Por: Júlio César Anjos
Veja essa ilustração feita pelo blog Poder 360:
Pra quem olha essa imagem só pela perspectiva dos números, chegará à conclusão que os maiores derrotados nesta eleição de 2022 são: PP, PSDB e PSB, pois perderam mais de 10 cadeiras no congresso nacional.
Porém,
é preciso colocar na conta a lógica de que houve uma polarização de ladrões
entre Lula e Bolsonaro, cujos modificaram o resultado eleitoral como um todo.
Teoricamente, ser apoiado por um populista caricato dá força política. E foi o
que parcialmente aconteceu nesta eleição de 2022.
O
PL, cujo fez 99 cadeiras no congresso, teve esse desempenho porque conseguiu
obter apoio do Bolsonaro e também porque se lambuzou de orçamento secreto. O
Partido do Valdemar da Costa Neto não é uma legenda muito afeita à honestidade
e a sua força está em ganhar eleição fazendo corrupção. Portanto, foram
bem-sucedidos no pleito.
Já
o PT teve um desempenho aquém do esperado, pois, a legenda poderia fazer 100
deputados federais e terminou a eleição com menos de 70 cadeiras. Isso mostra
que muita gente que vota no Lula não vota no PT.
O
União Brasil também teve um desempenho aquém do esperado. Como tinha a vantagem
de ter o maior fundo eleitoral de todos os partidos, não fazer a maior bancada
tendo essa vantagem é considerado fracasso. Simples questão de lógica.
O
PP teve um desempenho pífio. E o motivo é que a legenda tinha apoio de
Bolsonaro, além de ter o poder do controle do orçamento secreto por meio do seu
candidato Arthur Lira. O Sistema não condicionou esse poder para esse partido
como deveria ocorrer. Dos partidos do centrão, é o mais derrotado.
O
PSD também teve um desempenho ruim. Preservado por todos os lados e estando com
um pé em cada canoa, ora apoia Lula e ora apoia Bolsonaro a depender da
localização geográfica, a sua performance na eleição foi baixa. A partir de
2023 o desgaste vem e a legenda não poderá estar em um pé em cada canoa mais. [Tende
a sumir na próxima eleição]
O
MDB manteve-se estável ao ter a força de ser a terceira via nesta eleição. E
também como o PSD, colocou um pé em cada canoa, apoiando Lula onde o petista é
forte e apoiando Bolsonaro onde o Jair tem força. Assim como o PSD, o MDB será
cobrado por escolher um lado [e parece que já escolheram apoiar o PT]. [Tende a
sumir na próxima eleição]
Republicanos
teve um desempenho estável, mesmo tendo como poder a bancada evangélica, o que
pode ser considerado uma derrota pelo ponto de vista de capacidade em crescer
eleitoralmente por causa do Bolsonaro. Essa estabilidade tendo os evangélicos
os apoiando foi decepcionante. A própria legenda esperava um crescimento maior.
O
PDT teve um desempenho ruim se analisar que a esquerda teoricamente teria tudo
para crescer nesta eleição de 2022. Como a esquerda como um todo não cresceu
nesta eleição, o PDT teve um desempenho estável somente. E isso é ruim porque a
legenda está desgastada perante a esquerda em geral.
O
PSB foi o partido mais derrotado nesta eleição. Porque é a legenda que é vice
do Lula. E fez só 14 deputados federais para 2023. Disparado o partido mais
derrotado nesta eleição. [tende a sumir na próxima eleição]
O
PSDB teve o desempenho esperado nesta eleição porque simplesmente era a legenda
odiada tanto por Lula quanto Bolsonaro, a polarização de ladrões. E ser odiado
pela polarização de ladrões é sinal que se recuperará após 2023. [Tende a crescer
na próxima eleição]
O Podemos por não obter apoio nem de Lula nem
de Bolsonaro teve um desempenho bom por essa estabilidade. Então dá para dizer
que foi o Partido independente que mais cresceu nesta eleição.
O
PSOL, dos partidos de esquerda, foi o que teve o melhor desempenho. Mas isso
acabará a partir de 2023, quando o povo descobrir o que é realmente PSOL.
[tende a sumir na próxima eleição]
Portanto,
esses são os partidos que valem a pena analisar. E o resto é resto, não adianta
fazer observação nenhuma a respeito porque simplesmente não existem porque não
passaram na cláusula de barreira.
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