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Brasil Paralelo e Lula: Empresário não é Poder

 

Por: Júlio César Anjos

 

O dono do Brasil Paralelo, cuja empresa que até então produz documentários para o público conservador, reuniu-se com o comunista Lula em um evento político. A contradição em si já demonstra a lógica de que empresário não possuí a mesma força que os 5 pilares do poder: 1) Forças Armadas, 2) Religião; 3) Mídia; 4) Justiça; 5) Grupos de Pressão. E a lógica é a questão do vetor: os empresários foram até o Lula [e não ao contrário] porque o petista pode ser o futuro presidente do Brasil. Isso tudo para que as relações econômicas e políticas entre “antagônicos” não sejam hostis num futuro próximo. Em suma: pacificação. O que é conhecido e chamado de Teatro das tesouras.

O empresário não é poder por um simples motivo: o dinheiro corrompe. Um padre ligado a um grupo econômico, e que ganhe dinheiro para defender interesses, deixa de ter o poder de padre ao corromper-se.  A mídia ao ganhar dinheiro para pautar somente o que um grupo econômico deseja deixa de ter o poder de jornalismo para corromper-se. A justiça, ligada a grupos políticos que faça chicana judiciária por interesses econômicos diversos, deixa de ter o poder de justiça para corromper-se. E por aí vai.

E neste momento que os detentores do poder econômico não possuem outra força senão corromper, pelo dinheiro, o poder real - que só existe nos pilares institucionais.

Deste modo, é fácil entender que o grande vilão da direita, que quer implantar o “globalismo” é uma única pessoa carnal, megaempresária e detentora do grande capital, que se chama George Soros. Porque realmente o empresário não possui poder natural institucional; mas um poder econômico no qual se compra as instituições para profaná-las.

Por este motivo dinheiro não significa necessariamente poder. O Mahatma Gandhi tinha muito mais poder do que qualquer endinheirado na época do império inglês ao dominar a colônia indiana. Lula não era o mais endinheirado do encontro, embora seja rico por fazer corrupção, mas era o mais poderoso no evento porque era quem tinha voto. E voto é vontade popular. E vontade popular é poder.

Diante disso, vale destacar também que o empresário, ao entender que não tem poder [porque dinheiro não significa ser poderoso] não irá querer ser acossado pelo “sistema” em vigor, podendo até mesmo perder lucro ou receita dos negócios. Ou seja, não colocará o seu patrimônio na reta por causa de defesa de causa ou de ideologia.

O Brasil Paralelo não deveria estar na mão de empresário, mas aos domínios de um grupo de pressão. Se o Brasil Paralelo estivesse vinculado ao grupo de Pressão MBL, por exemplo, essa contradição nunca iria ocorrer. Porque a frase erradamente atribuída ao Lenin de que: “Os capitalistas nos venderão a corda com a qual os enforcaremos” é verdadeira. Essa própria frase remete a condição que ter poder econômico pelo capital não significa ter poder. O Brasil Paralelo ao estar nas mãos do empresário acabou com o conglomerado por causa da contradição.

Aliás, a mesma coisa acontece com o mercado financeiro. Existem bolsas de valores na China comunista, na ditadura nacionalista da Rússia de Putin e até nas ligas árabes. É preciso entender que não há uma defesa de democracia, ou de qualquer outro regime político pacifico, que venha do grande capital. O grande capital se adapta ao regime político [seja ele ditatorial ou não] e não ao contrário. E é por isso que o capital não tem nem moralidade nem poder.   

Portanto, só está surpreso com o encontro entre Lula e o empresário do grupo Brasil Paralelo quem está imerso nessa bolha de flaxflu na polarização de ladrões entre Lula e Bolsonaro, no qual é chamado de esquerda e direita. Quem faz sinapse e não defende político bandido de estimação sabe que tudo isso não passa de um teatro da tesoura do sistema, cujo possui as hastes esquerda e direita para cortar qualquer mudança que seja. porque a roda do sistema tem que continuar a girar.

 

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Dia 02 de Outubro de 2022 tem eleição. Vote no PSDB.

PSDB – 45 – A Força de um Novo Brasil.

 


 

 

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