Por: Júlio César Anjos
Atenção:
para entender este texto é preciso ver o vídeo do Claudio Dantas, no Site: O
Antagonista, com o seguinte título: “Dossiê Tacla Duran” [a partir de
28min30s]:
Vocês já repararam que só o
PSDB tem espetacularização da justiça em período eleitoral?
Pode
notar a coincidência.
Até
o Claudio Dantas confessou isso, ao dizer que foi ele quem deu o furo de
reportagem sobre problemas envolvendo o Paulo Preto em 2008. E o Paulo Preto
seguiu e segue até hoje como o espantalho perfeito da justiça e da mídia golpista.
Paulo
Preto apareceu como escândalo de corrupção em 2008, 2010, 2012, 2014, 2016,
2018, 2020 e se o homem virar o Highlander, aparecerá no noticiário eternamente
[2022, 2024, 2026...], mas sempre em período eleitoral e próximo da eleição.
A
justiça boa é aquela que é rápida. Quando uma justiça arrasta um problema por
mais de 10 anos só para desgastar um grupo político, isso não é justiça, isso é
golpismo.
E
aproveitando a deixa dada pelo fraco jornalista d’O Antagonista, o Claudio
Dantas, que fez um vídeo com power point aloprado sobre a questão envolvendo Paulo
Preto, Tacla Duran, PSDB e lava-jato [não faz o menor sentido], algumas coisas
devem ser esclarecidas de fato.
Coisas
que devem ser esclarecidas sobre o vídeo do Antagonista chamado Dossiê Tacla
Duran:
1)
Nem todo uso de doleiro significa corrupção:
Um
doleiro pode perfeitamente ter clientes corruptos e não corruptos ao mesmo tempo.
Um doleiro pode atender um cliente fazendo a pior corrupção da história, ao
passo que pode também, no mesmo momento, operar normalmente para uma empresa
constituída no mercado internacional. Portanto, a expressão doleiro não
significa corrupção por si só.
2)
Nem todo uso de Offshore significa corrupção
Offshore
é algo normal no mundo, assim como o lobby. No Brasil, por causa de jornalistas
ruins, offshore é sinônimo de corrupção. A lógica é boba e simplória: se tem
conta em offshore, então é corrupto. Mas, novamente, assim como acontece com os
doleiros, há o ramo do crime que se utilizada deste meio financeiro
internacional assim como empresas sérias e constituídas no mercado que usam e
abusam dessa instrumentalização. Portanto, usar offshore não significa
corrupção por si só. Aliás, doleiro e offshore são sinônimos [não há doleiro que
não use offshore e não há offshore que não seja usado por doleiro].
3)
Nem toda delação é verdadeira
Havia
um tempo, antes da Dilma sancionar a lei das delações, uma lógica que qualquer advogado
rábula sabia de cor: “a delação é a prostituta das provas”. Isso significa
dizer que a delação, sem prova consistente, não serve pra nada. Isso é óbvio. O
problema é que hoje a delação, palavra de corrupto, tem valor mesmo que não
haja provas naquilo que foi delatado. Portanto, se o corrupto falou algo contra
algum político na delação, então é verdade. Mas como sabido, nem toda delação é
verdadeira porque o delator pode estar agindo politicamente, até mesmo em
conluio com a justiça, para manipular a opinião pública no processo eleitoral.
Portanto, nem toda a delação é verdadeira.
4)
Nem todo jornalista é isento
Jornalista
não é uma máquina de isenção. Tem sentimento, tem ambição, tem outras
aspirações que o consumidor da informação não sabe. É só ver, por exemplo, a
maneira como o fraco jornalista Claudio Dantas, ao confessar que persegue
tucanos desde 2008 (com o Paulo Preto), a maneira sediciosa como se expressa
aos correligionários do PSDB, o desenho da imagem na capa do vídeo com o Serra
com o olho esbugalhado, além, é claro, de passar informação distorcida da
realidade, ao praticar ação condenatória de um INDICIO como se fosse uma
punição de transito em julgado. Talvez nenhum jornalista seja isento. Porém,
uns disfarçam bem e outros não. Claudio Dantas nem disfarçar quer.
5)
Nem toda narrativa da mídia é verdadeira
Para
a mídia conseguir convencer o leitor daquilo que ela está informando, ela
precisa validar cada ponto narrativo em questão. A primeira coisa que a mídia
tem que convencer é que a delação seja verdadeira por si só [mesmo sem provas].
Com a delação aloprada aceita, tem que fazer com que doleiro seja corrupto por
si só [mesmo doleiro não seja corrupto de antemão]. Como TODO doleiro usa
offshore porque é negociação de natureza internacional [porque não precisaria de
doleiro se não fosse assim], a mídia determina que offshore é corrupção por si
só [o que não é]. Com o tripé de: 1) delação aloprada; 2) doleiro corrupto por
si só; 3) offshore como lugar de corrupção; a narrativa precisa de
credibilidade jornalística. E um jornalista – teoricamente isento – se encarrega
de fazer todo essa estruturação.
A
partir deste momento se faz o assassinato de reputação. Porque a mídia já
condenou de antemão. E se for a poucos meses da eleição então, fica melhor
ainda, porque mostra poder em manipular o processo eleitoral.
Portanto:
Delação
aloprada tem que ser descartada;
Doleiro
por si só não é corrupto;
Offshore
por si só não é instrumento de corrupção;
Claudio
Dantas não é isento porque persegue tucanos desde 2008 [confessado por ele no
vídeo];
E
O Antagonista não tem credibilidade porque faz validação de toda essa
instrumentalização narrativa de assassinato de reputação, ao fazer condenação
em um simples INDÍCIO.
Serra
e Alckmin são vítimas neste processo de achaque da justiça contra os tucanos.
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