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PL das Fake News: Considerações

 

Por: Júlio César Anjos

 

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Adversidade: Enfrentar, Combater, Vencer. Mário Covas.

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Foi aprovada ontem [26/04/23], a urgência do projeto de Lei das Fake News de autoria do Senador Alessandro Vieira do PSDB. Mesmo os tucanos recebendo a pressão  e tendo somente 14 deputados no congresso, ainda com alguns correligionários contrários ao projeto, com as redes sociais asfixiando qualquer tucano que exista na internet, deu-se seguimento para aprovar a urgência para a regulamentação das big techs.

Os tucanos estão orgulhosos desta luta inglória contra o poder internacional que quer colonizar o Brasil.

Agora que passou a urgência, deve-se vencer na seara política a aprovação da lei.

A regulamentação das big techs, como qualquer outra, visa a regrar o campo da internet. Todos os setores que trabalham na sociedade são regrados: dos profissionais liberais até grandes empresas que sempre enveredam para o oligopólio. E as big techs são oligopólios de meio de comunicação internacional.

Não obstante, além da questão cultural, há vários campos que as big techs afetam, com a desregulamentação, ao atender interesses internacionais em detrimento da soberania nacional.

Seguem:

Mídia: Sem regulamentação, a mídia tradicional que trabalha com credibilidade, tem que concorrer com a mídia alternativa que só propaga desinformação que vem até mesmo do estrangeiro. E como tudo está na internet, as big techs não terem regulação fazem-lhes estarem de mãos atadas quanto à retirada destas informações falsas. A regulamentação é boa tanto para a mídia confiável quanto para as big techs.

Justiça: Sem a regulamentação, a justiça não consegue pegar os bandidos virtuais que se escondem pelo anonimato e pela brecha da liberdade de não haver leis para cometer as infrações. Com a regulamentação, tanto as big techs quanto o judiciário possuem uma melhor cobertura para tentar evitar ou impedir que o crime aconteça. 

Forças Armadas: há uma frase bem conhecida que diz assim: ”na guerra, a primeira vítima é a verdade”. Isso faz parte tanto para a questão interna, com desinformações, quanto externa contra o seu inimigo. Ou seja, se há uma coisa que é crucial para as forças armadas, em se tratando de estratégia, é a informação. E hoje, sem regulamentação das big techs, a soberania informacional do Brasil é a casa da mãe Joana. Se não há soberania na comunicação, não há soberania em nada mais.

Religião: Ao contrário da fake News pregada pelo Deltan Dallagnol, sem regulamentação é que a religião fica desprotegida justamente por ser bombardeada por grupos que criam conteúdos contra os cristãos. TikTok coalhado de ataque, até mesmo hostil, contra os cristãos por que não tem regulamentação. Com a regulamentação, a seara de batalha cultural recai regionalmente, impedindo sabotagens internacionais.

Grupos de Pressão: Sem a regulamentação, as pressões da sociedade são internacionais porque não se sabe de onde está vindo o enxame de bolha nas redes que fazem ataques de massa. É possível que até mesmo que grupos de interesses do exterior queiram melindrar a política interna com ataques dos mais variados. Com a regulamentação, os grupos de pressão devem ser brasileiros para que se faça a política em território nacional.

Política: Sem regulamentação, as big techs, sediadas nos impérios do hemisfério norte [TikTok China e as norte-americanas], podem manipular a disputa eleitoral no Brasil, ao interferir diretamente no pleito, ao reduzir alcance para alguns grupos e aumentar para outros. Os tucanos foram apenados nas últimas 3 eleições pelas big techs. Com a regulamentação, é possível deixar mais isonômico o pleito porque as big techs não influem na disputa.

Empresários: Sem regulamentação, os empresários não sabem se as big techs estão entregando os seus anúncios corretamente. Até mesmo os empresários ficam a mercê do poder das big techs, pois não se sabe se as plataformas aumentam ou diminuam o alcance de uma campanha mesmo sendo pagas. Com a regulamentação, será possível saber se o anúncio dos empresários está fluindo nas redes de forma correta.

 Cultura: Sem regulamentação, há a polarização de esquerda e direita que nada mais é que uma polarização EUA e China. Ou seja, quem não se submete ao império não recebe as benesses dela. Com a regulamentação, a disputa fica a cargo do Brasil, fazendo o jogo ser disputado em território nacional. Isso gera soberania nacional e defesa do Brasil.

Segurança Nacional: o perigo não está só nas questões internacionais. No aspecto nacional, a falta de regulamentação faz pessoas que queiram cometer crimes se organizem nas redes. Sem haver uma regulamentação adequada, as instituições ficam reféns até mesmo de ataques como as que aconteceram em escolas e creches recentemente no Brasil. Com a regulamentação, as instituições podem autuar estes bandidos pelo o que já consta no código penal com apoio das big techs que ajudarão a justiça contra estes criminosos.

Fake News: Sem regulamentação, as big techs até mesmo MONETIZARAM pessoas que propagaram fake news na maior pandemia da história [Covid-19], ao serem contra a vacinação. Com regulamentação, isso não vai acontecer mais.  

 

Na verdade, as big techs deveriam ajudar o Brasil na construção desta regulamentação. Como império, perderiam o poder de soberania perante as nações colonizadas, é verdade, mas em troca ganhariam em credibilidade – o que está em falta nas redes sociais.

Somos os tucanos e sempre estaremos no lado certo da história. E sempre pela missão.

 

 


 

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