Por: Júlio César Anjos
Após o PSDB fazer as prévias do partido para indicar quem iria ser lançado como candidato a presidente pela legenda, tal decisão serviu para não decidir nada. Há gente alegando que a consulta interna não serve pra coisa alguma, pois, o que manda mesmo é a convenção. Essa lógica está errada porque a prévia é convenção. Deste modo, então, mesmo os tucanos com o seu candidato definido sofre de indefinição. Diante o entrave, qual a explicação? É que os tomadores de decisão, todos eles emplumados, acham que o poder está no conchavo. E como todos sabem, não está não.
No dicionário, conchavo é definido como: Ato de combinar ou ajustar algo com alguém; acordo, ajuste, combinação. Na política, conchavo pode ser algo até mesmo negativo, como conluio para realizar algo ilícito e ruim. Conchavo existente como no caso das prévias do PSDB, em que a vontade dos filiados está a ser cerceada por causa de dissonantes que não aceitam a derrota e, por meio de conluio, trazem vírus político de fora pra dentro, ao tentar convencer os tucanos caminharem juntos com esse bololô de partidos de “centro” que estão loucos para virar centrão. É óbvio que é preciso fazer articulação porque ninguém ganha sozinho. Porém, há outra frase popular que ensina e dá lição: antes só do que mal acompanhado. Porque quando a relação é promíscua, há traição.
O
PSDB já tem vários exemplos de ser solidário e ofertar apoio a outros grupos e
após este grupo subir ao topo trair os tucanos.
Citam-se os exemplos de Beto Richa, Alckmin e as Prévias de 2021.
O Caso Beto Richa.
O
Beto Richa ofereceu toda a força do partido para terceiros, esperando ter
retribuição. Resultado? Espera a retribuição até hoje.
Em
2010, Beto Richa saiu da prefeitura de Curitiba para concorrer a governador do
Paraná, deixando Luciano Ducci como seu sucessor. Em 2012, já governador, o
tucano não quis apoiar o seu correligionário Gustavo Fruet [na época estava no
PSDB], pois, preferiu ajudar na reeleição o Luciano Ducci do PSB. Gustavo Fruet
saiu do PSDB, foi para o PDT, e ganhou a eleição em cima do Ducci. Beto Richa
errou. Deveria ter apoiado o seu colega de partido
Em 2014, Beto Richa disputou a reeleição a governador. Fechou coalizão com o PP, do Ricardo Barros – fazendo a sua mulher Cida Borghetti vice. Fechou também apoio com o PSD do Ratinho Junior. Todos venceram o pleito juntos. Em 2018, Beto Richa, não podendo ter uma segunda reeleição, foi disputar o Senado. E apoiou Ratinho Junior, dando toda a estrutura partidária e o tempo de TV do PSDB para o atual governador. Após vencerem o pleito, tanto Ratinho Junior quanto Ricardo Barros isolaram o Beto Richa do governo. Hoje, em 2022, o PSDB é oposição do Ratinho Junior do PSD.
Em
2016, Beto Richa apoiou o Rafael Greca, que desde 1996 não ganhava eleição nem
para sindico de prédio. Só que o Greca não queria sair pelo PSDB, mas pelo
nanico PMN. Mas pelo menos o PSDB tinha o Eduardo Pimentel como vice na chapa.
Eduardo Pimentel hoje está no PSD do Kassab e o Rafael Greca no União Brasil.
Ou
seja, Beto Richa deu apoio para os seguintes políticos: Luciano Ducci [PSB], Eduardo
Pimentel [PSD], Rafael Greca [União Brasil], Ricardo Barros [PP], Cida Borghetti
[PP] e Ratinho Junior [PSD]. Todos viraram as costas para ele.
Beto Richa foi injustamente
preso em 2018, faltando 20 dias para a eleição. Mas o que matou o partido não se
deu diante agressão da justiça, mas por causa do enfraquecimento que o Richa
foi criando no PSDB, dia após dia, ao dar apoio a outros grupos políticos,
achando erradamente que teria retribuição de volta.
[é
essa experiência que eu tenho sobre o tal “fazer união do centro”]
Caso Alckmin.
O
ano era 2018. Alckmin bateu o pé para sair candidato a presidente pelo PSDB. O
João Doria, contrariado porque também queria sair a presidente, aceitou a
decisão do picolé de chuchu. Mas o Doria, pelo menos, queria ser governador. E
aí que o negócio degringolou de vez.
Alckmin
não queria que o PSDB fosse cabeça de chapa na eleição para governador em 2018.
Queria que o PSDB fosse vice do Marcio França, por causa de conchavo político.
O
Doria não aceitou e reivindicou que se fizesse as prévias para escolher quem
decidiria o futuro do partido em São Paulo.
Matarazzo,
apoiado pelo Alckmin, aceitou fazer o bate-chapa com o Doria; e o Doria venceu.
Alckmin
perdeu a eleição para presidente em 2018 de forma vexatória [maior máquina na
mão e só fez 4% de votos].
E
Doria, tendo que concorrer contra o governo vigente [um governo tucano], que
era exercido pelo Marcio França, ganha a eleição correndo por fora.
Se
dependesse do Alckmin, São Paulo já tinha saído das mãos do PSDB 4 anos atrás.
O
canalha do Alckmin, vice de Lula, faz lealdade de máfia com o PT e Marcio
França.
Prévias PSDB 2021.
Ao
aprender com a lição da vida diante os ocorridos na história, é fato que o PSDB
não pode, de maneira nenhuma, sair da cabeça de chapa na eleição presidencial
para ser somente coparticipe de um grupo politico que não é muito afeito a ter
lealdade e cumprir acordos como PMDB e talvez o União Brasil.
O
PSDB dar toda a sua estrutura de mão-beijada, sem receber nada em troca, é errar
de novo, é fazer o partido desaparecer.
Ou
o Bruno Araújo entende que o PSDB tem que aproveitar o tempo de TV em rede
nacional, nem que seja só marcar ponto, para continuar no jogo, ou, não se
enganem, o PSDB acabará de vez ao embarcar em uma canoa furada dessa junção
deste pseudo centro.
No
dia 18 de maio ou essa turma toda aceita que sempre foi o João Doria, ou está
desfeito o acordo e cada um por si e Deus por todos.
João
Doria candidato a Presidente do Brasil e Eduardo Leite presidente do PSDB. Essa é a
solução.
O
poder não está no conchavo, está no partido. Fortalecer o partido é fortalecer
a todos os correligionários.
PSDB – 45 – A Força de Um Novo Brasil!
Obs:
Pegar esses 3% e se programar para 2026.
O partido está fraco. Se o partido fortalece, todos que estão dentro da legenda fortalecem também. Lógica básica que foi esquecida por muitos, ou que teve lavagem cerebral oriunda do Olavo de carvalho, no qual, diante uma estratégia de derrubada de instituições, convenceu a muitos que partidos políticos não servem pra nada.
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