Por: Júlio César Anjos
O
PT é uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe ovos para a direita –
Brizola.
Haddad
irá cacarejar para a esquerda, enquanto que Pérsio Arida botará ovos para a
direita. Ou: melhor ainda, Haddad será somente um porta-voz, um invólucro, que
fingirá ser esquerdista para que a equipe técnica, que estará fazendo trabalhos
atrás das cortinas do poder, possa entregar os resultados positivos dentro de
uma economia liberal. Nessas horas, vale destacar, o socialista, malandro como
sempre é, sabe que a melhor forma para manter-se no poder é não comprometer a
economia. Ou seja, não colocar em curso um governo socialista na questão
econômica.
Ao
tocar a fazendo com a economia liberal, expurgando o modelo socialista, que politicamente
só funciona para enganar trouxa, Haddad espera ganhar reconhecimento após os
resultados econômicos surgirem. E, com isso, eleger-se presidente em 2026. Além
disso, Haddad ministro da fazenda mata dois coelhos com uma cajadada só. No
campo simbólico, finge ser um esquerdista que comanda a pasta econômica. Na
prática, ele deixa todas as ações nas mãos do corpo técnico que terá totalmente
o pensamento mais voltado à direita [livre mercado, capitalismo, menos
intervenção, mais fiscalismo e etc.]. Ou seja, Haddad vai somente aparecer para
dizer amenidades para a esquerda, enquanto que o corpo técnico, esse sim que
gera ações de verdade, porá ovos para a elite [direita].
Deste
modo, é importante ter um técnico para comandar a pasta da economia? Não
necessariamente. Basta ver que o Itamar Franco, ao ficar desesperado ao virar
presidente após o impeachment do Collor, indicou o sociólogo Fernando Henrique
Cardoso [FHC] para ser ministro da fazenda do governo tampão. FHC fez do limão
uma limonada, e trouxe toda a equipe de economistas que já estavam formulando
uma estratégia para acabar com a inflação. Foi assim que surgiu o URV, do qual
fez o FHC virar o pai do plano real.
Note
que antes do FHC, a ministra da fazenda do Collor foi a economista técnica Zélia
Cardoso de Mello, que simplesmente roubou a poupança dos brasileiros. E hoje,
no governo Bolsonaro, embora o economista seja o Paulo Guedes, a sua equipe técnica era composta por gente como o Adolfo Sachsida, que dava como solução para os
problemas do Brasil a dominância fiscal [volta da inflação]. [é por isso que a
equipe de Guedes desvalorizou o real de propósito e Bolsonaro perdeu a eleição
porque o povo pobre perdeu o poder de compra]
Ou
seja, ser for ver pelos históricos, nem sempre ter um técnico para tocar
ministério significa que só essa condição será algo bom para o país.
Por
isso que é fraco o argumento de não querer o Haddad no ministério da economia por
ele não ser um economista técnico, sendo que ele até confessou que colou para
passar em economia.
O
problema do Haddad é que como ministro da educação ele foi ruim, como prefeito
de são Paulo ele foi mal, como estudante de economia ele foi limitado e como
ser humano ela é intragável. É por isso que é politicamente altamente rejeitado.
E se não fosse o poste preferido do lula, já estaria aposentado politicamente faz
tempo. Ao menos fosse uma pessoa que todo mundo gostasse [como na época todo
mundo gostava do FHC], faria sentido colocá-lo no ministério da fazenda. Mas nem
isso. Ele é simplesmente desprezível.
Portanto,
o PT é uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe ovos para a direita. Os
petistas querem introduzir o Haddad no Ministério da fazenda para cacarejar
para a esquerda, enquanto que o corpo técnico irá tocar uma economia liberal e
colocará ovos para a direita. E não há problema de não ter um economista
respeitado para o cargo, pois, a Zélia Cardoso de Mello, ministra do Collor,
roubou a poupança, enquanto que o sociólogo FHC, ministro do Itamar, foi o pai
do plano real. E o problema do Haddad recai nos seus resultados em vida, como
ser péssimo ministro da educação, um prefeito de São Paulo horrível, além de
ter confessado que colou para passar em economia. E só não está morto politicamente
porque o Lula tem em Haddad o poste preferido para chamar de seu.
Como dizia o saudoso Tancredo Neves: “Malandragem, quando muita, engole o dono”.
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