Dialética Esquerdista: Inflação e Greve

 

Por: Júlio César Anjos

 

Muita gente boa analisa a inflação pelo ponto de vista econômico. Mas é necessário também analisá-lo pelo ponto de vista político. E é isso que esse blog fará.

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Só foi o Bolsonaro perder a eleição, que merecia de fato deixar de ser presidente por tudo que fez de mal e errado em seu governo, que em dezembro de 2022, poucos dias antes do natal, os aeroviários entraram em greve, causando tumulto aos passageiros que queriam se locomover. Essa greve é só um prenúncio do que será o governo Lula, cujo não merecia vencer a eleição por ser o chefe de quadrilha de corrupção, pois, com o ex-presidiário voltando à cena do crime, voltará ainda mais forte a temporada de greve no país.

É certo que o estouro do teto de gastos causado pela PEC do rombo, no qual foi aprovada no congresso pela muleta que pobre tem que comer, vai causar inflação. Inflação faz o povo em geral perder o poder de compra. E ao invés do pobre reclamar do presidente que causa essa desgraça ao seu bolso, com a política bem delineada pelas esquerdas, o povo cairá no golpe de que o culpado é o patrão. Aquela tática manjada de jogar o empregado contra o patrão voltará também.

Note que inflação, ou hiperinflação, é algo até satisfatório para o sindicalista que vê o desespero do trabalhador perder o poder de compra toda vez que vai ao supermercado, fica com raiva do patrão porque acha que está sendo roubado pela mais valia feita pelo empregador, esquecendo-se que o verdadeiro culpado é o presidente ex-presidiário que voltou ao poder e causou o problema inflacionário em todo o país. Ou seja, problema da Inflação sendo direcionada em culpar o patrão voltará ao meio social do Brasil.

Com isso, volta a lógica da dialética sindicalista. De um lado os sindicalistas organizam greve, cujo fomentado pela indignação dos trabalhadores que estão a verem os seus salários se dissolverem ao passar do tempo; de outro, negociam o fim da paralisação com o patrão. Sindicalistas inúteis que não servem pra nada podem voltar a terem poder simplesmente porque foi assim que o Lula ascendeu ao poder. Na época da ditadura, cujo começou a gestar a hiperinflação, Lula de um lado agitava pela greve e de outro negociava o fim dela.

 Há também a possibilidade de voltar o imposto sindical por meio de lei, pois o centrão faz o que o presidente quiser caso o Lula os compre com emendas, cargos e outros incentivos mais. Dinheiro na mão, calcinha no chão.

Vale lembrar também do escândalo ocorrido em março de 2021, quando a China simplesmente investiu como “doação” aos sindicatos brasileiros um montante de 1,7 milhão de reais (sem falar o que é investido por debaixo dos panos), para o sindicalista brasileiro fazer greve no Brasil. Nos Estados Unidos há um livro que traz o seguinte título: Florestas lá (Brasil), fazendas aqui (EUA). Parafraseando essa lógica, os chineses querem fazer o tal do: greve lá (Brasil), produz aqui (China).Para questão de produtividade chinesa que visa poder global, vale a pena o Brasil ser um país paralisado/improdutivo e somente vendedor de commodities. Um concorrente a menos no cenário mundial.

É óbvio que todo trabalhador tem direito à greve, é algo até mesmo garantido em constituição. Mas há de tomar cuidado para grupos políticos não usarem essa demanda da classe trabalhadora como um instrumento de poder cujo sindicalista achaca o patrão para obter benesses por meio de chantagem.

Portanto, a inflação acentuada, ou hiperinflação, causada pela gestão petista pode ser algo bom para as esquerdas pelo ponto de vista sindicalista. Basta voltar todo sentimento de frustração do povo ao perder o poder de compra em direção do patrão, preservando o governo federal que está de forma proposital acabando com a economia nacional, ao começar a inspirar greves no país por meio de inflação. E como sabido, para a China que quer ser potência industrial mundial, um Brasil paralisado e vendedor de commodities é um país a menos a concorrer na produção global. Além, é claro, da dialética sindicalista. De um lado os sindicalistas incentivam a greve; do outro, negociam a paralisação. Ou seja, tempos nebulosos estão por vir.

 

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2021/03/chineses-doam-r-17-milhao-a-sindicatos-brasileiros-para-acoes-contra-a-covid-19.shtml