seixas:
A
solução pro nosso povo eu vou dá
Negócio
bom assim ninguém nunca viu
Tá
tudo pronto aqui, é só vim pegar
A
solução é alugar o Brasil!
[...]
Os
estrangeiros eu sei que eles vão gostar
Tem
o Atlântico tem vista pro mar
A
Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar dele paga o nosso mingau
Coma seu mingau.
Fonte
https://pt.tradingeconomics.com/country-list/rating
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