Pesquisas Mentem.
Urnas Fraudam.
O Sistema Vence!
O
jogo democrático no Brasil, infelizmente, é farsesco. É um simulacro de
democracia, cujo povo é convidado somente a participar desta grande tramoia
impetrada pelos poderosos. O brasileiro está presente na encenação para que os
barões, após destruírem a nação, possam colocar a culpa nas pessoas por supostamente
não saberem votar. Mas essas autoridades, por pura conveniência, esquecem que
quem arquiteta a polarização política é o poder. Porque as elites criam o
cenário perfeito para que aquilo que eles queiram concretize-se. E, no fim,
todos já sabem: As pesquisas mentem; As urnas fraudam; e o Sistema vence!
A
utilidade da pesquisa, a gênese do Sistema, é criar cenário. O melhor cenário
que os poderosos gostam de adotar é o da polarização porque fica fácil
controlar o resultado. Para criar cenário, é preciso fazer sugestão. E a
técnica de sugestionamento consiste em causar repetição em um evento até que
esse evento seja de fato concretizado por causa dessa repetição. É uma técnica
de manipulação muito usada na propaganda para vendas.
Como
exemplo, cita-se a vontade de comer coxinha. Se o indivíduo acorda e ao ligar a
TV escuta o comentarista falando sobre coxinha; ao ir ao trabalho, pega o
ônibus e duas pessoas conversam sobre coxinha; e durante o expediente, vê um
folheto com coxinha à sua mesa; a probabilidade dessa pessoa comprar uma coxinha
à noite ao voltar do trabalho é gigantesca. Essa pessoa foi sugestionada a
comer coxinha pelo seu inconsciente, por causa da repetição.
Deste
modo, então, a população sendo bombardeada toda hora por pesquisa significa que
o povo brasileiro inteiro está sendo sugestionado para realizar o resultado que
a pesquisa quer: a polarização.
Após
as pessoas aceitarem a informação das pesquisas como algo normal, que a
polarização é algo sacramentado, desanimando os outros players diante
resultados decepcionantes, já dá para se fazer a condição do segundo ato: povo
nas ruas.
O
povo nas ruas é o resultado positivo da manipulação do sugestionamento de massa
que a pesquisa entrega. Como não há
alternativa além da polarização que já está estabelecida [na mídia, nas
pesquisas e no espirito do tempo da sociedade], a partir desse momento as
pessoas fazem o segundo ato: ir às ruas apoiar os entes polarizadores beneficiados
pela manipulação das pesquisas.
E
com a massificação concluída, com a polarização estabelecida e o povo
defendendo o seu político de estimação com ferocidade nas ruas, tal medida gera
o terceiro ato: a urna de votação. A urna de votação tem o objetivo de trazer o
resultado de votação muito próximo aos números das pesquisas, validando os
institutos que manipulam toda a população, além de validar também a lógica de
que os polarizadores colocaram multidões nas ruas. Ou seja, a urna eleitoral
gera a verificação de dois fatores: pesquisas e povo na rua como validação.
E
assim prospera o simulacro de democracia. O povo é convidado para participar da
farsa eleitoral, primeiro por sugestionamento [pesquisa], segundo por manipulação
[povo nas ruas] e terceiro, por validação [urna eleitoral]. E após o pleito é
descartado como lixo.
Agora,
veja só que curioso. Para quebrar este paradigma, é crucial o povo não ir às
ruas validar os resultados das pesquisas nem a urna eleitoral. Um gesto simples
de manter as ruas esvaziadas também esvaziam os argumentos dos entes
polarizadores.
Com
as ruas esvaziadas, é difícil sustentar a polarização, manter a desculpa que os
dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas possuam realmente ais números
coletados nas pesquisas e isso desnuda o Sistema querer controlar o resultado
do experimento pela polarização. Porque, como é sabido de antemão,
manifestações fracas só demonstram que as pesquisas eleitorais estão erradas.
Diante
as dúvidas e os receios por parte da população, a justificativa da polarização fica
enfraquecida, o povo fica em dúvida sobre o que está acontecendo de fato e o Sistema
fica em xeque. É nessa hora que o povo se desperta e descobre que: as pesquisas
mentem, as urnas fraudam e o Sistema lucra com a manipulação.
E
a partir desse momento, o sistema fica com dificuldade em colocar a culpa no
povo por não saber votar, pois, o povo não está nem indo às ruas reivindicar
nada porque já está escaldada diante a farsa desta manipulação. E nesse
desestímulo causado pelo desanimo de sentir-se enganado, o povo só voltaria às
ruas, como fez em 2013, como massa amorfa para mostrar que o Sistema não engana
a mais ninguém.
Portanto,
o Sistema precisa da sugestão psicológica das pesquisas, divulgando as enquetes
a todo instante sem parar, para gerar o cenário da polarização. Após gerar a
polarização, há um esforço para que as pessoas saiam às ruas para apoiar os
candidatos polarizadores. E após a massa ensandecida defender político de
estimação, a urna eleitoral faz a sua mágica e valida tanto às pesquisas
eleitorais, trazendo na apuração os mesmos resultados nas consultas de opinião,
quanto às ruas que garantiram a confiabilidade do sistema eleitoral como um
todo. Para todo esse mecanismo funcionar, é preciso que o povo vá às ruas. Caso
fique em casa, demonstrando desilusão e desconfiança na votação, o povo
desperta-se e descobre que faz parte de um simulacro de democracia, em que as
pesquisas mentem, as urnas fraudam e, no final, somente o Sistema Lucra.
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