Por: Júlio César Anjos
Deu
no intercePT:
Abram-se Aspas.
“Rejeição
da elite a Lula tem origem na racialização do Nordeste”
Fecham-se Aspas.
A
primeira coisa que se deve entender é que o grupo “The Intercept” é um veículo panfletário internacional. E sem
pedir licença, arromba a porta ao querer se intrometer nos meandros sociais do
Brasil. Com a petulância de um oráculo que sabe tudo, dedica-se a impor a
agenda política de maneira escancarada. Sem considerar as diferenças constituídas
no Brasil plural, rotulam os adversários de racistas, xenófobos e até mesmo
fascistas. Querem criar um Brasil comunal, de pensamento único, cujo filtro do
que pode ou não ser dito caberia somente ao The Intercept, que presta contas
aos patrões internacionais.
Vale
destacar que não importa se o Lula é nordestino, pobre, migrante, mestiço,
filho da Dona Lindu, eleito presidente com milhões de votos, e homem do povo
que toma cachacinha. O que importa é que o Lula virou presidente, deixou o
maior escândalo de corrupção de o país ser instalado debaixo do seu nariz,
aumentou o seu patrimônio – basta ver que o próprio metalúrgico declarou ter 7
milhões em bens -, e foi condenado por corrupção. Ou seja, é ladrão. E ponto
final.
E
com a baixeza de um grupo panfletário internacional, The Intercept tenta, mais
uma vez, jogar brasileiro contra brasileiro, ao dizer que o problema do Lula é
ser do nordeste e com isso a elite não quer que ele volte á presidência. É de
uma canalhice sem precedentes defender um ladrão com uma suposta xenofobia da
elite brasileira, que deve sim ser criticada justamente por manter o ladrão
concorrendo a presidente. A elite já aceitou o ladrão candidato e isso é o
maior erro dessa classe social.
Além
disso, há elite nordestina que vota em Lula e em Bolsonaro. Se a elite não
quisesse Lula por ser nordestino, como se resolveria a questão de ter elite
petista, como no caso do Blairo Maggi apoia-lo nesta eleição? E se somente a
elite nordestina fosse petista, entendendo que o Brasil é xenófobo com ele,
como explicar o dono do Coco Bambu, com filiais em todo o Brasil, ser
bolsonarista? A conta não fecha.
Há
preconceito contra nordestino? Há. Mas não é jogando brasileiro contra
brasileiro que essas coisas serão resolvidas.
É
preciso ter entendimento de que pode ocorrer das pessoas não gostarem do Lula
por vários fatores, simplesmente porque possuem liberdade de escolhas, o que
faz esse líder corrupto caricato petista ser rejeitado de forma total.
A
mulher pobre do centro-oeste, por exemplo, deve ter seus motivos para não
gostar do Lula, sendo que em nada ela é elitista e nada tenha a ver com ser
nordestino. Às vezes, questões como ser ladrão, ser contraditório, querer
dividir o povo brasileiro entre nós e eles sejam o motivo para que essa dona de
casa de outra região tenha ojeriza ao líder petista e decida não votá-lo de
jeito nenhum. E não por causa da elite tê-la feito a chegar à conclusão que o
Lula é nordestino e ser nordestino é ruim.
É
preciso também tomar cuidado com essa muleta do nordestino perseguido. Porque esta
carta de vantagem política pode ser usada, num futuro governo Lula, para tudo. Deu
prejuízo uma estatal? Lula é nordestino e por isso é perseguido. O país fechou
com dívida crescente? O Lula é nordestino e por isso é perseguido. O PT fez
esquema de corrupção para perpetuação de poder? O Lula é nordestino e por isso
é perseguido. Tem que tomar cuidado porque com a desculpa de ser nordestino, o
Lula poderá passar a boiada como quiser. E aqui nesse blog as coisas não são
assim. Ou seja, querem com essa desculpa esfarrapada silenciar os críticos que
estarão com razão em criticar.
Além
do mais, com essa forma de fazer política, possivelmente pode aumentar o
preconceito ao nordestino justamente porque grupos como The Intercept instigam
a isso.
E
o feitiço poderia virar contra o feiticeiro.
The
IntercePT Brasil: Menos.
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