Por: júlio César Anjos
Elon
Musk comprou o Twitter e resolveu cobrar pelo chamado selo azul. E, ao
comercializar um símbolo que outrora era considerado status, agora virou um
produto como qualquer outro prostituído pelo capitalismo. Pagou, levou. Porém,
a atitude do herdeiro mimado dono da rede social mostrou a todos que realmente
as big techs manipulam o Sistema. E que esse poder tem os seus ungidos. Deste
modo, para as big techs manterem-se isonômicas, é preciso regulamentá-las no
Brasil.
Nesta
semana começa o debate para a regulamentação das big techs. Quem é contrário
regrar as redes trabalha, como escudo para os oligopólios, pela falsa argumentação
de muleta moral da defesa das liberdades. Com a desculpa de defender as
liberdades, esses grupos querem na verdade que as big techs tenham o poder de
escolher quem elas vão eleger para serem os seus servos nas redes sociais.
Basta
olhar, por exemplo, a atitude do Elon Musk ao, primeiro, tirar o selo azul de
quase todas as pessoas; e, depois, devolvê-las só para alguns ungidos. Nesta
brincadeira, o partido PT ganha o selo azul; o MDB, não. No futebol, O Sport
Recife consegue o perfil verificado sem pagar; o Avaí, não. No jornalismo,
Adréia Sadi mantem o status do selo; a Natuza Neri, não.
Claramente
o Elon Musk confessou que há um sistema. E esse sistema quer ditar pra quem
você irá torcer, qual jornalista escutar e qual grupo político seguir. É por
isso que se devem ter os seus escolhidos que serão leais a este sistema.
Mas não basta só a questão do selo azul e deste
status que deixou de ser um símbolo de honraria para virar uma mercadoria
prostituída para a venda.
O
problema das big techs recai na questão daquilo que é chamado de shadow ban. Shadow
Ban significa banimento fantasma. E ao pesquisar no google, a expressão está
condicionada somente como se fosse um problema referente ao Instagram. Porém,
isso não é verdade. Porque todas as big techs fazem shadow ban [até mesmo o
google ao esconder a definição precisa de shadow ban].
Essas
grandes empresas de redes sociais conseguem controlar o fluxo de informação. Se
quiserem que algo esteja na boca do povo, aumenta-se o alcance. Aumentando o
alcance – e com mais gente falando sobre o tema porque também tiveram os seus
alcances aumentados – eleva-se o engajamento [que são as pessoas curtirem,
compartilharem e comentarem dentro das redes sociais sobre um tema]. E com
alcance e engajamento nas alturas, o que está sendo colocado em evidência torna-se
popular – todo mundo está falando e concordando com este assunto em alta,
gerado pelo efeito manada.
Ou
seja, da mesma forma do tratamento do selo azul do Twitter, o Sistema dita o
que as pessoas vão querer porque isso é imposto goela abaixo pelas big techs.
Isso
é poder para tudo. Vai desde a modificação cultural, passando por relações de
negócios, até um país escolher o próprio presidente.
E
o mais agravante é que essas big techs não ficam sediadas no Brasil. Elas
atendem interesses de outras organizações internacionais que vão dizer o que o
brasileiro irá querer.
Se
isso não é o mais puro suco de globalismo, este que vos escreve não sabe o que
é.
Esta
semana abre-se o debate para regulamentação das big techs. E os ungidos
escolhidos pelas redes sociais irão defender os grandes conglomerados globalistas
pela desculpa da liberdade.
Só
que liberdade dirigida não é liberdade.
Liberdade
dirigida: as pessoas só podem falar aquilo que as redes sociais deixarem.
***
Para
Elon Musk, a direita permitida é a bolsonarista e a esquerda, petista.
Os
dois grupos não defendem a Ucrânia.
Teoria
da ferradura.
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