Por: Júlio César Anjos
A sociedade sempre versa entre: “o que fomos, o que somos e o que iremos ser”. O político trabalha com passado, o presente e o futuro. Na questão ideológico-partidária, há o reacionarismo, o progressismo e o conservador/reformador. E os eleitores na eleição são os esquecidos, os iludidos ou os vegetativos.
No quesito político, um político na eleição precisa mostrar a sua trajetória, fases da vida em que exibam adolescência, juventude e fase adulta, sempre mostrando evolução entre estudos e trabalho. No presente, exibe o que está fazendo, o que defende de fato em debates, ao mostra a qualidade política [quando tem debate]. E no futuro, indica mudanças que irão fazer de fato, os rumos que aquele lugar irá tomar após eleger esse político na eleição.
No quesito ideológico-partidária, os reacionários buscarão um passado glorioso que nunca existiu. E por isso é preciso fazer a restauração. O conservador/reformador irá ser cético a mudanças bruscas, mas sempre permitindo algumas modificações porque a própria evolução obriga uma atualização. E o revolucionário buscará um paraíso que está a porvir, um paraíso na terra, a utopia e o eldorado perfeito da evolução.
E na questão eleitoral, os eleitores sempre serão esquecidos, iludidos e vegetais [em estado vegetativo no sentido figurado]. Os esquecidos, de propósito ou não, não vão se lembrar dos malfeitos ocorridos dos candidatos ou vão relevar tais problemas porque já passou. Os vegetais nem ligam para a política e tendem a votar até mesmo nulo ou nem ir votar no dia da eleição. E os iludidos acham que a urna é um equipamento de premiação, cujo basta digitar o número desejado, torcer para que esse grupo vença eleição, para magicamente tudo melhorar.
Note que o ponto de vista e a visão de mundo dos agentes são diferentes dentro de cada recorte. O político faz a campanha focada na própria vida, mostrando o seu passado, o seu presente e o seu futuro. O partido/ideologia tratará sobre eventos sociais da sociedade, idealizando passado, o presente e o futuro. E o eleitor, cujo é quem deve ser convencido pelos políticos e grupos partidários, não é uma máquina que se lembra de tudo e ainda defende político de estimação, por isso é esquecido. Tem aquele eleitor que nem quer saber de eleição, conhecido como vegetativo. E há o iludido, que acha que tudo melhorará num passe de mágica, pois, basta acertar na hora de votar.
Some-se
tudo isso e observe a eleição de 2022. O Lula, que deveria se progressista,
virou um reacionário puro, pois, ele quer resgatar o passado maravilho que foi
o seu governo [o que é muito falso]. Já o Bolsonaro, que deveria ser
reacionário, está dizendo que o futuro será nebuloso com a volta do Lula e o
país só melhorará se continuar com ele por mais 4 anos [o que é muito falso
também]. E como há a polarização, não há ninguém colocando a bola no chão para
mostrar a realidade como ela é, nem passado glorioso nem futuro assustador.
Tem
também a tríade esquerda, direita e centro. Que devem se adaptar a todo este
apocalipse político.
Os
intelectuais tentam catalogar e categorizar os eventos, mas o fato é que a
política é contraditória e por isso é caótica.
Resumo:
Político:
Trajetória de vida. A atuação no presente. E o quer mudar no futuro.
Partido/Ideologia:
Reacionário que busca um passado glorioso. Conservador/reformador que não quer
mudanças bruscas, mas entende que há de fazer algumas mudanças até mesmo para
se atualizar. Progressistas que buscam um futuro que é o paraíso na terra.
Eleitores: Esquecido, seja porque não lembra mesmo ou porque quer defender político de estimação que já tem passado nebuloso. Vegetativos que nem liga para a política. E o iludido que acha que o simples ato de votar será a salvação.
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