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A Conjuntura da Manifestação de 15 de Março de 2020


Por: Júlio César Anjos
   



10 questões sobre a manifestação de 15 de março de 2020. Segue:

1 O grupo que apoia o Bolsonaro foi de verde-amarelo. Isso é bom. Exibe uma manifestação sectária ao invés de ser massa amorfa, o que mostra não ser uma execução popular, cristaliza-se mais como reinvindicação de grupo extremista que estaria exigindo um novo czar. Isso significa que só uma parcela [pequena, mas aguerrida] da população está insatisfeita com Congresso e STF [o que é bom ter e é normal].

2 Saiu o “Fora PT” da pauta de reivindicação e entrou Congresso e STF no lugar. O PT saiu da pauta porque este grupo sectário avançou em exigência, ou seja, para esta massa o PT já era e por isso já dá para avançar de forma mais voraz contra o Sistema.

3 A camada social que estava na rua era composta por longevos [por causa da falsa memória que possuem da ditadura militar, querem resgatar um passado que não existiu] e pobres [no sudeste e sul, as esquerdas em geral estão perdendo os pobres para a extrema-direita]. 

4 A Classe média e a média alta não foram para a manifestação. Já estão abandonando o bolsonarismo porque este grupo quer brigar ao invés de governar e isso reflete em piora em resultado econômico. E essas classes são suscetíveis ao bem-estar.

5 A quantidade de gente na manifestação foi a mesma que o habitual. Nem gigante para que influencie o congresso nem pequeno para destituir políticos que aventam pelo fim da democracia. E são sempre as mesmas pessoas indo para a rua, quando chamada pela direita, por incrível que pareça.

6 Esta quantidade de gente na rua é o limite da “base de apoio” do Bolsonaro. É o máximo que se consegue engajar de forma extremada. É a bolha da internet se transfigurando para o mundo real.

7 Esta bolha só foi construída graças ao esforço das empreiteiras cibernéticas [Twitter, Google, Facebook]. As empreiteiras cibernéticas parecem com deepweb na web, em se tratando de deixar livre tudo o que a extrema-direita faz [até crime] na internet. 

8 Coranavírus: este grupo sectário foi para a rua mais pela DESCRENÇA da epidemia do que pela VALENTIA de ir à manifestação defender o seu político [miliciano e corrupto] de estimação.

9 O movimento teve teor autofágico também. Diante de caminhão de som, a deputada Caroline de Toni jogou os manifestantes contra a deputada Joice Hasselmann. Isso mostra mais divisão e desunião dentro da própria direita.

10 Teve tiro na paulista e uma moça foi baleada.  As manifestações da extrema-direita estão começando a mostrar a cara.

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A polarização daqui pra frente será: Democracia x Tirania. De qual lado você está?

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Grupo sectário na rua não é sinônimo de democracia. Democracia é massa amorfa!
Quando a manifestação na rua tem símbolos, bandeiras, ordem e padrão [como data marcada e caminhão de som], tal ação não é democracia, é manipulação de movimento de massa. Tal artifício, sob o bojo de “democracia”, é na verdade uma ação para o avanço de interesse político-eleitoral. É uma manobra para que um grupo tenha poder supremo perante os demais. E isso não é democrático. Jamais!  


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A Conjuntura da Manifestação de 15 de março de 2020 de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com.

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