Por: Júlio César Anjos
Já
é sabida a origem do MST, que surgem como capitanias hereditárias, sendo
considerado o primeiro assentamento do Brasil. Também se sabe da evolução do
MST ao expandir o agro de forma totalmente não convencional pelo interior do
país. Agora, é preciso falar sobre o MST: a batalha final.
Como
é uma batalha, há dois grupos em disputa: Bolsonaristas e lulistas.
De
um lado, o MST bolsonarista. O grande latifundiário que não possui terra na
Amazônia, então por isso precisa avançar na região para possuir terras por meio
de grilagem, desmatamentos, crimes ambientais e destruição da natureza. Ele tem
terra em uma região, mas é sem terra em outra, por isso comporta-se como o MST
e faz a grilagem como sem terra para aumentar a sua área de produção.
Do
outro, o MST que também faz grilagem em terras na Amazônia Legal. Porém, querem
mesmo os territórios estabelecidos dos grandes latifundiários porque o
agronegócio já está pronto e com a lucratividade em curso. Ou seja, o caminho
mais fácil de obter o poder: roubar o que já está pronto.
Os
dois MST’s, tanto o agro bolsonarista quanto o “exército de Stedile” do Lula,
possuem algo em comum: a Amazônia não é o local não tocado pelo homem e por
isso tem o seu valor, mas uma grande área de terra improdutiva. Para os dois
grupos, a Amazônia não faz sentido existir. Afinal, tanto Lula quanto
Bolsonaro, os dois querem explorar a região para que se gerem investimentos do
capital na floresta. Ou seja, desmatamento, destruição da natureza, grilagem, expulsão
de povos indígenas e degradação do meio ambiente são ações que os dois clãs
querem como propósito-fim. E a muleta
moral: o mundo precisa comer e/ou o agro é muito valoroso porque alimenta o
mundo.
O
agro bom é pequeno e tucano. O agricultor brasileiro, seja pequeno ou grande,
sabe que se deve haver uma sinergia entre a produção agrícola e o meio
ambiente. É o agricultor que após terminar a produção do dia, vai tomar um
banho de cachoeira, além de amar a natureza como algo de Deus. E entende que a
Amazônia deve ficar intocada porque é algo divino.
Já
o agro da polarização da batalha final feita na CPI do MST, a artificializada
como esquerda versus direita [se é que isso existe], é a do agricultor que destrói
a natureza, aumenta a produtividade predatória e vai morar em um país
desenvolvido, ao tocar os negócios de fora do país. Ou seja, são traidores da pátria!
A
batalha final que acontece na CPI do MST no congresso, não se enganem, é sobre
dois clãs predatórios que não ligam para a população brasileira como um todo. Eles
não dão como solução uma reforma agrária de verdade que beneficie a todos [que insira
até o negro da favela ao possuir um pedaço de chão], nem querem saber dos
direitos humanos dos indígenas, muito menos querem saber sobre o que o povo acha
sobre esse tribalismo no qual as duas tribos querem saquear terras para atender
ao grande capital e aos países do norte global.
Os
dois grupos irão falar verdades na CPI do MST. E o brasileiro deve estar atento
a ouvi-los.
Os
bolsonaristas chamarão o MST vermelho de grupo invasor terrorista, que destrói áreas
produtivas para torná-las improdutivas e assim o Stedile conseguir roubar esse
território se utilizando da constituição: uso social da terra.
Os
lulistas irão atacar os agricultores, que já foram MST um dia, de grileiros,
desmatadores, agressores da natureza e tiranos do meio ambiente. Que o agro
estabelecido é imoral e por isso tem que dividir a terra roubada porque não os
pertence e por isso não são legítimos em possui-las.
E aí
quem está de fora verá que os dois estão certos e errados ao mesmo tempo.
Os
dois grupos são somente duas tribos predatórias lutando por controle de
território, não se importando em nada que não seja, no fim, aumento de poder.
Não tem bonzinho nesta história; nem o agro [MST do passado] nem o MST do
presente. Porque o MST do passado está a lutar contra o MST do presente, para
ver quem será dono das terras no futuro. E quem tem terra, tem poder. A batalha
final não se trata de valores; se trata de poder.
Fim
da Trilogia [pela visão de um centrista]:
MST:
Origem
MST:
Evolução
MST:
Batalha Final
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