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Sobre a Carta da USP em defesa da Democracia: Considerações

Por: Júlio César Anjos

 

Deu no noticiário:

Abram-se Aspas.

A carta em defesa da democracia lançada na última terça-feira (26) por juristas e pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) ultrapassou hoje a marca de 400 mil assinaturas. Segundo o site que está fazendo a contagem das adesões ao documento, o total de apoios por volta das 13h30 era de 432 mil....

Fecham-se Aspas.

Ao analisar o que está movimentando o noticiário brasileiro, pensem um pouquinho junto com este que vos escreve, a democracia no Brasil é defendida por tais agentes que assinam esta carta ou pelo povo em geral que não quer esse regime em vigor?

Lógico que é a segunda opção.

E o motivo é simples: o povo brasileiro AMA o ditador. Porém, o povo brasileiro ODEIA a ditadura.

Essa é a lição: O povo brasileiro ama o ditador, mas odeia a ditadura.

 O povo brasileiro quer o político que bata a mão na mesa, fale aos berros e salivando demagogias e populismos.

Porém, basta esse mesmo postulante a ditador fazer alguma mudança mais amarga para que a ditadura perca a popularidade num piscar de olhos.

Um exemplo básico de postulante é o próprio Collor.

Collor era um Bolsonaro jovem. Disse que queria fazer e mudar tudo.

E o povo aplaudia o presidente que chegava quase a salivar de ódio da mídia.

Porém, bastou o Collor dar uma de ditador e roubar a poupança do povo para que caísse pelo impeachment.

O postulante a ditador tem a facilidade de salivar de ódio contra mídia, contra opositores e etc. Porém, ele tem extrema dificuldade em aplicar atos impopulares para tentar fazer o Brasil prosperar.

Então, essa carta de defesa de democracia é inócua porque não defende democracia nenhuma. Quem defende a democracia é o povo que ama ditador, mas odeia a ditadura.

Outro fator problemático sobre essa carta da USP é a questão simbólica.

Para o povo, essa carta assinada por banqueiro, empresário da indústria e outras figuras da política brasileira só reforçam a tese, errada, de que Bolsonaro é antissistema.

Porque se o Sistema está contra Bolsonaro, então Bolsonaro é uma boa opção.

Além de tudo isso, some-se a questão de que o mesmo discurso que eleva o Bolsonaro, defesa das liberdades, é a mesma bandeira que impede o Bolsonaro em dar golpe com apoio popular.

E de novo entra na questão do povo amar o ditador, mas odiar a ditadura.

É por isso que o Lula, malandro que é, usava discurso de não pagar a divida externa e tal, ganhou corpo diante a população, e no fim criou a carta ao povo brasileiro, dizendo que o petista postulante a ditador seria um presidente conciliador.

E se FEBRABAN e FIESP querem defender a sociedade contra populistas que fazem discursos de tirania, a melhor coisa a fazer é investir no centrismo político e não ficar assinando cartinha.

Mas tirar dinheiro do bolso para defender valores é demais para eles.

Porque FEBRABAN e FIESP também lucrariam numa ditadura.

 

Fonte: 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/07/28/carta-pela-democracia-atualizacao-assinaturas.htm

 

 


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