Pular para o conteúdo principal

Reinaldo Azevedo: Aumento nos Impostos dos Combustíveis e o Terraplanismo Econômico

 

Por: Júlio César Anjos


O porta-voz do terraplanismo econômico do PT, Reinaldo Azevedo, perdeu o discurso de que um governo tem que olhar para os negros, pobres e minorias porque o próprio PT cassou essa narrativa. Porque o aumento da gasolina gera problema para os desafortunados. A decisão de aumento de impostos nos combustíveis, pelo governo Lula, vai fazer um efeito cascata em toda a economia, aumentando não somente a gasolina, como também o mercado como um todo. O Rottweiler amoroso mexeu sem parar as suas bochechas de Bulldog raivoso, no rádio, contra os liberais por nada. Isso que dá ser marionete de grupos políticos que cooptam as pessoas pelo status, ao invés de defender as próprias convicções pela missão. O jornalista cooptado pelo governo teve que se submeter, no final das contas, ao poderio do PT – e talvez nem percebeu ainda que foi um fantoche dos esquerdistas mais radicais.

Campos Neto manteve a taxa de juros em 13,75% porque já sabia que havia esse gargalo para o governo do PT decidir, o que afetaria um empenho maior no percentual da Selic. Até porque, e isso não é segredo para ninguém, aumento de preço dos combustíveis gera inflação de preços [por repasse] pelo efeito cascata [tudo tem um quantum de energia e combustível] e para conter o descontrole inflacionário a taxa de juros da Selic tem que estar alta.

O petismo, em seu começo de governo, fez o que o Bolsonaro cansava de fazer, que era não ter uma posição firme nas questões políticas para tomada de decisões. De um lado, o petismo recorreu ao populismo, contaminando até mesmo o palpiteiro Reinaldo Azevedo, que chegou até a tecer ódio aos liberais. Do outro, a ala técnica, que conversa com Campos Neto, entende o que está em curso: uma bomba inflacionária sem precedentes em uma ponta e um estouro nas contas públicas em outra.

 Deste modo, volta-se à vitória de Pirro do PT sobre a PEC do estouro em 200 bilhões. É justamente fazer esse rombo nas contas publicas que neste exato momento o governo Lula não pode renunciar quase 30 bilhões em arrecadação com impostos nos combustíveis. Caso não tivesse feito o rombo de 200 bi, e tivesse aceitado um rombo de 89 bilhões, como o Tasso Jereissati tinha proposto para o governo, o PT não estaria nesse desespero todo para cobrir esse rombo fiscal que pressiona tudo: desde inflação até taxa Selic.

E para não aumentar ainda mais o descontrole nos combustíveis, o governo decide controlar preços, ao reduzir o preço do combustível em centavos para atenuar um valor mais alto na bomba do posto. Isto faz com que a Petrobrás sofra ingerência, fazendo a estatal perder o status de blue chip na bolsa de valores, o que gera uma insegurança econômica no Brasil como um todo.

E para fechar, o Brasil é realmente um país insano. O governo Bolsonaro fez uma reforma da previdência, que significava tirar direito do pobre se aposentar, para acertar as contas públicas. E aí, no fim do próprio governo Bolsonaro, aumentou e ampliou o Auxílio Brasil, gerando uma espécie de aposentadoria para pessoas com capacidades e em idades produtivas. Aí, pergunta-se: Por que fizeram a reforma da previdência? Ou seja, o Auxílio Brasil [que virará Bolsa Família] simplesmente engoliu os possíveis ganhos que a reforma da previdência faria para a economia brasileira como um todo.

Reinaldo Azevedo quis boquejar contra Pastore e Demétrio Magnoli sobre questões econômicas. E a realidade, por si só, mostrou quem estava certo. 

 


 

Comentários