Por: Júlio César Anjos
Deu
no Poder 360 [25/07/23]:
Abram-se aspas.
Arrecadação
federal cai 3,37% em junho, diz Receita. Somou R$ 180,4 bilhões e ficou abaixo
do recorde histórico do ano passado, segundo informa a Receita Federal.
Fecham-se aspas.
Cadê
o Fernando Haddad, o Mister Fracassa, para explicar essa incongruência nas
contas públicas?
No
início do mandato, o governo petista pediu para o congresso acabar com o teto
de gastos e liberar um crédito suplementar de 200 bilhões para o petismo começar
a tocar o governo. Em compensação, o governo prometeu pagar esse déficit ao
aumentar a arrecadação. Só que o resultado do primeiro semestre de 2023 teve
uma arrecadação menor que o ano anterior. Mas as despesas estão aumentando. Literalmente,
a conta não fecha.
Numa
espécie de mágica, como um mago que surge como tábua de salvação, aparece o
Arthur Lira para dizer que o congresso agora quer uma reforma administrativa.
Para
quem entendo os pormenores da política nacional e todo o establishment, um
pingo é letra.
O PT quer que o congresso corrija o seu erro,
mas sem mostrar as suas falhas, porque isso seria uma confissão de
incompetência. Porque só o que os socialistas fazem nos governos é querer
distribuir riqueza sem gera-la. Por isso que agora há uma coincidência que faz
o congresso querer fazer um ajuste fiscal pela reforma administrativa logo após
haver perda de arrecadação. Para quem já é escolado, o PT usa o Arthur Lira
para resolver os seus problemas.
Como
uma espécie de milagre, o governo petista prometeu aumentar a arrecadação para resolver
os problemas da sociedade brasileira. Quer taxar desde blusinha da Shein até
grandes fortunas. Acha que sonegação é roubo e aumenta a fiscalização de uma
forma até mesmo predatória. E no primeiro semestre de trabalho do petismo no
governo, a arrecadação foi menor do que do ano anterior. Se isso não é sinal
claro de incompetência, este que vos escreve não sabe o que é.
Note
que esses petistas desavergonhados, para esconderem os seus erros, recorrem às
distrações na mídia como: provocar o Bolsonaro para criar cizânia ideológica;
questões de pautas comportamentais; e até requentaram o caso Mariele Franco, o
Celso Daniel da esquerda caquética.
Porém,
como diz o ditado: se há fumaça, há fogo. Toda essa distração somente para
esconder o fato de que o governo não cumprirá a promessa de aumentar
arrecadação para cobrir os déficits dos quais está fazendo ao passar do tempo.
E
como não existe almoço grátis, esse enfraquecimento de arrecadação esbarra em
dificuldade em cumprir as obrigações de despesas. E o que acontece quando um
governo não cumpre o básico na economia: A Selic aumenta. O PT quer baixar a
Selic na marreta, mas não consegue fazer a lição de casa, que é arrecadar mais
para cobrir o rombo no cofre público.
Deste
modo, o “congresso”, que é um ente abstrato, vem como mágica a solução da
reforma administrativa aventada pelo Arthur Lira como ajuste fiscal.
O PT ideologicamente acha que dá para criar
riqueza aumentando gastos públicos. Mas na prática, no mundo real, aumentar
gastos públicos só gera problemas econômicos. E no futuro quem paga o preço da
crise é a população com mais pobreza e desigualdade social.
O
Brasil realmente precisa de uma reforma administrativa. O funcionalismo público,
em sua maioria, é uma casta privilegiada que ganha muito e trabalha pouco. Que
tem o benefício da estabilidade em funções que não precisa haver essa defesa
trabalhista. Não conseguir demitir um servidor causa problema nos serviços
públicos. Além disso, a reforma tributária obrigará que os governos dos estados
se adaptem com redução de arrecadação. Porém,
uma reforma administrativa não pode vir como uma solução para esconder rombo de
cofres públicos vindo do PT, mas de uma lógica de que o estado precisa se
modernizar e por isso a mudança é necessária. Essa reforma não pode vir como
extintor de incêndio para acudir rombo dos cofres públicos somente, mas de uma
compreensão ideológica de que o inchamento da máquina pública pelo servidor não
trouxe o resultado pretendido. Ou seja, tem que vir por uma questão ideológica.
E
com o Arthur Lira tocando a reforma tributária e agora dando como solução a
reforma administrativa, o Brasil já é um parlamentarismo de fato. Um parlamentarismo
com presidentes populistas. Um parlamentarismo charlatão.
Portanto,
o governo entregou nesse primeiro semestre de 2023 uma arrecadação inferior ao
ano anterior, mesmo prometendo aumentar arrecadação para cobrir os 200 bilhões
que pediu de crédito suplementar ao acabar com o teto de gastos. Como o governo
dá sinais de esgotamento, Arthur Lira vem com a ideia de uma reforma
administrativa como ajuste fiscal do governo. Mas a reforma administrativa não
pode ser tratorada no congresso somente para acudir governo incompetente; ela
deve vir como convencimento pela população de que o Estado inchado fracassou. E
ao ver que a reforma administrativa serve tanto para reduzir impacto da reforma
tributária quanto para resolver o problema de desajuste fiscal vindo do
petismo, o Brasil já é, pelas mãos do Arthur Lira, um parlamentarismo com
presidencialismo populista. Ou seja, um parlamentarismo charlatão.
Fonte:
https://www.poder360.com.br/economia/arrecadacao-federal-cai-337-em-junho-diz-receita
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: