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Economia Criativa do Paulo Guedes: 1º Semestre Superávit; 2º Semestre Shutdown

 

Por: Júlio César Anjos

 

Você sabe o motivo do teto de gastos ter sido criado pelo Meirelles? Porque o Brasil não consegue mais fazer superávit primário - quando as receitas superam as despesas, exceto juros.

Ou seja, o estado arrecada muito, mas gasta também muito além da arrecadação. Deste modo, ou o estado é enxugado para a despesa caber no orçamento, ou cresce economicamente para que as despesas caibam no orçamento, ou aumenta a arrecadação por aumento de impostos para que as receitas superem as despesas.

Neste exato momento o Brasil não está fazendo reforma administrativa [corte de despesas (com privatizações e congelamento de salários de servidores)], nem aumentando impostos [aumento de arrecadação forçado], nem crescendo economicamente [arrecadação aumentando ao natural].

O que o Brasil está fazendo é simplesmente aumentar despesas sem gerar receita que cubra esse desembolso [quebra de regra de ouro tão somente]. A PEC do rombo acaba com a responsabilidade fiscal, dinamita a regra de ouro [pois não existe almoço grátis, provavelmente o Brasil terá que vender títulos do tesouro (gerar dívida) ou ligar a impressora (criar inflação) para pagar a farra] e lança dúvidas sobre o futuro econômico do país.

E tudo isso só está acontecendo por causa do Paulo Guedes.

Paulo Guedes faz o que é chamado por este que vos escreve de economia criativa.

 O economista do Pinochet conseguiu fazer um superávit primário em 2022, ou seja, fez com que as receitas superassem as despesas no primeiro semestre.

Mas aí veio o segundo semestre e o Bolsonaro precisava se reeleger.

Paulo Guedes abriu os cofres públicos e deixou o governo gastar sem parar, o que ficou conhecido como bolsa reeleição.

A gastança foi tão forte com aumento de programas sociais como auxílio Brasil, além de renúncias fiscais diversas, que a economia brasileira entrou em shutdown pós-eleição de 2022.

Shutdown é um termo que os EUA criaram para dizer que o estado terá que parar de fazer os seus serviços por falta de recursos.

Ou seja, para pagar auxilio Brasil, Bolsonaro remanejou dinheiro de pastas carimbadas como saúde, educação, e etc., o que é chamado de “corte no orçamento”, para botar dinheiro na mão do pobre que, teoricamente, votaria em Bolsonaro.

Bolsonaro fez a gastança e não teve voto dessa população vulnerável.

Mas deu a muleta que o Lula precisava para manter o populismo e a farra da gastança em seu governo.

Desde a implantação do tripé-macroeconômico [do qual um pilar é o superávit primário], é a primeira vez que um economista consegue fazer no primeiro semestre superávit primário [receitas superiores às despesas] e no segundo, shutdown [paralisação das operações do estado por falta de dinheiro].

E em 2023 é certo que não haverá superávit primário porque as despesas do Brasil, principalmente por causa do auxilio Brasil inflado [que virará bolsa família], não cabe no orçamento do ano vindouro.

 E agora o Brasil tem herança maldita de verdade, pois, o FHC entregou para o Lula o país com superávit primário e todos os gastos cabendo no orçamento. O que não acontece hoje com a transição entre Lula e Bolsonaro, porque justamente se discute e aprova o PEC do rombo.

E quem vai pagar a conta é você que vota em político populista [seja Lula ou Bolsonaro] com mais inflação ou aumento de imposto.

 

 

***

 

Além disso, a elite do país está caindo na estorinha que o Lula-PT terá 6 meses para criar uma âncora fiscal [ou seja, alguma coisa que garanta que a sangria aos cofres públicos pare de vez] ou...

Ou o quê? Lula-PT vai dar o calote, vai aumentar inflação e não vai acontecer nada.   

Porque a muleta pra fazer atrocidade econômica se dá pela apelação de que pobre precisa comer.

O comunismo, no hino da “internacional comunista” defende as pessoas que passam fome, basta ver esses versos:

“De pé, ó vítimas da fome

De pé, famélicos da terra”.

E como os comunistas acabaram com a fome após implantarem o comunismo? Matando milhões de pessoas que fizeram oposição ao regime [que com certeza passavam fome e reclamavam por isto].

Acabar com a fome é muleta perfeita para vagabundo populista passar a boiada política que deseja.

 




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