Por: Júlio César Anjos
Esse texto é sobre acontecimentos no Paraná, mas serve para qualquer outro estado da federação. Até porque no seu estado deve estar acontecendo a mesma coisa. E é preciso acabar com isso já.
Veja
só que coisa curiosa:
No
dia 08 de Setembro de 2021 os
partidos PSDB e PSD resolveram reagir aos arroubos autoritários e
antidemocráticos do Bolsonaro. Os tucanos viraram oposição e os pessedistas
inclinaram-se a serem favoráveis ao impeachment do atual presidente.
Como
todos sabem, a lava-jato como um todo é bolsonarista. Principalmente a
paranaense.
E
o que a justiça do Paraná decidiu neste dia 09 de setembro de 2021? Esta notícia aqui:
Abram-se aspas.
Elizabeth (PSD), Saulo (PSD)
e Rangel (PSDB) viram réus em ação que investiga compra de votos em PG.
[...]
Os
Desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná, em votação
unanime, transformaram a prefeita eleita Elizabeth Silveira Schimidt (PSD), o
vice-prefeito eleito Saulo Vínicius Hladyszwski (PSD) e o ex-prefeito Marcelo
Rangel Cruz de Oliveira (PSDB) em réus na Ação De Investigação Judicial
Eleitoral.
Fecham-se aspas.
O
tribunal eleitoral do Paraná decide tal ação contra políticos do PSDB e PSD um
dia após as ações dos partidos nas esferas federais contra Bolsonaro por causa
de: retaliação.
Numa
retaliação, é preciso fazer a ação no mesmo dia ou no dia seguinte da agressão
para que todos saibam como é que funciona a regra do jogo. É uma resposta contundente
contra o seu antagônico. Isso serve tanto nos campos da política quanto na
questão militar.
Essa
demonstração de força faz com que todos os outros players fiquem inertes e
inibidos, pois, caso não andem na linha nem decidam a favor dos operadores da
justiça local, o martelo do judiciário esmaga sem dó.
Os
políticos em questão estão sendo perseguidos diante uma investigação baseada em
delação no tal: “ouvi dizer, ouvi falar”. Mas não importa se o inquérito é
aloprado ou não, o importante é o judiciário perseguir e manobrar, por meio da
mídia, que tais políticos acossados são corruptos por si só. O tribunal da mídia
se encarrega de tornar bandido até mesmo os mais honestos homens da nação.
A
justiça do Paraná está tão sedenta e febril por poder que ela chegou até mesmo
derrubar um governador só para fazer os 3 senadores do Paraná como suas
marionetes que devam atender somente o judiciário lava-jatista. É por isso que
o paranaense tem a sensação de não haver senador no Paraná. Perderam a relevância
por não terem boca pra nada, pois nem os mandatos são deles de fato.
Veja
o exemplo do Álvaro Dias, conhecido como Alicate na planilha da Odebrecht. O
senador é contra o impeachment do Bolsonaro e a favor do impeachment do
Alexandre de Moraes. Isso acontece porque o Alicate é preservado pela justiça
local. Enquanto estiver fazendo o que o judiciário local quer, ele não terá problemas
de empurração de papel ao seu encalço. Porque o judiciário persegue e preserva
quem ele quiser. E como o Alicate é esperto, fora da linha ele não ficará. Cadelinha
da lava-jato.
Não
bastasse só a questão política, o problema é que essa justiça tóxica está contaminando
até mesmo o empresariado estadual. Muitos empresários paranaenses, com medo da
justiça, resolveram vender suas empresas para outros empresários de outros estados
da federação e multinacionais.
A
lógica é simples: caso uma demanda vá para a segunda ou terceira instância envolvendo
paranaenses [com empresário paranaense sendo acossado pela justiça paranaense],
os tribunais regionais e federais só protocolam o caso, dando vitória à justiça
local sem contestação. Agora, se de um lado é a justiça local e de outro é um empresário
que seja forasteiro [seja o empresário de outro estado da federação ou de outro
país], aí as querelas de 2ª e 3º instâncias podem dar derrota para as justiças
locais.
Ou
seja, a justiça tóxica lava-jatista do Paraná promove toda hora
insegurança jurídica para os próprios empresários paranaenses locais.
É
por isso que os grupos Positivo e Unicesumar venderam as suas empresas para
outras conglomerações de outros estados da federação. Um grupo é de Santa Catarina
e o outro é de São Paulo.
Além
de políticos e empresas, é possível que jornais também sejam chantageados a
publicar o que os operadores da justiça do Paraná querem. Caso contrário, o
martelo da justiça esmaga sem parar.
Neste
sentido, fica a questão: a sociedade paranaense, como um todo, ficará parada de
braços cruzados vendo essa excrescência até quando?
A
lava-jato do Paraná tem que entender que este grupo deu o golpe e fracassou. Tem
que voltar pra caixinha. Chega, acabou. Não possuem mais poder pra nada, nem
mesmo para ter alguma relevância no cenário federal. Aliás, sob tais condições,
o Paraná só se isola diante o Brasil e o mundo. O Estado só possui alguma
significância, temporária, porque fica lambendo o saco do Bolsonaro [o que está
próximo de acabar].
É
por isso que este blogueiro é contra prisão em 2ª instância, contra fim de foro
privilegiado e contra fim da imunidade parlamentar. Porque este que vos escreve
entende como funciona o judiciário tóxico local. E é justamente esse judiciário tóxico do Paraná o mais entusiasmado a acabar com o trânsito em julgado, com a
imunidade parlamentar e com o foro privilegiado. Querem mais poder para
acossar. E como sabem: não terão.
Atualização 09/09/21 às 18:00h: Enquanto os lava-jatistas estavam valentes contra o PSDB para defender o "mito", o Bolsonaro acabou de arregar e pediu desculpas para o Alexandre de Moraes. Essa justiça paranaense é o chorume do esgoto do fascismo.
Dia
12 de Setembro de 2021 tem manifestação.
Fora,
Bolsonaro. Impeachment já!
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