Por: Júlio César Anjos
Lula enviou carta para ser lida ao fórum da UNESCO hoje [22/02/23]. E uma das
demandas foi pedir regulamentação das big techs [redes sociais]. Esse é um tema
que abre várias discussões que vão desde a questão da soberania do país,
passando pela constituição, até chegar à questão de militância virtual política
propriamente dita. O fato é que, e não é surpresa para ninguém, a libertinagem
das big techs, no Brasil, do jeito que está, não pode continuar.
Que
se parta do princípio. A ditadura militar só conseguiu se estabelecer plenamente
em 1964 porque anos antes os EUA investiram pesado em financiamento estrangeiro
para os brasileiros incutirem na cabeça do povo que a ditadura seria a solução.
Como nos casos dos influenciadores do IPES/IBAD que receberam dólares para manipular
a massa a fazer até mesmo a marcha da família com Jesus. Os generais viram o
poder do dinheiro externo na política nacional e resolveram fazer o código
eleitoral de 1965, além de leis complementares como partidos políticos serem proibidos
de receberem financiamento do exterior [senão perderiam o registro], além de
início de proibição de caixa-2.
Ou
seja, a ditadura militar teve ajuda dos EUA para chegar ao poder por meio de
financiamento estrangeiro, viu que isso é poderoso e poderia se voltar contra as
próprias forças, e resolveram fazer legislações que regravam a eleição. Eleição
que o povo deixou de exercer na esfera federal porque a ditadura ficou 21 anos
no poder.
Lula faz o mesmo. Após ter se beneficiado pelo
caos eleitoral em decorrência da falta de leis para regulamentar as big techs,
o Partido dos Trabalhadores fizeram o que quiseram, enquanto o Fachin
presidente do TSE, porque a justiça deixou o pau torar quanto à questão de fake
news e liberdade para as redes sociais impulsionarem o que quiser dos dois lados:
tanto para Lula quanto para Bolsonaro. Agora, vendo que pode perder a eleição
em 2026 para algum candidato da direita - por causa da falta de regulamentação
das redes sociais -, Lula imita os militares ditadores ao querer acabar com
aquilo que o beneficiou no passado, mas é um perigo para o seu futuro que são as
libertinagens políticas.
Mas
o PT e o Lula são dialéticos: de um lado eles clamam para regulamentar as big
techs, pois estão vendo o perigo iminente que são as redes sociais como terra
sem lei; do outro, investem em influenciadores [como Choquei e etc.] para
lutarem nesse campo sem lei, caso a regulamentação não venha.
Esses
influenciadores, como não estão propriamente ligados a partidos, podem receber vultosos
investimentos estrangeiros sem que o Partido dos Trabalhadores sofra perda de
registro no TSE. Além disso, receber estes recursos também não é considerado
caixa-2. Note que é uma nova forma de IPÊS/IBAD no Brasil, com as forças
estrangeiras: globalistas, eurasianos e liga árabe operando no Brasil sem pudor
nenhum.
Isso
faz com que o Brasil perca o essencial que é a sua soberania. Porque com essas
forças agindo no país, o povo brasileiro não escolhe um político que represente
a si, mas que seja um lobista de grupos internacionais que operam no Brasil sem
regulamentação. E, com isso, não se escolhe nem mesmo o presidente do Brasil,
pois para um candidato ser completivo deve ser o escolhido por um país
imperialista que controla as suas big techs.
Note
que o Bolsonaro fez um toma lá da cá internacional para ter apoio das big techs
globais. Deu empresa de fertilizantes para a Rússia em troca do Telegram; deu
refinarias para os árabes em troca de do Twitter [quando os árabes controlavam
o Twitter; depois, se abraçou com o Elon Musk]; deu Alcântara [e miliares
alinhados] para os EUA em troca de facebook e Whatsapp; deu petróleo para os
chineses em troca de Tik Tok. Ou seja, o Bolsonaro, para ter apoio das big
techs sem regulamentação, deu vários ativos do Brasil para as forças
internacionais. Bolsonaro, apenas para ser competitivo, fez o entreguismo em trocar
ativos do Brasil por apoio das big techs internacionais.
As
big techs fizeram o “Efeito Midas” tanto em Lula quanto em Bolsonaro. Transformaram
essas bost*s populistas em ouro eleitoral. Lula vendeu a Petrobras na bolsa de
Nova York 1 semana antes da eleição de 2010 para eleger o poste Dilma.
Bolsonaro entregou fertilizantes para os russos, refinarias para os árabes,
poços de petróleo para os chinees e Alcântara para os EUA. E depois todos os
outros players que não querem nem Lula nem Bolsonaro têm que escutar o seguinte
bordão: “vocês não sabem lidar com as redes sociais”.
Além
de tudo isso, há também grupos internacionais que focam em manipular as eleições
pelas redes sociais, como o grupo “Team Jorge” que se suspeita ter manipulado
mais de 30 eleições mundo afora. Esses grupos são piratas que tentam furar a
bolha dos impulsionamentos das big techs. Ou seja, tentam furar a bolha do
poderio das redes sociais dentro das plataformas. É a terra sem lei dentro da
terra sem lei.
E,
por fim, a constituição brasileira não versa essa nova era informacional. É um documento
que versava as ocorrências num mundo em que o poder estava na máquina de
escrever. A carta magna não abarca os fenômenos na era do computador nem muito
menos nesta era das redes sociais. A constituição brasileira está defasada e a
regulamentação das big techs ao menos pode reduzir o problema de ausência de lei
na questão informacional.
Portanto,
as big techs devem ser regulamentadas por questões estratégicas. Para atualizar
ao menos as normas brasileiras quanto às ocorrências ocasionadas nas redes
sociais. Para evitar entreguismos em que as big techs apoiam certos candidatos
em troca de lobby e/ou ativos no Brasil. E por causa da soberania nacional,
pois o povo tem que escolher o seu presidente do Brasil; e não as forças
estrangeiras.
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