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Cenário Político Nacional

 

Por: Júlio César Anjos

 

Freixo sai do PSOL para ir para o PSB. Lula está enfraquecendo o PSOL porque sabe que o partido Socialismo e Liberdade tomaria o status do PT na esquerda no futuro. Autofagia comunista.

Amoedo desiste de ser candidato do Novo à presidência da república. Açodado pelo MBL, acossado pelo partido. Se o Novo fizesse previas após a segunda onda da pandemia, como fará o PSDB, essa queimada de largada não teria acontecido.

Ciro Gomes biruta de posto. Pauta discurso econômico-liberal para tentar arregimentar o indeciso da direita. Muda de posicionamento. Ajusta o discurso desenvolvimentista para arregimentar o indeciso da esquerda. Quer desagradar a todos e acabará agradando ninguém. Até aqui, o grande projeto nacional do Ciro Gomes é ser contraditório. E por isso vai minguar. Deixa o Ciro falar.

Lula e Bolsonaro querem a polarização para mostrar de fato que o presidencialismo está esgotado, acabou. Com isso, no futuro o parlamentarismo será o modelo ideal a implantar.

Lula com dificuldade em explicar se manterá ou não o teto de gastos [esse é um problema estrutural gigantesco]. Sem falar que é ladrão do petrolão, o maior escândalo de corrupção registrado na história do Brasil.

Bolsonaro tem problema de ter que defender o mandato medíocre e sofre dificuldade em inserir-se em um partido político. O máximo que esse governo pode fazer é “despiorar” a economia. Além de ser tachado de genocida.

Mandetta e DEM patinam num espirito do tempo direitista. Era para esse grupo estar pelo menos com dois dígitos nas pesquisas eleitorais. Pode-se dizer que é a maior decepção política no momento porque, sem ser atacado como os demais adversários, só dependem de si mesmos para crescer.

Huck, Moro e Gentili. Estão numa situação pior do que a do Amoedo e Mandetta porque nem partido possuem para conseguir a pré-candidatura.

E o PSDB, por incrível que pareça, é o único partido que joga certo por estar parado. Até porque não dá para fazer política quando o país está enfiado em uma segunda onda de pandemia mais brutal que a anterior. Não tem ambiente para isso. Deste modo, a regra que o PSDB estabeleceu para se ter prévias mostrou-se a mais correta. E após novembro, dos grupos ditos de centro, o PSDB será o único partido grande que terá escolha do pré-candidato por consenso e união partidária nacional.

Diante disso, conclui-se:

O Freixo errou em sair do PSOL. O PSOL poderia ser a esquerda limpinha que tomaria lugar do PT.

Amoedo errou ao forçar a barra em candidatar-se pré-candidato no momento errado, sendo que não tinha consenso dentro do partido [foi na onda do MBL e se ferrou].

Ciro Gomes errou ao antecipar eleição e ao ser contraditório. Sem ter carisma, vai começar a minguar.

Lula erra ao deixar a contradição econômica em stand-by. Teto de gastos é pedra no sapato do Lula e da esquerda porque é totalmente contra o conteúdo programático e ideológico da esquerda. Isso significa dizer que pode ganhar, mas não levar a eleição [e de novo o PT governará pra mim].

Bolsonaro com problema em ter que defender o mandato.

Mandetta e DEM não inspiram nem contagiam. Não empolgam. Mandetta é o Meirelles sem a bolinha de ping-pong na boca.

Huck, Moro e Gentili sem partido. Para saber o quão problemático é isto, basta ver o que está acontecendo no Patriota [entrada dos Bolsonaros] e no Novo [apoiando Bolsonaro].

E o PSDB é o único que faz o certo, ao não fazer antecipação política, sendo que a eleição será só daqui um ano e meio, ao marcar as prévias somente para novembro de 2021, cujo escolherá o pré-candidato para a eleição de 2022.

 

Quem antecipar eleição neste momento estará - no linguajar futebolístico - correndo errado. Estará se desgastando à toa. E fará um esforço inútil.

 

OBS: Huck, Moro e Gentili não devem antecipar eleição, mas devem antecipar entrada em partido. Porque se deixar pra última hora inserção partidária, é certo que vai dar problema. E dando problema, terão que apoiar os tucanos.

 

  E uma boa notícia para os tucanos: a lepra política acabou.

 

Este é o cenário político nacional, do dia 11 de junho de 2021

 




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