Por: Júlio César Anjos
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Silêncio,
o Haddad está descobrindo o superávit primário criado pelo FHC nos anos 90.
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Eles
criaram o problema.
Agora,
eles dão como solução resolver o problema que eles criaram.
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Primeiro,
por questão populista, os petistas pediram crédito de 200 bilhões acima do teto
de gastos para atender os populismos. Isso gera desconfianças, pressão
inflacionária, aumento de dívida e estagnação por insegurança econômica. Ou
seja, caos.
Depois,
como solução, dizem que vão se abraçar à responsabilidade fiscal, zerando o
déficit ao buscar superávit primário em 2025. Traduzindo: dizem que vão pagar o
déficit que criaram para fazer populismo.
Ou seja, a genialidade do Haddad é direcionar
o governo para a responsabilidade fiscal, expurgando a ideia de que gasto é investimento.
Para entendimento geral, o governo Lula buscará o fiscalismo ao invés da
gastança desenfreada.
Para
o campo do gasto, fechar a torneira.
E
para o campo da arrecadação, o governo vai apertar o cerco desde compras
on-line como a Shein até raspar o tacho em dinheiro preso em questões judiciais.
Isso significa dizer que a fiscalização do governo petista será mais rígida
para que se consiga aumentar receitas do estado. Governo e Estado perseguidores.
Agora,
eles [petistas] não precisavam nem estar nesta condição de desconfiança, caso
aceitassem a solução do Tasso Jereissati, que era dar 89 bilhões de gastos
acima do teto para iniciar o governo.
Caso
os petistas entendessem a lógica tucana, conseguiriam buscar o superávit primário
em 2024 – e não em 2025, como confessam. E já teriam uma boa relação política e
econômica na largada.
Isso
o que todo mundo está vendo é o PT consertando o que errou.
E
aproveitando esse texto para desfazer uma fake news que ronda os porões das discussões
econômicas nos jornais do Brasil. Muito botocudo vai à TV dizer que a meta de
inflação foi algo criado na Nova Zelândia. Isso é verdade. Porém, o tripé-macroeconômico
[que tem meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário] é algo
extremamente brasileiro. Foi criado pelo governo FHC nos anos 90. Hoje, a Nova
Zelândia copia o tripé-macroeconômico do governo tucano.
Portanto,
é falso dizer que o Brasil copiou da Nova Zelândia. O Brasil só absorveu da Nova
Zelândia a meta de inflação. O
tripé-macroeconômico é brasileiro. É do FHC. É tucano.
Tudo
isso pra dizer que o Haddad “descobriu” como solução inovadora algo que é bem
velho e batido, que é a busca pelo superávit primário – e o tripé-macroeconômico.
Essa
esquerda é uma piada.
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