Aumento
do Preço dos Combustíveis no Brasil. Quem está certo?
Em
Outubro de 2022 acontecerá eleição presidencial no Brasil. E com certeza a
questão sobre o aumento dos combustíveis estará em pauta de discussão entre os
candidatos. E neste tema, os 5 candidatos possuem visões de mundo completamente
diferentes, o que diferencia cada postulante diante como resolver esta questão.
Tirando as circunstâncias externas – como guerra, pandemia e câmbio – que
afetam o preço do combustível, que se faça a análise dos candidatos sobre a
real causa do aumento dos combustíveis no Brasil e a sua resolução.
Lula – Ideologia Barata e Errada.
Em
setembro de 2010, faltando poucos dias para a eleição de Outubro de 2010, o
governo Lula fez o que ficou conhecido como “Capitalização do Pré-Sal”. Em
tradução simples, significava que o Brasil venderia ações da Petrobras nas
Bolsas de Nova York e do Brasil, ao obter recursos do grande capital, para
fazer a retirada do Pré-Sal no fundo do mar.
E,
deste modo, o Brasil tornou-se autossuficiente em Petróleo. Mas o Brasil, até
hoje, não é autossuficiente em combustível.
Porque além deste petróleo do Pré-sal ser
difícil e caro para retirar do solo [7 mil metros do nível do mar], é também
difícil e caro para refinar, pois, de cada 10 barris de petróleo retirados do
solo, 7 são tipo piche [pesado e ruim para refino] e 3 do tipo Brent [fino e
bom para refino]. Portanto, o Brasil não é autossuficiente em combustível.
Mas
Lula, pela sua ideologia socialista vagabunda barata, tenta ainda botar a culpa
na privatização das refinarias, sendo que elas hoje refinam petróleo tipo Brent
importado de outros países. Ou seja, as refinarias privatizadas estão salvando
a lavoura – e não ao contrário, como se imagina.
Portanto,
mesmo que o Brasil abra refinarias, elas não servirão para refinar o petróleo
brasileiro porque o óleo do Pré-Sal é ruim.
Bolsonaro – Terceirização de Culpa
Bolsonaro
sabe que o petróleo é ruim para refinar, que o Brasil não é autossuficiente em
combustível e por isso está vulnerável aos acontecimentos do mercado externo.
Além disso, o seu governo é culpado pelo aumento dos combustíveis porque não
controla o câmbio, fazendo o produto importado chegar ao Brasil a peso de ouro.
Às vezes tenta defender de forma envergonhada a privatização da Petrobras. Mas
ele esbarra no seu dono que é poderoso: a elite fluminense.
Como
a Petrobras é sede no rio de Janeiro, a sua grandeza – artificial -faz a elite
fluminense engrandecer-se também. Foi a elite fluminense que fez o petismo ser
derrubado pela corrupção [que aconteceu de fato] e foi essa mesma elite que fez
Bolsonaro presidente. E que hoje ganha nas duas pontas, pois, tanto faz quem
será presidente, Lula ou Bolsonaro, a elite fluminense está tranquila quanto a
esta polarização.
Como
Bolsonaro é uma marionete do Sistema, embora finja ser presidente do Brasil,
resta-lhe, então, somente botar a culpa sobre o aumento dos combustíveis nos
governadores, que não possuem culpa nenhuma. Porque se pode zerar o ICMS
estadual que mesmo assim o problema do aumento do petróleo estará lá.
Mas
Bolsonaro pedirá o seu voto. Quer ficar mais quatro anos no poder para fazer
bagunça e culpar terceiros diante sua responsabilidade.
Ciro Gomes – Demagogia irresponsável.
Em
setembro de 2010, a Petrobras se capitalizou para tirar petróleo do Pré-Sal. Se
fez a capitalização, vendeu ações para acionistas. E se acionistas compraram
estes papéis, então eles querem a sua lucratividade ou sua realização do
prejuízo, mas dentro das regras mercadológicas. Se a Petrobras não quisesse
jogar esse jogo, bastava não ter feito a capitalização em Setembro de 2010.
Como fez, tem que jogar o jogo do mercado.
Ciro
Gomes, o mesmo que iria tirar todo mundo do SPC sem explicar como, sabe que a Petrobras
não pode “tirar petróleo a real e vender em dólar”, numa demagogia batata que
não é verdadeira.
Com
a ideia de “A Petrobras é nossa!”, Ciro Gomes quer continuar com essa
feitiçaria de “ouro negro” que não faz sentido, pois, o petróleo do Pré-Sal é
ruim. Porque o PT vendeu ações na bolsa para retirar piche no fundo do mar.
O
Brasil não é autossuficiente em combustível e por isso tem que importar óleo Brent
[bom pra refino] ou importar o produto já refinado.
Ciro
Gomes sabe tudo isso, mas faz uma demagogia irresponsável, daqueles que sabem
que não vão ganhar a eleição e então mentem sem parar. Talvez seja o pior candidato de todos.
Sergio Moro – Reducionismo populista
Em
2015, após um catastrófico 1º mandato da Dilma e 1º ano de reeleição, uma
mulher surta num posto de gasolina porque o combustível estava beirando quase 4
reais.
E
o motivo da gasolina cara? O PT faz corrupção. Basta acabar com a corrupção que
o combustível reduz o valor.
Bolsonaro
ganha a eleição por causa do golpismo da lava-jato, coloca militar na
presidência, que trabalha com lógica de mercado, que teoricamente acaba com a
corrupção e o resultado é.... Combustível mais caro do que nunca.
Esse
reducionismo populista da corrupção, que basta prender os corruptos que tudo
melhora, é uma falsa correlação de causa e efeito, é também corrupção.
A
justiça pode prender todos os corruptos do Brasil, fazer este país um paraíso
em se tratando de honestidade com a coisa pública, que, mesmo assim, o problema
do combustível estar caro continuará existindo.
Os
eleitores devem saber que esse reducionismo populista sobre a corrupção é um
discurso corrupto porque é mentiroso.
João Doria – homem Correto
O
Petróleo do Pré-Sal no solo é difícil e caro para retirar e na refinaria é
difícil e caro para refinar. De cada 10 barris, 7 são tipo piche [pesado e ruim
para refino] e só 3 são tipo Brent [leve e bom para refino]. Ou seja, o Pré-Sal
é inviável como energia competitiva porque é cara. E é cara porque o Brasil não
é autossuficiente em combustível.
Para
João Doria, o problema do aumento dos combustíveis é estrutural. Há um problema
claro do petróleo do Pré-Sal não ser tipo Brent (bom para refino), o que faz o
Brasil não ser autossuficiente em combustíveis. Como o Brasil precisa importar
ou petróleo tipo Brent pra refinar no Brasil ou ter que comprar o combustível
já refinado, isso faz o Brasil ser dependente das variações do comércio
internacional.
Deste
modo, há a necessidade de fazer de um lado uma maior abertura no mercado de
combustíveis, com privatização da Petrobras, e de outro abrir o mercado para
concorrência energética, com a atração do mercado de energia elétrica [com
carros elétricos e etc.].
O Mundo vai, aos poucos, reduzir a dependência
de petróleo. Que o Brasil aproveite essa brecha de oportunidade para criar
outras matrizes energéticas para também não ficar dependente somente do
petróleo.
Portanto,
de todos os candidatos que estão no jogo, o João Doria é o mais preparado não
só porque sabe o que fazer para mudar e melhorar a questão energética do país,
mas também tem experiência e sabe fazer.
Nunca
foi tão fácil escolher um presidente. João Doria 2022.
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