Por: Júlio César Anjos
Pergunta
para reflexão: se substituir o Ratinho Junior por um Cone de Boné, o governo: 1)
Piora; 2) Melhora; 3) Ou fica igual? Fica igual ou melhora, porque o Cone de Boné
não tem como piorar o que já é ruim. Se tiver vacância da cadeira do
governador, essa ausência faria mais do que o Ratinho Junior tem feito até hoje,
pois, o atual governador não concretiza nada e o que tenta realizar destrói –
por isso que é considerado mão de pântano.
Desde
a redemocratização, o Paraná teve 4 governadores: Álvaro Dias [na transição],
Requião, Beto Richa e Ratinho Junior. Todos eles tiveram que lidar com o
serviço de Ferry Boat. Todos os anteriores ao Ratinho Junior mantiveram o
serviço operando normalmente porque não há como uma simples embarcação de veículos
errar ao fazer um transporte curto entre Guaratuba e Caiobá. Chegou o Ratinho Junior,
com sua nova política e renovação, fruto do golpismo da lava-jato, e o Ferry Boat
deu problema neste novo governo “pra frentex” porque o atual governador trocou
a empresa que executa o serviço de embarcação [amiguinho do rei quem ganhou a
licitação?].
Sem
falar que o burocrático e a liberação de crédito de financiamento da ponte que
visaria substituir o Ferry Boat já fora desembaraçada pela gestão Beto Richa,
em que bastaria somente começar a executar a obra para finalizá-la e melhorar a
condição de mobilidade da região. Mas mesmo assim até agora esta engenharia não
saiu do papel, fazendo o Estado do Paraná atrasar-se em questão de
infraestrutura por mais 4 anos. E quando a questão é infraestrutura, não fazer
a obra é atrasar o desenvolvimento da região.
Deste
modo, se o governo Ratinho Junior é péssimo, então por que há pesquisas [duvidosas]
que indicam que o Rato ganharia no primeiro turno? Por causa das propagandas publicitárias
do governo que não condizem com a verdade e a realidade.
Em
2014, Aécio Neves criticou o marketing da Dilma, dizendo: “Quero morar na
propaganda do PT”. Com essa frase que virou mantra, o Eder Borges fez até
música para satirizar a situação. O mesmo vale para o governador do Paraná: “Quero
morar na propaganda do Ratão”. No mundo imaginário criado pelo governador do
Paraná, no estilo caudilho de republiqueta populista, tudo é maior do mundo ou
melhor em tudo. E a lógica é simples e fácil de refutar: se o Paraná fosse tudo
isso mesmo, seria maior que São Paulo, sendo que o Estado no máximo aparelha-se
com o Rio Grande do Sul.
A
solução para picaretagem é sempre a mesma: para governo ruim, marketing bom.
E
não para por aí. A audácia do Rato vai longe. O governador, mimado e birrento, não
quer oposição e ainda quer vencer o pleito no primeiro turno. Bastou os tucanos
apontarem que o governo do Rato é ruim para ir chorar na Gazeta do Povo, jornal
golpista do Estado, sobre ser atacado pela “velha política”. Como bem ironizou
o jornal golpista, o governador disse isso quando estava dividindo palanque com
Kassab [PSD], Arthur Lira [PP] e Ciro Nogueira. Todos eles do Centrão – o centro
gravitacional da corrupção.
Reeleição
é plebiscito. O povo vai aprovar ou rejeitar o atual governo. Ratinho deveria
ser rejeitado na urna por não ter feito nada. Mas possui chance de se reeleger
porque está com a máquina estatal nas mãos.
Além
disso, o Sistema privilegia o político que consegue fazer o pobre ficar manso
mesmo sem o governo o ter tirado da miséria. Se há miséria e o miserável está
acalmado, é porque o pobre está “satisfeito” com a situação. Portanto, Ratinho
Junior pode ficar despreocupado quanto à questão de pressão e comoção popular
contra a sua governabilidade, além de ter apoio da Elite e do Sistema ao seu
dispor.
Portanto,
é preciso que o Ratinho seja castigado pela oposição e na urna. Pela oposição,
ao revelar que Ratinho Junior não fez nada nestes quatros anos de mandato. Na
urna, para perder o mandato. Seria uma lição que o eleitor daria para mostrar
que o assunto governabilidade é coisa séria e não uma ondinha golpista de falsa
“nova política” inoculada artificialmente pela elite paranaense. Porque se nova
política é sinônimo de fraqueza governamental, então que se restaure a velha
política que, mesmo errante, funcionava tranquilamente. É preciso tirar o “mão
de pântano” do poder porque Ratinho Junior superou o Tiririca: pior que tá fica
sim.
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