Por: Júlio César Anjos
Há
duas semanas [31/03/22], Guarapuava teve uma batida da Polícia Federal, com o
nome de Operação Compliance, no qual desbaratou crime de lavagem de dinheiro.
Uma semana atrás [11/04/22], as polícias civil e militar entraram em confronto
por causa de tratamento diferenciado vindo pelo governador Ratinho Junior. E
agora [18/04/22], Guarapuava vive uma zona de guerra, um caos ronda a cidade,
diante o ataque de assaltantes terroristas que tomaram a região. Diante as
evidências, diversos fatores fizeram o local ser o alvo dos bandidos. A
pergunta que fica é: quem fez isso? Eis a questão.
A primeira coisa que se escancara na facilidade da entrada e dispersão do comboio se dá por causa de conhecimento do território e da logística. Muito provavelmente a quadrilha tem alguém que conhece bem a cidade. E pelo ataque, é alguém bem próximo das corporações que fazem a guarda e segurança da região. Outro fator preponderante é que o Ratinho Junior não contratou nova prestadora de serviço de pedágio, por concessão, sendo que as praças de pedágio servem para fazer o monitoramento das rodovias do Estado. Rodovias sem monitoramento, com um Estado com um território gigante como o Paraná, faz com que as vias sejam até mesmo facilitadoras para a dispersão do comboio da bandidagem que fará o assalto e fugirá para outra região.
Outra
questão importante é que há dois anos o
Bolsonaro acabou com o rastreamento de armas de grosso calibre. Como o armamento
de grosso calibre está facilmente sendo adquirido tanto pela Milícia quanto
pelo Comando Vermelho [CV], situações como esse terrorismo tendem a ser até
mesmo rotineiros no Brasil daqui pra frente. Conforme o tempo vai passando,
tendo um presidente que é adepto a corporações informais da polícia, a verdade
é que a segurança pública, que muitos achavam que tenderiam a melhorar num
governo Bolsonaro, fez inverso, diante os afrouxamentos na lei como não rastrear
armas no Brasil. A bandidagem, seja ela Milícia ou CV, está em polvorosa, toda
feliz, porque está mais fácil cometer crimes no país.
A bandidagem também adora ver uma região com a polícia enfraquecida. Se for analisar que a polícia está dividida, com uma grande parte desanimada com as ações do governador Ratinho Junior [principalmente a polícia sindicalizada petista], esse cenário é ideal para a quadrilha atacar porque compreende que na corporação policial há o item da desmotivação. Policiais desmotivados e ainda sendo pegos de surpresa, é óbvio que a segurança da região fica desguarnecida. Além disso, é possível acreditar que esse assalto terrorista tenha vindo, por que não?, dos próprios policiais insatisfeitos com o tratamento diferenciado do governador. Seria uma forma de aviso? Há de pensar sobre isso também.
Além disso, na operação
Compliance feita pela Polícia Federal, o que se constatou é que há gente graúda
da bandidagem operando em Guarapuava. Pode ser também que essa
mesma gente poderosa esteja querendo reaver a sua grana de volta, na mesma
região em que levou a batida policial. Seria uma espécie de marcar território,
como se fosse uma provocação.
Também
não dá pra descartar a hipótese de ser um crime
com aviso político, já que o candidato do PSDB para a eleição de 2022 é o Cesar
Silvestri, cujo é morador de Guarapuava. E também, a cidade tende a votar em massa no
Bolsonaro e tem apreço ao Beto Richa. Há de investigar essa hipótese também.
O
curioso é que Guarapuava tem 8 clubes de tiro, um batalhão da polícia militar e
batalhão de exército. Se o pedágio estivesse em funcionamento, no qual desse
para fazer rastreamento de fuga, a quadrilha não atacaria nunca essa cidade em questão.
Portanto,
esses são os possíveis fatores que fizeram Guarapuava alvo deste assalto terrorista:
1)
O estado está sem empresa de pedágio em funcionamento, o que faz as estradas do
Paraná não serem monitoradas. Com isso fica fácil a fuga do comboio de
assaltantes 2) Bolsonaro, dois anos atrás, acabou com o rastreamento de armas
de grosso calibre, fazendo tanto a Milícia quanto o Comando Vermelho pularem de
alegria. Crimes como esse visto em Guarapuava serão rotineiros no Brasil daqui
pra frente. 3) A polícia do Paraná está rachada por causa do tratamento diferenciado
em que o Ratinho Junior dá aos agentes de segurança [Pode ser false flag de sindicalista petista]. 4)
Teve batida da Polícia Federal que desbaratou quadrilha que fazia lavagem de
dinheiro, sendo Guarapuava uma das cidades em que tiveram a operação realizada.
Pode ser vingança e aviso destes criminosos. 5) um pré-candidato a governador é
de Guarapuava [Cesar Silvestri PSDB-PR], não descartando a hipótese de o crime
ser um aviso político.
Atualização [18/04/22] sobre o argumento da polícia Militar do Paraná sobre o caso, uma constatação.:
Terror
em Guarapuava: Vamos pensar um pouco?
A
Gazeta do Povo notícia que a polícia do Paraná já sabia previamente sobre o
ataque do novo cangaço, antecipou-se à ação ao ficar fora do batalhão e perto
do local a ser roubado, fazendo essa operação ser um sucesso por causa do
impedimento do crime.
Agora,
pense comigo:
Se
os policiais já sabiam previamente que o crime iria ocorrer ao ponto de estarem
preparados ao ataque do novo Cangaço em Guarapuava, então por que não
conseguiram prender ninguém?
A
operação foi malsucedida por que, mesmo sabendo previamente sobre o crime,
deixou os bandidos escaparem [incompetência] ou ela foi bem sucedida justamente
porque deixou os bandidos escaparem [apoio na fuga]?
Tem
caroço nesse angu.
Estranho,
muito estranho.
Essa
opinião está embasada no título: "Terror em Guarapuava: PM esperava ação
do novo cangaço e aplicou plano de contingência", da Gazeta do Povo.
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