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Polarização de Ladrões: A Polarização é Distração e Referenda Ditaduras

Por: Júlio César Anjos

 

Bolsonaro foi à Inglaterra fazer do funeral da rainha evento político, cujo usou do caixão para fazer palanque eleitoral. Lula em Curitiba usou um cercadinho no seu evento para mostrar que o petista é realmente um bicho escroto, um animal selvagem que precisa ser confinado para não fazer o mal. A polarização de ladrões, entre Lula e Bolsonaro, é isso que todo o mundo está vendo, o uso das massas para proveito do próprio populista que ganha voto por quebrar todos os decoros e as balizas morais da sociedade como um todo. E infelizmente a polarização de ladrões serve como distração na mídia na questão nacional e para referendar ditaduras no restante do mundo.

Na questão interna nacional, as mídias estão ocupadas somente em falar da polarização de ladrões. Não há mais nada que aconteça no Brasil que não tenha vínculo ou não faça sentido associar eventos a Lula e Bolsonaro. Um artista peidou? Culpa do Bolsonaro. Choveu no nordeste? Bolsonaro faz até chover. Tem estiagem no sul? Culpa do Lula. Um artista fez L com a mão? O pai dos pobres é pop star. E assim a idiocracia mantem-se em vigor no Brasil, com debates inúteis e informações surreais.  

Mas essa distração tem um propósito. Com essa polarização os pobres, com todos os seus infortúnios, esperam a próxima eleição para que sejam resolvidos os seus problemas. Os seus líderes irão ajuda-los, garantem eles. E ficam condicionados a só consumir o que a mídia dá: odiar/amar Lula e odiar/amar Bolsonaro. Nessa distração, a revolução não chega porque a revolta popular fica dispersa em evento político-eleitoreiro, com os populistas acalmando a massa por enganar o povo porque no final eles são o poder. Lula e Bolsonaro são as hastes das tesouras da elite que corta qualquer mudança no tecido social.

Na questão externa internacional, a polarização de ladrões referenda ditaduras. A oligarquia das ditaduras mundo afora usa do Brasil como exemplo para não implantar a democracia. Dizem eles que se implantar a democracia, pode haver polarização de ladrões, como acontece no Brasil, cujo embate fica entre um ladrão do petrolão, como o Lula, e um ladrão de vida que é o genocida Bolsonaro. Desta forma, a polarização de ladrões valida Putin na Rússia e Xi Jinping na China, dando motivo para que a democracia nunca seja instalada em outros países do globo.

As ditaduras entendem, também, que as instituições não podem ter poder porque elas deterioram todo o tecido social. Porque ao invés das instituições acabarem com a polarização de ladrões, destruindo os populistas com a mão pesada do Estado [república], essas mesmas instituições servem para preservar esses ladrões que fazem a polarização diante o argumento de que possuem defesa popular [possuem as massas]. Em miúdos, as instituições só trabalham se forem populares. Deste modo, então, implantar a democracia faria com que a bagunça estivesse instalada porque não haveria contenção popular, caso um populista bandido chegasse ao poder. [Errado não tá]

Portanto, no cenário interno nacional a polarização de ladrões como distração mantém o status quo padrão. Rico cada vez mais rico e o pobre sobrevive como puder. E no cenário internacional, a polarização de ladrões referenda ditaduras. Porque as oligarquias ditatoriais usam do Brasil como exemplo em que ponto chega a deterioração de valores morais de uma sociedade ao adotar a democracia.

 


 

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