Por: Júlio César Anjos
A
eleição de 2022, disputada pela polarização de ladrões, esvazia o debate de
forma brutal. Sendo assim, não importa o quanto os ativistas políticos
trabalhem contra esse polo do crime que tudo isso cai por terra por causa da
cegueira do povo sentimentalizado que fica feliz em defender político ladrão.
Desta forma, só resta fazer alguns excertos e divagações gerais. Como a questão
da existência do agente provocador e das pessoas canceladas politicamente.
Porque o agente provocador funciona e o cancelamento é real.
Na
política, muitos grupos utilizam a tática do agente provocador para abrir
espaço político. Tudo está inerte até que alguém gera uma situação
constrangedora, fazendo a mídia ter que cobrir aquele evento não convencional.
O agente provocador é sempre um denunciador, que, ao utilizar informações
privilegiadas, faz denúncias e desmascara os oponentes, ou grupos, para que o
povo fique sabendo e se escandalize com tais divulgações.
Um
exemplo claro de agente provador é o MBL. Utilizando um smartphone, este grupo
provoca os adversários diante as contradições argumentativas ou imoralidades
quanto ao decoro do seu algoz [mau uso de dinheiro público, violações políticas
e corrupções]. Ou seja, expõe o seu opositor.
O
agente provocador é um recurso político que dá resultado a depender da situação
político-eleitoral do momento. O agente provocador só funciona quando o grupo
deste agente está na alta, e o seu adversário está na baixa, ao fortalecer-se
diante a exposição do oponente que é considerado imoral. Ou seja, o agente provocador quer obliterar o
seu adversário pelo seu fim, o que é chamado de cancelamento nos dias atuais.
O
cancelamento não se dá porque um político fez uma contradição, um malfeito, uma
violação. Se assim fosse, Lula e Bolsonaro já estariam aposentados faz tempo
por causa dos seus crimes e das suas contradições. O cancelamento acontece
quando a pessoa que está a ser fustigada está naquele momento politicamente
fraca. No passado, a Marcia Tiburi foi cancelada por defender ladrão de celular
e dizer que o ânus é lindo. Hoje, a filosofa está de volta ao topo, mesmo
falando um monte de bobagem de novo. Hoje, o MBL está cancelado por causa dos áudios
do Arthur do Val sobre as ucranianas. Mas amanhã eles voltarão com mais força
ainda. E isso é inevitável porque eles estão vivos politicamente mesmo na baixa.
Não abdicaram de fazer política mesmo no pior momento do grupo. E essa
recompensa eles hão de ter porque outros grupos não tomaram o espaço que é
deles, mas que, por ora, encontra-se vago. E como todo mundo sabe, não há vácuo
de poder.
A
política é cíclica e por isso tem os seus altos e baixos. E por ser uma
montanha russa de sobe e desce sem parar, oportunistas não entendem o ciclo e,
diante uma fusão entre desespero e oportunismo, correm no primeiro momento que
acontece um cancelamento ao grupo no qual está inserido. Esses players
políticos são os piores porque são aproveitadores [parasitas que não servem pra
nada].
Como
o MBL, por exemplo, está na baixa, a provocação que eles fazem não surtem
efeito, tal como as agressões que eles recebem dos adversários não sensibilizam
a sociedade. Em miúdos: eles estão a apanhar na cara e ninguém liga. MBL está TEMPORARIAMENTE
cancelado. Mas basta eles terem paciência para voltarem a ter o poder outra
vez. O cancelamento na política é volúvel e perece ao tempo.
Portanto, o agente provocador só funciona quando o grupo político que faz a provação está na alta. E uma pessoa não é cancelada porque fez uma contradição ou algum desagravo, mas porque está, naquele momento, fraca politicamente.
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