Por: Júlio César Anjos
Estava
pensando alto por aqui e veja se isso não é irônico:
Thomas
Jefferson escreveu a declaração de independência dos Estados Unidos, cujo
continha as seguintes palavras: vida, liberdade e busca da felicidade. Pena que
os índios – dizimados - não foram contemplados por tal independência. Os povos
originários tiveram a infelicidade [busca da felicidade cassada] ao se
encontrarem com o homem branco, perderam as suas terras [propriedade roubada] e
foram extintos [vida ceifada] pelos invasores ianques que, pela declaração de
independência, estavam expulsando outros invasores da Europa.
Algo
semelhante aconteceu no Brasil. E a isso foi chamado de: capitanias
hereditárias. Foi o primeiro assentamento bem sucedido do MST por estas terras.
MST: A Origem.
Deste
modo, é bom frisar: parem com este circo, pelo amor de Deus! Todo mundo sabe
que o agricultor de hoje obteve, direta ou indiretamente, direitos pelas terras
por grupos do MST do passado. O primeiro MST originou-se a partir de 1500 e roubou
as terras dos indígenas para entregá-las à coroa portuguesa [quem ficasse no Brasil tinha o direito de propriedade na época]. Tanto é que o
Brasil era colônia de exploração. E de exploração - termo do passado - para
exportação – termo atual -, isso é só formalidade de questão histórica por
causa da evolução humana. Ou seja, exportação é exploração.
Se
o agricultor de hoje está moralmente tão indignado com terroristas invasores de
terras, que este ser iluminado devolva as suas terras para os indígenas e volte
para as suas origens – sejam elas quais forem. Afinal, este que vos escreve não
conhece um mísero grande latifundiário indígena. Todos brancos e bem cevados
defendendo as suas riquezas amealhadas com uma muleta moral que não se justifica
pelo arco histórico.
É
a mesma regra do Thomas Jefferson: vida, propriedade e busca da felicidade para
os grandes latifundiários capitalistas brasileiros; e infelicidade pela
miséria, propriedade roubada por invasão e extinção para quaisquer outros
grupos que queiram reivindicar um palmo de chão.
Além
disso, vale frisar, o Deputado Marcos Pollon, do PL do Mato Grosso do Sul
[vídeo no final do texto], deu como exemplo na CPI do MST, no dia 24/05/23, a
questão do êxodo, cujo maná não era plantado, mas caia dos céus. É importante
destacar que os judeus, escravos fugidos do Egito, eram uma espécie de MST à procura de uma terra desocupada e com condições para agricultura para
sobreviverem. E hoje é a região de Israel. Os judeus eram um movimento [porque agiam
ao peregrinar] e eram sem terra [estavam à procura da terra santa]. Portanto,
era um Movimento Sem Terra. [durma com
essa]
Vale
notar, também, sobre a palavra patriota, que tanto a direita proclama por aí, cujo
vem de patrício, que era o grupo originário da região da Itália. Se for para
usar o termo ao pé da letra, os verdadeiros patriotas, que podem reivindicar
tal condição por legitimidade, são os indígenas. Deste modo, volta-se à condição
inicial: seja patriota e devolva as terras para os indígenas!
A
verdade é que 1500 foi mais invasão do que descobrimento. Os grupos terroristas
invasores ladrões de terras eram portugueses que fizeram capitanias
hereditárias para atender o império português. E, por isto, o Brasil existe do
jeito que é hoje porque o MST vindo de Portugal foi bem sucedido em roubar
terras para que passassem de improdutivas para produtivas.
Portanto,
qualquer proprietário de terras que não seja indígena não tem moralidade para
chamar os outros de invasores terroristas porque as suas propriedades proveem
de um passado com pilhagem e sangue.
E
se não gostou, só há uma coisa a dizer: devolvam as terras para os indígenas!
Mas
todo esse texto não tira o fato de que o MST vermelho, aparelhado pelo PT, seja
terrorista. Uma coisa não anula a outra.
Deste
modo, então, a pergunta que fica é: ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de
perdão?
Fala do Pollon sobre Israel a partir dos 36min20s:
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