Os Liberais No Brasil Passam Pano para o Coletivismo de Direita
Por: Júlio César Anjos
Jeffrey
Tucker (2019, p.15), ao abrir espaço para o Raphaël Lima [Ideias Radicais] no seu livro Coletivismo de Direita – A Outra Ameaça à
Liberdade – o liberal brasileiro menciona o fascismo e o nazismo da seguinte maneira:
“O
problema de se manter a posição coletivista, porém anti-socialista, é que por
falta de alternativas somos empurrados para a posição de coletivismo de direita, e a consequência logica disso é o fascismo e o nazismo.”
Esta
citação encontra-se na apresentação à edição brasileira.
Primeiro,
o óbvio, Raphaël Lima explica que tanto o fascismo quanto o nazismo são de
direita, pois, isso é uma lógica que já está completamente cimentada por
qualquer academia séria e respeitada no mundo inteiro.
Segundo,
ao deixar Raphaël Lima falar sobre o óbvio numa apresentação à edição brasileira, isso se
dá porque, com certeza, o grande pensador da direita [esse sim um liberal
genuíno] já sabe que por estas bandas da República das Bananas até liberal
passa pano pra fascista e nazista [por aqui nazismo e até o fascismo são de
esquerda (o mundo está errado, o Brasil está certo)].
É
só observar que o MBL [Movimento Brasil Livre], por exemplo, teoricamente
considerado um grupo liberal brasileiro, faz esse tipo de desinformação [segue
ilustração]:
É
desinformação porque, embora o MBL esteja indo contra qualquer tipo totalitarismo,
a ilustração na verdade é uma linguagem que é traduzida pela direita como o
fascismo e o nazismo sendo de esquerda [até porque o MBL nunca confessou em qualquer
mídia que o nazismo seja de direita].
O
Partido Nazista teve socialista no nome? Com certeza. Mas na própria biografia o
Hitler comenta, em seu livro Mein Kampf, que o socialismo - no sentido de
pensar em questão social - não é um monopólio comunista porque há o socialismo
cristão, que pratica no fim assistencialismo também. E para atrair os cristãos
e também os socialistas de esquerda por tabela para o seu apoio, Hitler colocou
a expressão socialista no nome do partido.
Ou
seja, os liberais no Brasil passam pano
para o coletivismo de direita.
Mas
isso não é fenômeno novo. Basta lembrar que o Roberto Campos era um liberal que
não parava de papagaiar sobre liberdade, sendo que ficava abrigado pelo
guarda-chuva da ditadura militar, nos tempos de chumbo.
Portanto,
já é sabido de antemão, Jeffrey Tucker, ao dar espaço parao Raphaël Lima, colocou que fascismo e nazismo são de
direita na apresentação da edição à brasileira porque sabe que o debate por
estas bandas está enviesado. Isso aí já diz muito sobre a qualidade dos
liberais do/no Brasil.
Obs: caso Jeffrey Tucker não concordasse com os termos, é certo que o prefácio do Raphaël Lima não seria publicado.
Obs: caso Jeffrey Tucker não concordasse com os termos, é certo que o prefácio do Raphaël Lima não seria publicado.
Ohaël Lima seria censurado.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: