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MST: Evolução

 

Por: Júlio César Anjos

 

Por: Júlio César Anjos

 

Por que vocês querem esconder essa parte? Vocês, grandes latifundiários, deveriam ser honestos pelo menos uma vez na vida ao confessar que já usaram o MST vermelho no passado e hoje reagem sobre tal grupo por medo do feitiço virar contra o feiticeiro. Sejam cristalinos e confessem a relação promíscua que fizeram ao elevar as esquerdas ao poder, sendo que aceitaram que o grupo, do qual vocês chamam de terrorista hoje, invadissem até a fazenda do Fernando Henrique Cardoso. É preciso falar mais sobre o agro. MST: Evolução.

O MST vermelho, grupo de invasores terroristas, surgiu nos anos 80 com o Stedile no Paraná. Mas esse grupo criminoso imundo só ganhou tamanho e forma nos anos 90, quando a década inteira foi “vermelha” ao gerar terror no interior do Brasil. Mas os agredidos não foram os grandes latifundiários que já existiam na época, mas os pequenos agricultores. Porque o MST, na sua bandidagem plena, roubou terras de pequenos agricultores. Uma parte ficou para eles e outra parte foi vendida para os grandes latifundiários aumentarem ainda mais as suas terras. Mas essa parte os dois grupos que integram a CPI do MST irão se calar porque é algo indigno para as duas frentes.

Ou seja, os próprios grandes latifundiários, ao se beneficiarem pela pilhagem feita pelo MST, alimentaram esse animal selvagem que cresceu. E hoje, esse animal selvagem crescido, quer até mesmo saquear grandes latifúndios como a do Grupo Suzano. Deste modo, agora o agro reage porque se sente ameaçado, de verdade, por este grupo terrorista do qual ajudou a criar.

Na guerra fria, e a isto consta até mesmo no livro sobre a ditadura, do Elio Gaspari, muitos revolucionários miseráveis receberam muitos recursos financeiros dos russos e dos chineses para fazerem o levante contra a ditadura militar. Mas a maioria desses revolucionários pegou o dinheiro, abandonou a luta e foi comprar terras no interior do Brasil. Sim, muitos agricultores de hoje eram xexelentos sem terra que roubaram o dinheiro da revolução para se arrumar ao comprar terras no interior do país.

E, ao contrário do que todo mundo imagina, o Brasil teve sim a sua reforma agrária. Só que uma reforma que favoreceu imigrantes. No período entreguerras, Getúlio Vargas ofertou terras para os europeus que fugiam das crises que aconteciam na Europa. E foi assim que regiões do interior do sul do Brasil possuem muitos grupos étnicos brancos vindos da Europa. Se for notar, na era Vargas havia dezenas de milhares de negros pobres que não possuíam, desde aquela época, um lugar digno para viver. E ao invés do governo fazer uma reforma agrária que beneficiasse os negros brasileiros, o governo deu sobrevida ao europeu branco que poderia morrer na guerra. Ou seja, é indício de que o Vargas queria fazer o branqueamento do Brasil da mesma forma que a Argentina fez em seu território. Só não deu certo porque a grande quantidade dos negros no Brasil impediu que isto acontecesse.

Na propaganda: o agro é tech, o agro é pop, o agro é tudo. Na história, o agro surgiu por Movimentos de Sem Terras: Revolucionários pés-rapados que roubaram a revolução para comprar loteamentos; MST vermelho que roubou terra de pequeno agricultor para vendê-las para o grande latifundiário em troca de apoio político; europeus brancos esfomeados, e fugidos da guerra, contemplados com essa chance de vida nova porque o Vargas queria branquear o Brasil.

E se for analisar friamente, o que acontece na CPI do MST no congresso nacional, hoje [25/05/23], é a disputa do MST do passado contra o MST do presente, para saber que um deixará de ser MST por ter a propriedade das terras no futuro. É tribalismo puro.

 



 

 

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