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Mártir

 

Por: Júlio César Anjos


Muito se tem discutido sobre as prisões que o Alexandre de Moraes está fazendo aos bolsonaristas bandidos como Alan dos Santos, Daniel Silveira, Carla Zambelli e Oswaldo Eustáquio. De fato, a justiça, por fazer injustiças das mais diversas, pode criar mártires, que são pessoas que sacrificam tudo para defender uma causa e/ou valor. Mas não é o caso dos bolsonaristas porque eles simplesmente são terroristas.

O mártir só consegue esta honra caso pacificamente seja injustamente perseguido pela política, como, por exemplo, no caso do Nelson Mandela na época do terrível apartheid, ou porque venceu a revolução, como no caso do Che Guevara. Caso contrário, ao simplesmente fazer terrorismo sem fazer revolução e vencê-la, esse sujeito somente será preso e abandonado ao tempo, como no caso da Ulrike Meinhof, revolucionária da Alemanha Ocidental que fez terrorismos e morreu enforcada na cadeia sem ninguém nem ligar. Ou, como exemplo, no Brasil, o terrorista Marighella que a esquerda tenta torná-lo mártir, mas o povo não compra a ideia porque era um facínora doentio.

Um terrorista revolucionário só se torna mártir caso vença a guerra civil. Porque após a vitória, é a ditadura quem conta a história. E os registros dão a justificativa para os crimes, pois derivam de uma causa maior. Por isso que Che Guevara, Mao, Stalin, entre outros, estes atores políticos só foram martirizados na história porque venceram a guerra e implantaram a ditadura.  

Lógico que a justiça pode ser considerada “o Sistema” que oprime os opositores do stabelichment. Porém, essa regra não se aplica em terrorismo praticado em regime democrático estabelecido.

De outra forma, se a campanha política necessita da opinião pública para validar as suas ações, praticar atos terroristas viram situações impopulares, como os vistos nos atos bolsonaristas após a eleição de 2022. Num regime democrático estabelecido, cujo povo não quer quebrar essa ordem institucional, fazer ato terrorista só irá contra os próprios grupos políticos imbuídos no processo. Os atores terroristas não viram Nelson Mandela, tornam-se Ulrike Meinhof.

Ou seja, os bolsonaristas só cometeram crimes e devem pagar por isto. Daniel Silveira ensejou torturar e matar ministros do STF com a raiva escancarada no qual dava para notar o ódio num vídeo na internet. Roberto Jefferson num momento de insanidade total, ao não querer se entregar, trocou tiro com a polícia. Carla Zambelli perseguiu um homem em via aberta, mostrando que queria matar outra pessoa, o que se configura no código penal como tentativa de homicídio. E o Oswaldo Eustáquio, conhecido como paraplégico de Taubaté (porque finge ser cadeirante, sendo que não é), simplesmente quer fazer um “Capitólio” no Brasil. Ou seja, os bolsonaristas agem como terroristas em potencial, o que fica explicito que são somente bandidos que estão envolvidos na política.

Aliás, o efeito poder ser contrário ao desejado. O povo vendo que o Alexandre de Moraes é firme contra o terrorismo, isso pode fazê-lo presidente da república na próxima eleição. Até porque brasileiro ama votar em um salvador da pátria e se o povo entender que o Xandão salvou o Brasil da ditadura bolsonarista, é fato que pode ocorrer do careca virar presidente do Brasil.

Na verdade, quem está próximo de se tornar mártir é o Alexandre de Moraes.

 

Mártir: pessoa que sofreu torturas, ou mesmo morte, por não renunciar a qualquer outra crença, religiosa ou política. [nem todo mártir é uma pessoa morta]




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